Summary: | CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior === Esta dissertaÃÃo se propÃe a mostrar um outro olhar ao estudo da Carcinicultura, ao realizar uma investigaÃÃo geogrÃfica, selecionando um jornal local, a partir de sua produÃÃo discursiva. O estudo investiga de que maneira o discurso jornalÃstico opera na construÃÃo de representaÃÃes sobre essa atividade. Para isso, à necessÃrio percebÃ-lo como um constituidor de significados, onde se exercem e travam lutas para produzir uma suposta verdade/realidade. Ao analisar as matÃrias jornalÃsticas, como discursos construÃdos culturalmente, percebe-se o modo como as representaÃÃes estÃo sendo elaboradas. As ferramentas teÃricas norteadoras desta pesquisa foram fornecidas pela Geografia Cultural, as quais possibilitaram uma nova leitura sobre o assunto. A pesquisa busca compreender as representaÃÃes elaboradas pelo jornal O POVO, um dos mais importantes veÃculos da mÃdia impressa do CearÃ, sobre a Carcinicultura em trÃs perÃodos: de 1978-1984; 1990-1994 e de 2000-2004. A divisÃo desses perÃodos està alicerÃada nos critÃrios estabelecidos pelo IBAMA e SEMACE em seus estudos sobre a questÃo. O cultivo de camarÃo comeÃa a ser veiculado pelo jornal na dÃcada de 1970, mas somente na dÃcada de 1990 que conquista uma maior notoriedade na agenda pÃblica. A metodologia utilizada consiste em um levantamento de reportagens que tratam, de alguma forma, a temÃtica da Carcinicultura. Considero como campo da pesquisa as ediÃÃes diÃrias do jornal O POVO desses perÃodos. O jornal, ao ser pensado como artefato cultural, està sendo visto como um local de produÃÃo de saberes sobre a atividade camaroneira, auxiliando na formaÃÃo da opiniÃo pÃblica. O estudo, ao estar pautado na anÃlise da construÃÃo discursiva, teve que se direcionar a examinar as estratÃgias acionadas para elaborar os ditos sobre a Carcinicultura. Neste sentido, descrevo e problematizo o funcionamento dos discursos jornalÃsticos. No primeiro perÃodo, 1978-1984, em Ao encontro do Eldorado, observo dizeres que apontam a Carcinicultura como algo benÃfico, uma importante saÃda para a crise do sal, uma atividade para inserir o Cearà e o Nordeste no circuito nacional de produÃÃo. à medida que avanÃa para os perÃodos seguintes, o discurso do referido jornal desloca-se para outros significados. Assim, a atividade camaroneira Ã, por um longo perÃodo, apontada pelo jornal como a Ãnica saÃda viÃvel para o Nordeste. Isso passa a ser questionado. A expansÃo da Carcinicultura no Brasil à bastante expressiva nas Ãltimas dÃcadas. Esse progresso està relacionado à introduÃÃo e ao cultivo da espÃcie Litopenaeus vannamei, ao uso de tÃcnicas de melhoramento, tanto voltadas para o aumento da produÃÃo como da reproduÃÃo do camarÃo, incentivos governamentais e à utilizaÃÃo indiscriminada de certas Ãreas litorÃneas No segundo perÃodo, 1990-1994, A promessa da redenÃÃo econÃmica ainda permanece. O discurso da atividade, como uma coisa muito promissora, no inÃcio està presente, para, posteriormente, a atividade passar a ser vista nÃo mais como algo tÃo benÃfico. Para o terceiro perÃodo, dede 2000-2004, O sonho acabou, embora o cultivo do camarÃo, naquele momento, jà fosse uma das mais importantes atividades do setor primÃrio nordestino, ocupando lugar de destaque na pauta de exportaÃÃo do estado do CearÃ. Os enunciados dos discursos jornalÃsticos passam a registrar essa prÃtica como uma atividade preocupante pela forma como à realizada, isto Ã, sendo a causa de inÃmeros problemas socioambientais. A prÃtica do cultivo de camarÃo, em Ãreas de mangues e suas adjacÃncias, vÃm provocando uma sÃrie de danos, tanto para o ambiente, como para inÃmeras comunidades que dependem do ecossistema manguezal para sobreviverem. Nesse sentido, o discurso do jornal, ao deslocar esses dizeres sobre a Carcinicultura, mostra como atua estrategicamente para a naturalizaÃÃo dos significados. Com isso, deve ser entendido nÃo apenas como um informador dos acontecimentos, dos fatos, mas como um instrumento que estabelece verdades, as suas. === Esta disertaciÃn proponese lanzar otra mirada al estudio del Carcinicultura, al realizar una investigaciÃn geogrÃfica en el periÃdico que empieza del la producciÃn
