Summary: | FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà === CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior === A escassez de medicamentos adequados ao uso pediÃtrico obriga os prescritores a extrapolarem informaÃÃes obtidas atravÃs de testes com indivÃduos adultos para crianÃas, bem como a adaptarem formulaÃÃes desenvolvidas para adultos. Os riscos sÃo elevados podendo comprometer a eficÃcia e a seguranÃa dos tratamentos.Conhecer a problemÃtica da carÃncia de formulaÃÃes farmacÃuticas adequadas ao uso em crianÃas e suas repercussÃes prÃticas em um hospital pediÃtrico do SUS. Estudo descritivo transversal, envolvendo: busca na literatura internacional de medicamentos cuja forma ou formulaÃÃo representam um problema para o uso em crianÃas (MP, medicamentos problema) e identificaÃÃo desses medicamentos no mercado farmacÃutico brasileiro; inquÃrito com mÃdicos de um hospital pediÃtrico (N=48, 98% do total) sobre quais sÃo os MP em sua prÃtica clÃnica e seguimento da prescriÃÃo e preparo de MP sÃlidos na instituiÃÃo. Foi empregada a ClassificaÃÃo AnatÃmica TerapÃutica e QuÃmica de medicamentos e cÃlculo de freqÃÃncias das variÃveis. O projeto foi aprovado pela comissÃo de Ãtica da instituiÃÃo.
Foram identificados 131 MPI (medicamentos problema internacionais), 105 destes sÃo comercializados no Brasil, sendo 85 de uso pediÃtrico. Os princÃpios ativos mais freqÃentes foram: salbutamol, furosemida, paracetamol, cisaprida e morfina. Os MP mais citados pelos mÃdicos foram captopril, furosemida, digoxina, espironolactona, hidroclorotiazida e prednisona. A carÃncia de preparaÃÃes orais, parenterais e em baixas doses foram os problemas mais citados. Foi acompanhada a adaptaÃÃo de 24 distintos MP sÃlidos (89 prescriÃÃes). Todas as prescriÃÃes apresentavam inconformidades, bem como todos os procedimentos de preparo. As doses administradas foram 3,47 a 1.125% do preconizado (22,7% inferiores e 39.5% superiores); somente em 37,8% dos casos foi administrada a dose preconizada.
A carÃncia de preparaÃÃes apropriadas para uso em crianÃas à um problema em todo o mundo. No Brasil isso à agravado pela falta de condiÃÃes adequadas para a adaptaÃÃo de formulaÃÃes em hospitais, bem como pela inobservÃncia de procedimentos padronizados.
=== The scarcity of medicines developed to be used in children creates the need of to extrapolate information obtained by tests in adults and of to adapt adult formulations to this age group. The risks are great and can compromise the efficacy and safety of treatments.To know the problem of lack of formulations apropriated to be used in children and its practical repercussions in a SUS pediatric hospital.A cross-sectional, descriptive study, involving: literature search for medicaments whose formulations represents a problem for use in children (Medicine Problem â MP) and the identification of these medicines on the Brazilian market; a survey applied to doctors in a pediatric hospital to know which are the PM in their clinical practice; follow up of prescription and adaptation of solid PM in this institution. The Anatomic Therapeutic Chemical classification of medicines was adopted; the frequencies of variables were calculated; the project was approved by the hospital Ethics Committee.A total of 131 IPM (International Problem Medicine) were identified, 105 of these are marketed in Brazil, including 85 pediatric preparations. The most frequent MP were salbutamol, furosemide, paracetamol, cisaprida and morphine; The doctors (N=48, 98% of total) referred mainly captopril, furosemide, digoxine, espironolactone, hidroclorotiazide e prednisone as PM. Lack of oral, parenteral, or lower doses formulations were the more frequent problems. The preparation of 89 solid PM was followed up; there were inadequacies in all prescriptions and preparing procedures. The final dosis administered were 3,47 to 1.125% of expected (22,7% under and 39 over); only 37,8 of children received the standardized dosis.
The lack of appropriate preparations to be used in children is a problem all over the world. In Brazil this problem is aggravated by the lack of adequate conditions in hospitals to adapt formulations and poor compliance with standard procedures.
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