Summary: | FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà === CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior === Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico === nÃo hà === Esta tese tem como objetivo analisar atà que ponto e sob quais circunstÃncias a presenÃa da
terceira parte influencia ou interfere nos chats educacionais virtuais por meio das mudanÃas de
footing dos participantes desses chats e da polidez linguÃstica que eles investem em momentos de
mudanÃa. Para tanto, tomamos como base os estudos de Goffman (1967; 1981), Brown; Levinson
(1978; 1987), Leech (1983; 2005), e as investigaÃÃes de Paiva (2004), Paiva; Rodrigues-Junior
(2008) e Pereira (2009). Para a realizaÃÃo da pesquisa, contamos com a colaboraÃÃo dos alunos e
dos professores das disciplinas SociolinguÃstica, LinguÃstica Textual e Leitura e ProduÃÃo de
Textos AcadÃmicos, ofertadas no curso de graduaÃÃo Letras-PortuguÃs da Universidade Federal
do CearÃ. Cada participante respondeu a um questionÃrio com questÃes que visaram compreender
seus hÃbitos e afinidades com a ferramenta chat educacional virtual. Depois de tabular e cruzar as
informaÃÃes presentes nos questionÃrios, e de analisar quinze chats, verificamos que a figura do
professor conteudista nÃo somente atua como terceira parte ou zona de influÃncia como tambÃm
chega a interferir na mudanÃa de footing dos participantes da interaÃÃo. O tipo de mudanÃa de
footing mais significativo à o de formato de produÃÃo, no qual foi possÃvel observar que na
presenÃa da terceira parte tutores e alunos procuram ser mais animadores do que responsÃveis ou
autores. TambÃm na presenÃa da terceira parte, os alunos evitaram inserir frames de longa
duraÃÃo. Com relaÃÃo à mudanÃa de footing por estrutura de participaÃÃo, a presenÃa da terceira
parte parece ter condicionado a exclusÃo momentÃnea do tutor na interaÃÃo durante a sua
presenÃa, que, por sua vez, excluiu alunos, neste mesmo momento interacional. Estes resultados
demonstram que o movimento interno Ãs interaÃÃes sociais (footing) realizadas em chats
educacionais virtuais à bastante sensÃvel à presenÃa de membro hierarquicamente superior,
podendo inclusive se prolongar na sua ausÃncia. Com esta investigaÃÃo, concluÃmos que a
escolha de determinadas estratÃgias de polidez como use marcadores de identidade e grupo,
inclua ouvinte e falante na mesma atividade, nominalize, distancie-se do ator e adicione
formalidade; distancie-se dos pronomes eu e vocà auxiliam no estabelecimento e na mudanÃa de
footings pelos participantes, pois demonstram o nÃvel de engajamento empreendido, sinalizando
em quais momentos o observador interfere na projeÃÃo de suas faces.
=== This research aims at analyzing what extent and under what circumstances the presence of third
part influences or interferes with the educational virtual chats through changes in participantsâ
footing in these chats and linguistic politeness that they invest in turning points.Our work in this
dissertation seeks to achieve this relationship which, in our view, seems inseparable for
understanding social relations. Therefore, as the basis of our studies we take Goffman (1967,
1981), Brown; Levinson (1987, 1978), Leech (1983, 2005), and more recently, investigations by
Paiva; Rodrigues-Junior (2008), Paiva (2004) and Pereira (2009). To achieve the researchâs aims,
we had the collaboration of students and teachers from Sociolinguistics, Linguistics and Textual
Reading and Production of Academic Texts disciplines, offered in the Portuguese Literature
course at the Federal University of CearÃ. The participants answered a questionnaire that aimed
to understand their habits and affinities with educational virtual chat tools. After crossing and
tabling the information provided in the questionnaires and analyzing fifteen chats, we found that
the figure of the content teacher does not only act as a third part or zone of influence, but also
he/she interferes in some instances to the changing in participants of the interactionâs footing. The
most significant type of footing change is in the format of production, in which tutors and
students demonstrate that in the presence of the third part, they seek to be more impeller than
sponsors or authors. Also, in the presence of the third part, students avoid inserting frames of
long duration. Regarding the change of footing for participation structure, the presence of the
third part seems to have conditioned the momentary exclusion of the tutor interaction during its
presence, which in turn, excluded students, even in this moment of interaction. These results
demonstrate that the internal motion to social interactions (footing) held in virtual educational
chats is very sensitive to the presence of higher-ranking member, and it can even extend during
its absence. With this investigation, we can conclude that the choice of certain politeness
strategies, such as use group and identity markers, include listener and speaker in the same
activity, nominalize, hold off yourself from the author and add formality, hold off yourself from
pronouns such as I and you assist in establishing and changing footings by the participants
because they demonstrate the level of engagement undertaken, signaling to which moments the
observer interferes with the projection of their faces.
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