Summary: | CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior === Para tecer esse bordado convidei um grupo de mulheres para nos encontrar como contadoras de histÃrias e, dentre as muitas expressÃes possÃveis, enfatizar a energia das mulheres atravÃs da nossa literatura, tÃo escassa nos espaÃos onde se pratica educaÃÃo e formaÃÃo de educador@s. Compomos contos, imagens, desenhos, mÃsica, poesia, vÃdeo, fotografia,gestamos nosso feminino. Qual feminino? Um feminino que se quer transgressor, cirandeiro e contador de histÃrias, visando a superar o silenciamento da literatura feminina na cultura patriarcal dominante em educaÃÃo. Ciente da tendÃncia ocidental moderna em afirmar a criaÃÃo artÃstica como essencialmente masculina este trabalho teima em afirmar as mulheres como contadoras de histÃria e busca recuperar essa literatura guardada, contida com finalidade principal de afirmaÃÃo e resgate da escrita literÃria feminina na Ãrea da educaÃÃo. Muitos obstÃculos e restriÃÃes sociais foram erguidos com o apoio do discurso ocidental burguÃs sobre a ânatureza femininaâ, que por muito tempo bloqueou a produÃÃo literÃria em educaÃÃo. O lugar da literatura e educaÃÃo sÃo todos os lugares, nÃo apenas a sala de aula esquadrinhada, ou o pÃtio dessa invenÃÃo colonial chamada escola.Esta tese à contada em histÃrias das Cirandeiras LunÃticas, como nos codinominamos durante o processo. Buscamos para a realizaÃÃo das cirandas onde se produziram as histÃrias, o contato com a natureza, a Ãgua, o rio, a chuva, o preparo da comida, a festa, a rua,a lua representando nossa ancestralidade.... As histÃrias contadas aqui tecem fios que ligam os conhecimentos ancestrais com as prÃticas femininas contemporÃneas,enfatizando a complexidade e diversidade das experiÃncias e realizaÃÃes vivenciadas por mulheres, para alÃm da relaÃÃo com o masculino. Os resultados vÃo seguindo em acervo literÃrio, no Ãlbum fotogrÃfico visulunÃtico, e no filme de curta metragem produzidos ou colhidos na passagem das nossas horas cirandeiras. Os encontros cirandeiros vÃo sendo contados pelo acervo fotogrÃfico que compÃe o trabalho. Uma das principais ervas que temperou essa travessura entre ciÃncia e arte literÃria foi a SociopoÃtica no ponto em que nos tornamos Cirandeiras LunÃticas, pela permissÃo que ela nos dà em misturar corpos, fundindo-os, tornando-os flexÃveis, escapando da armadura, organismo-organizado-disciplinado-rÃgido-submisso. Como caminho a ciranda se abriu e a gente cantou, danÃou, brincou, pintou e bordou literatura feminina... Mais uma forma de pesquisar. Seis cirandas, seis mulheres(entre as quais estou inclusa),muitas outr@s com quem interagimos nos lugares por onde passamos: na ilha de Cotijuba (PA), na serra de Guaramiranga e em Fortaleza, (no CearÃ); na viagem ao Sul do Parà (entre BelÃm, MarabÃ, SÃo Domingos do Araguaia, SÃo Geraldo do Araguaia, atà a Serra das Andorinhas), em Salvador e Arembepe, (na Bahia). Lugares escolhidos por nÃs para rodar as Cirandas LunÃticas. O feminino sociopoeta em nÃs foi se compondo em cada saia rodada e histÃria contada. Ardido feito pimenta malagueta, segue o cortejo!
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