| Summary: | CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior === A lesÃo medular ocasiona diversas dificuldades ou necessidades de ajuda na realizaÃÃo das mais diferentes atividades da vida diÃria nas pessoas acometidas. Ao proporcionar um cuidado de enfermagem para ajudar a pessoa portadora de lesÃo medular, se obtÃm um exemplo de reflexÃo acerca da qualificaÃÃo da prÃtica profissional, promoÃÃo da saÃde e melhoria do bem-estar destas pessoas. Contrariando a tendÃncia de nÃo valorizar o uso de teorias de enfermagem, objetivou-se analisar a aplicabilidade da Teoria de Enfermagem ClÃnica de Ernestine Wiedenbach na identificaÃÃo da necessidade de ajuda Ãs pessoas com paraplegia. Trata-se de um estudo exploratÃrio, descritivo e de natureza qualitativa que permite uma compreensÃo da experiÃncia humana subjetiva da vida destes seres. Os sujeitos pesquisados perfizeram um total de nove pessoas com paraplegia atravÃs de triagem realizada seguindo critÃrios de inclusÃo. O lÃcus foi o domicÃlio, uma vez que à um ambiente que promove maior privacidade e confiabilidade para a coleta de informaÃÃes. Os instrumentos escolhidos foram um formulÃrio estruturado constando dados socioeconÃmicos, de identificaÃÃo do sujeito da pesquisa e especÃficos sobre a lesÃo medular e uma entrevista semi-estruturada que abordou questÃes sobre o significado de ajuda, quais necessidades de ajuda enfrentam estes sujeitos, qual ajuda necessÃria pretendem receber, de quem estÃo recebendo ajuda e se algum enfermeiro o havia ajudado. A entrevista foi gravada respeitando-se todos os critÃrios Ãticos de pesquisa com seres humanos e os dados foram posteriormente transcritos e agrupados em categorias seguindo a abordagem metodolÃgica de Bardin da anÃlise de conteÃdo dos relatos. Assim, foram criadas quatro categorias: 1- A percepÃÃo do que à ajuda pelos portadores de paraplegia e o cuidado de enfermagem; 2- A identificaÃÃo das necessidades de ajuda; 3- Ofertando a ajuda: os significados e 4- A ajuda esperada pelos portadores de paraplegia. Os dados demonstraram que os portadores de paraplegia entendem a ajuda como, cooperaÃÃo, incentivo, motivaÃÃo, apoio ou atà mesmo uma forma de preconceito ou exclusÃo. Quanto Ãs necessidades de ajuda, as identificadas foram: Acessibilidade; Preconceito que percebem das pessoas; Sentimento de impotÃncia diante das dificuldades; Higiene Pessoal e Ãntima; Privacidade na execuÃÃo de cuidados de higiene Ãntima; InfecÃÃo urinÃria; Cateterismo vesical; Medo; Dor neuropÃtica; Espasticidade; Problemas financeiros; Falta de emprego; Uso de medicaÃÃes orais; e Falta de adaptaÃÃo no domicÃlio. Quanto à ajuda que recebem foram apontados a dos amigos e da famÃlia. Ao serem perguntados se algum enfermeiro ofertou alguma ajuda no percurso de sua condiÃÃo de paraplegia obteve-se como resposta os profissionais do centro de reabilitaÃÃo. AlÃm disso, foi proposto um plano de cuidados para a prÃxis de enfermeiros no cuidado domiciliar a pessoas com paraplegia. Considera-se que este estudo trouxe uma grande contribuiÃÃo cientÃfica visto que comprovou a eficÃcia da Teoria de Wiedenbach para a implementaÃÃo de cuidados de enfermagem direcionados a pessoas com lesÃo medular e ainda elaborou um modelo de processo de enfermagem voltado para portadores de paraplegia, podendo ser executado no prÃprio domicÃlio, corroborando com a proposta de promoÃÃo da saÃde, reintegraÃÃo e suporte sÃcio-espiritual do cuidar humanizado preconizado pela ciÃncia da Enfermagem.
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