"Quando trabaio à ensinaÃÃo pra rude e estudo à bom pro caba consegiur emprego melhor": falas, representaÃÃes e vivÃncias da educaÃÃo escolar na reforma agrÃria.
nÃo hà === This paper tries to analyze and discuss the social representations about the youth and adulthood scholar education of individuals settled in the land reform, in the Santa Luzia agro village, in the town of JoÃo CÃmara, state of Rio Grande do Norte. Thus, we went through a qualitative base...
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Format: | Others |
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Published: |
Universidade Federal do CearÃ
2006
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RepresentaÃÃes Sociais EducaÃÃo Escolar Assentamentos Rurais EDUCACAO RURAL |
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RepresentaÃÃes Sociais EducaÃÃo Escolar Assentamentos Rurais EDUCACAO RURAL Alessandro Augusto de Azevedo "Quando trabaio à ensinaÃÃo pra rude e estudo à bom pro caba consegiur emprego melhor": falas, representaÃÃes e vivÃncias da educaÃÃo escolar na reforma agrÃria. |
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nÃo hà === This paper tries to analyze and discuss the social representations about the youth and adulthood scholar education of individuals settled in the land reform, in the Santa Luzia agro village, in the town of JoÃo CÃmara, state of Rio Grande do Norte. Thus, we went through a qualitative bases research, applying questionnaires, with free association tests, semi structured interviews and informal conversations with several individuals, randomly chosen, besides discussion groups, bringing together young and adult people (men and women) from the community. This process was guided by a script according to which the individuals recalled their past situation before the taking over the land, including their (fragile) contacts with school education during this time and the daily work besides their parents so as to supply the family with their earnings; they recalled the struggling process of occupation and taking over the land, and, along with that, the building of a school in the settlement; the actual challenges and dilemmas of community consolidation; and, finally, what they expect about the school education for themselves and for their children. The social representations of the settlers about school education are structured over four pillars: their experiential memory, that is, the recalling of their journey previous to school exclusion; their subjective expectations about meeting their immediate needs for school education; their expectations about territorial future, that is, their projects of accomplishable future starting from their life and work conditions managed from their state as a settler in the land reform; and their expectations of creative future, reflected in the projects about the future which are associated with the family continuation through younger generations. From these pillars we realized that the adult settlers value school education as means of material and individual progress, but not for themselves, since they represent themselves negatively as âroughâ people whose learning difficulties limit them when trying to reach higher levels of education. They project in the younger generations the dreams of a better future, starting from getting a job and income, though activities out of the village. Such lack of hope about the potentialities themselves in the settlement is shown in the reports originated from their poor life and work conditions, from their fragile productivity infrastructure and the animosity itself between the leaderships of the settlers, which brings political disagreements, and mine the construction of a community development project. === Trabalho que busca analisar e discutir as representaÃÃes sociais em torno da educaÃÃo escolar, de jovens e adultos assentados da reforma agrÃria, da agrovila Santa Luzia, assentamento Modelo, do municÃpio de JoÃo CÃmara-RN. Para isso, recorreu-se a uma pesquisa de carÃter qualitativo, com a aplicaÃÃo de questionÃrios, com testes de associaÃÃo livre, a realizaÃÃo de entrevistas semi-estruturadas e conversas informais com sujeitos diversos, escolhidos aleatoriamente, alÃm de grupos de discussÃo, reunindo jovens e adultos (homens e mulheres) da comunidade. Esse processo foi orientado por um roteiro segundo o qual os sujeitos rememoraram seu passado anteriormente à conquista da terra, inclusive seus (frÃgeis) contatos com a educaÃÃo escolar nesse perÃodo e o cotidiano de trabalho ao lado dos pais para garantir a sobrevivÃncia da famÃlia; relembraram o processo de luta, ocupaÃÃo e conquista da terra, e junto com ela a construÃÃo da escola do assentamento; os atuais desafios e dilemas de consolidaÃÃo da comunidade; e, por fim, que expectativas nutrem em relaÃÃo à educaÃÃo escolar para si e para seus filhos. As representaÃÃes sociais dos assentados acerca da educaÃÃo escolar se estruturam sobre quatro eixos: a sua memÃria