O dito, o nÃo dito e o bendito: compreendendo o enfrentamento de mulheres familiares de usuÃrios de droga.

Este estudo teve como objetivo compreender as estratÃgias de enfrentamentos utilizadas por mulheres que convivem com familiares usuÃrios de droga, no MunicÃpio de Sobral-CE. Com abordagem qualitativa, a pesquisa foi desenvolvida nos espaÃos em que hà cuidados voltados aos familiares de usuÃrios de d...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Roberlandia Evangelista Lopes
Other Authors: Eliany Nazarà Oliveira
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Cearà 2012
Subjects:
Online Access:http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=9644
Description
Summary:Este estudo teve como objetivo compreender as estratÃgias de enfrentamentos utilizadas por mulheres que convivem com familiares usuÃrios de droga, no MunicÃpio de Sobral-CE. Com abordagem qualitativa, a pesquisa foi desenvolvida nos espaÃos em que hà cuidados voltados aos familiares de usuÃrios de drogas, dos quais foram: Centro de AtenÃÃo Psicossocial de Ãlcool e drogas (CAPS ad), Centro de referÃncia especializado de AssistÃncia Social (CREAS), Unidade de InternaÃÃo PsiquiÃtrica em Hospital Geral (UIPHG) no Hospital Dr. Estevam Ponte Ltda em Sobral-CE, assim como em alguns domicÃlios do referido MunicÃpio. Fizeram parte da pesquisa 26 mulheres familiares de usuÃrios de droga, nos meses de julho, agosto e setembro de 2012. A pesquisa foi aprovada pelo Comità de Ãtica e Pesquisa da Universidade Estadual Vale do Acaraà (UVA) mediante CAAE nÂ01255712.1.0000.5053. Para coleta de informaÃÃes foi proposta uma entrevista semiestruturada, baseada no InventÃrio de Lazurus e Folkman (1985). A tÃcnica de bola de neve foi utilizada apÃs as entrevistas. ApÃs a coleta, as informaÃÃes foram transcritas na Ãntegra, respeitando o dito, o nÃo dito e o bendito por essas mulheres. A sequÃncia da anÃlise ocorreu de modo a cumprir os objetivos do estudo, sendo construÃdos os seguintes tÃpicos: Dispositivos de saÃde e domicÃlio da captaÃÃo das mulheres entrevistadas, CaracterÃsticas das mulheres entrevistadas, Significados da convivÃncia entre mulher cuidadora e o familiar usuÃrio de droga, e anÃlise das falas no contexto dos pÃlos teÃricos coping de Folkman e Lazarus (1985), fazendo uso dos seguintes pÃlos: Confronto, Afastamento, Autocontrole, Suporte Social, AceitaÃÃo da Responsabilidade, Fuga-esquiva, ResoluÃÃo do Problema e ReavaliaÃÃo Positiva. Assim como observar se esses pÃlos eram focados na emoÃÃo ou focados no problema, pelos resultados verificou-se que: as vinte seis mulheres entrevistadas tÃm uma margem de idade de 30 a 60 anos, tendo prevalÃncia na dÃcada de quarenta, perfazendo um total de dez mulheres; que nove tÃm primÃrio incompleto; seis sÃo analfabetas. Hà uma prevalÃncia de mÃes cuidadoras, perfazendo um total de quatorze mÃes nesse estudo. Houve um destaque para uso do crack e o Ãlcool entre os familiares dessas mulheres. Foi desvelado na pesquisa que conviver com usuÃrio de droga pode produzir nessas mulheres cuidadoras um contexto de ausÃncia de diÃlogo, processos de adoecimentos e inseguranÃa, repercutindo no domicÃlio um ambiente de violÃncia, medo e sofrimento. O dito, o nÃo e o bendito pelas mulheres cuidadoras de usuÃrios de droga revelaram que suas estratÃgias de enfrentamento devem ser pautadas no melhor lidar com o uso da droga pelo familiar, a fim de tentar sanar ou minimizar processos de adoecimentos e obter melhor qualidade de vida, assim como produzir um cuidado compartilhado juntamente com os profissionais de saÃde para melhor adesÃo e tratamento do parente que faz o uso das substÃncias psicoativas. Isso pode predizer menos conflitos familiares no conviver, sintomas de ansiedades e depressÃo entre essas mulheres.