Escala de avaliaÃÃo do autocuidado de pacientes com insuficiÃncia cardÃaca: validaÃÃo clÃnica

O autocuidado deve ser realizado pelos pacientes com insuficiÃncia cardÃaca (IC) para prevenÃÃo de complicaÃÃes e promoÃÃo da saÃde. Objetivou-se validar a Escala de AvaliaÃÃo do Autocuidado de Pacientes com InsuficiÃncia CardÃaca (EAAPIC). Estudo metodolÃgico, desenvolvido em trÃs etapas, que segui...

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Bibliographic Details
Main Author: Sherida Karanini Paz de Oliveira
Other Authors: Francisca ElisÃngela Teixeira Lima
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Cearà 2015
Subjects:
Online Access:http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=14357
Description
Summary:O autocuidado deve ser realizado pelos pacientes com insuficiÃncia cardÃaca (IC) para prevenÃÃo de complicaÃÃes e promoÃÃo da saÃde. Objetivou-se validar a Escala de AvaliaÃÃo do Autocuidado de Pacientes com InsuficiÃncia CardÃaca (EAAPIC). Estudo metodolÃgico, desenvolvido em trÃs etapas, que seguiu como referencial da Psicometria, descrita por Pasquali. Na primeira etapa foi realizado um prÃ-teste com aplicaÃÃo da segunda versÃo da EAAPIC em dois hospitais privados com atendimento em cardiologia de Fortaleza-CE, o qual proporcionou grupo de discussÃo com cinco juÃzes tÃcnicos. Na segunda etapa, efetivou-se o polo empÃrico com a aplicaÃÃo da terceira versÃo da EAAPIC a 276 pacientes, alÃm do levantamento de dados sociodemogrÃficos, clÃnicos e laboratoriais, em um ambulatÃrio especializado de um hospital terciÃrio de Fortaleza-Ce. E na terceira etapa realizou-se o procedimento analÃtico por meio da validade de construto avaliada pela anÃlise fatorial e por meio da confiabilidade, cuja consistÃncia interna foi analisada pelo alfa de Cronbach e estabilidade medida pelo teste-reteste e coeficiente de correlaÃÃo intraclasse. Estudo aprovado pelo Comità de Ãtica e Pesquisa da instituiÃÃo sob n 499.793. Como resultados, na primeira etapa, apÃs o prÃ-teste, modificaÃÃes foram empreendidas na EAAPIC em busca de um instrumento mais claro e compreensÃvel o que resultou na terceira versÃo da escala. Na segunda etapa, evidenciaram predomÃnio do sexo masculino (60,1%), idade de 40 a 59 anos (54,8%), baixas escolaridade (45,6%) e renda (54,7%), ausÃncia de atividade laboral (78,2%), casados ou em uniÃo estÃvel (68,1%), nÃo brancos (75%), catÃlicos (64,5%), mais de 5 anos de diagnÃstico, etiologia isquÃmica, classe funcional II, perfil lipÃdico adequado, fraÃÃo de ejeÃÃo do ventrÃculo esquerdo abaixo de 55%, sobrepeso e sinais vitais estÃveis. Conforme a anÃlise fatorial exploratÃria, na terceira etapa, a EAAPIC possui quatro domÃnios e 12 itens e explica 51,309% da prÃtica do autocuidado de pacientes com IC. Realizou-se anÃlise fatorial confirmatÃria a qual ratificou o modelo fatorial inicial e a qualidade do ajuste do modelo. O alfa de Cronbach foi de 0,568, evidenciando moderada consistÃncia interna. Quanto à estabilidade, os coeficientes de correlaÃÃo intraclasse dos itens podem ser considerados moderados a altos (R = 0,583 a 1,000) para a maioria dos itens. A confiabilidade do instrumento foi 0,810, ratificando que a EAAPIC à confiÃvel no que diz respeito à estabilidade. Verificou-se tambÃm que os pacientes praticam aÃÃes de autocuidado (81,8%), com dÃficit nos itens conhecimento e adaptaÃÃo, reconhecimento e procura de serviÃos de saÃde na presenÃa de sintomas de descompensaÃÃo da IC e vacinaÃÃo. Constatou-se associaÃÃo significativa entre autocuidado e sexo (p= 0,015), idade (p= 0,044), renda (p= 0,000), escolaridade (p= 0,001), classe funcional (p= 0,041), fadiga (p= 0,002), dispneia paroxÃstica noturna (p= 0,000), ortopneia (p= 0,036), valores de LDL (p= 0,018) e frequÃncia respiratÃria (p= 0,000). Conclui-se que a EAAPIC à um instrumento de medida vÃlido e confiÃvel em termos de estabilidade, capaz de avaliar o autocuidado de pacientes com IC e identificar suas necessidades. Contudo, sugerem-se estudos posteriores com vistas a reanalisar a consistÃncia interna do instrumento.