discursiva. El estudio investiga como el discurso periodÃstico opera en la construcciÃn de representaciones sobre esta actividad. Para esto, fue necesario notÃlo como constituido de significados, dÃnde se ejercen y travan las luchas para producir una supuesta realidad/verdad. Al analizar las materias periodÃsticas como el discurso construyà culturalmente, va notÃndo-se la manera como las
representaciones estan elaborÃndose. Las herramientas teÃricas que nortearam esta investigaciÃn fueron proporcionados por la GeografÃa Cultural, que hizo posible una nueva lectura en el tema. La investigaciÃn buscaba para entender las representaciones elaboradas por el periÃdico "O POVO", uno de los vehÃculos mÃs importantes de los medios de comunicaciÃn impresa del Cearà respecto a
Carcinicultura y tres perÃodos: 1978-1984; 1990-1994 y 2000-2004. La divisiÃn de esos perÃodos se encuentra en criterios establecidos por IBAMA y SEMACE en sus estudios sobre la Carcinicultura. El cultivo del camarÃn empieza a ser transmitido por el periÃdico por la dÃcada de 1970, pero sÃlo en 1990 que conquista una fama mÃs grande en su calendario pÃblico. La metodologÃa usada consistià en una busca de los informes que ellos trataron de alguna manera el tema del Carcinicultura. Yo considerà como el campo de la investigaciÃn la ediciÃn diaria del "O POVO" en esos
perÃodos. El periÃdico al ser considerado como una habilidad cultural està viÃndose como un lugar de la producciÃn de saberes sobre la actividad camaroneira y evalÃe en la formaciÃn de la opiniÃn pÃblica. El estudio analiza la construcciÃn discursiva, tenidos que dirigirse para examinar las estrategias trabajadas para elaborar las
declaraciones en el Carcinicultura. En ese sentido, describe y problematiza el funcionamiento de los discursos periodÃsticos. En el primer perÃodo, 1978-1984, en Al encuentro de Eldorado yo observà refranes que apuntan el Carcinicultura como algo beneficioso, una salida importante para la crisis de la sal, una actividad para insertar Cearà y el Nordeste en el circuito nacional de producciÃn. Cuando avanzo para el perÃodo siguiente, el discurso del mencionado periÃdico mueve para otro significado. AsÃ, la actividad camaroneira fue por un perÃodo largo por el perÃodico como Ãnica salida viable para el Nordeste. Esto pasa a ser preguntado. La expansiÃn de la Carcinicultura en Brasil es bastante expresiva en las Ãltimas dÃcadas. Ese progreso està relacionado a la introducciÃn y cultivo de la especie Litopenaes vannamei, al uso de las tÃcnicas de la mejora de tal manera se vuelva hacia el aumento de la producciÃn de los camarones, incentivos gubernamentales y
el uso indistinto de ciertas Ãreas. En el segundo perÃodo, 1990-1994, La promesa la redenciÃn economÃca, permanece. El discurso de la actividad se queda inicialmente como una cosa muy prometedora, al principio esta presente para despuÃs, la actividad pasar para no ser visto mÃs como algo tan beneficioso. Para el tercer perÃodo, 2000-2004, El sueÃo acabÃ, aunque el cultivo del camarÃn en aquele
momento ya fuera una de las actividades mÃs importantes de la secciÃn primaria nororiental, ocupando la posiciÃn de la prominencia en la lÃnea de exportaciÃn del estado de CearÃ. Las declaraciones de los discursos periodÃsticos pasan a colocar esta prÃctica como una actividad preocupando com la manera cÃmo es ejercida, esto Ãs siendo la causa de los problemas socioambientales innumerables. La prÃctica del cultivo del camarÃn, en las Ãreas del pantano y sus adjacencies, està provocando una serie de daÃos y perjuicios, tanto para el medio ambiente, cuanto a
9 comunidades innumerables que dependen del crecimiento del ecosistema de mangles para sobrevivir. En ese sentido, el discurso del periÃdico al mover esos refranes respecto a la Carcinicultura, muestra cÃmo actÃa estratÃgicamente para la
naturalizaciÃn de los significados. Con etso, debe entenderse no solamente como informador de los eventos, de los hechos, pero como un instrumento que establece verdad, las suyas.
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