experiencial, isto Ã, a rememoraÃÃo de sua trajetÃria anterior de exclusÃo do direito à escola; suas expectativas subjetivas quanto à satisfaÃÃo de suas necessidades imediatas pela educaÃÃo escolar; suas expectativas de futuro territorial, ou seja, seus projetos de futuro realizÃveis a partir das condiÃÃes de vida e trabalho gestadas desde sua condiÃÃo de assentado da reforma agrÃria; e suas expectativas de futuro geracional, refletidos nos projetos de futuro que estÃo associados à continuidade da famÃlia atravÃs das geraÃÃes mais jovens. A partir desses eixos constata-se que os assentados adultos valorizam a educaÃÃo escolar como mecanismo de progressos materiais e individuais, mas nÃo para si mesmos, dado que se auto-representam negativamente, como ârudesâ, cujas dificuldades de aprendizagem os limitam em relaÃÃo a obterem maiores nÃveis de escolaridade. Projetam nas geraÃÃes jovens os sonhos de futuro melhor, a partir da conquista de emprego e renda, conquanto em atividades fora do assentamento. Tal desesperanÃa nas prÃprias potencialidades do lugar aparece nos relatos como decorrÃncia das suas precÃrias condiÃÃes de vida e trabalho, da frÃgil infra-estrutura produtiva e da animosidade entre as prÃprias lideranÃas dos assentados que alimenta divergÃncias polÃticas e minam a construÃÃo de um projeto de desenvolvimento da comunidade. |
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ndltd-IBICT-oai-www.teses.ufc.br-3212019-01-21T22:14:39Z "Quando trabaio à ensinaÃÃo pra rude e estudo à bom pro caba consegiur emprego melhor": falas, representaÃÃes e vivÃncias da educaÃÃo escolar na reforma agrÃria. WHEN A JOB MEANS TEACHING TO THE RUDE AND STUDYING IS GOOD TO GET A BETTER JOB: Speeches, representations and real scholar education situations in the land reform. Alessandro Augusto de Azevedo Kelma Socorro Lopes de Matos AlÃcia Ferreira GonÃalves Dorgival GonÃalves Fernandes Erika dos Reis GusmÃo Andrade Sandra HaydÃe Petit RepresentaÃÃes Sociais EducaÃÃo Escolar Assentamentos Rurais EDUCACAO RURAL nÃo hà This paper tries to analyze and discuss the social representations about the youth and adulthood scholar education of individuals settled in the land reform, in the Santa Luzia agro village, in the town of JoÃo CÃmara, state of Rio Grande do Norte. Thus, we went through a qualitative bases research, applying questionnaires, with free association tests, semi structured interviews and informal conversations with several individuals, randomly chosen, besides discussion groups, bringing together young and adult people (men and women) from the community. This process was guided by a script according to which the individuals recalled their past situation before the taking over the land, including their (fragile) contacts with school education during this time and the daily work besides their parents so as to supply the family with their earnings; they recalled the struggling process of occupation and taking over the land, and, along with that, the building of a school in the settlement; the actual challenges and dilemmas of community consolidation; and, finally, what they expect about the school education for themselves and for their children. The social representations of the settlers about school education are structured over four pillars: their experiential memory, that is, the recalling of their journey previous to school exclusion; their subjective expectations about meeting their immediate needs for school education; their expectations about territorial future, that is, their projects of accomplishable future starting from their life and work conditions managed from their state as a settler in the land reform; and their expectations of creative future, reflected in the projects about the future which are associated with the family continuation through younger generations. From these pillars we realized that the adult settlers value school education as means of material and individual progress, but not for themselves, since they represent themselves negatively as âroughâ people whose learning difficulties limit them when trying to reach higher levels of education. They project in the younger generations the dreams of a better future, starting from getting a job and income, though activities out of the village. Such lack of hope about the potentialities themselves in the settlement is shown in the reports originated from their poor life and work conditions, from their fragile productivity infrastructure and the animosity itself between the leaderships of the settlers, which brings political disagreements, and mine the construction of a community development project. Trabalho que busca analisar e discutir as representaÃÃes sociais em torno da educaÃÃo escolar, de jovens e adultos assentados da reforma agrÃria, da agrovila Santa Luzia, assentamento Modelo, do municÃpio de JoÃo CÃmara-RN. Para isso, recorreu-se a uma pesquisa de carÃter qualitativo, com a aplicaÃÃo de questionÃrios, com testes de associaÃÃo livre, a realizaÃÃo de entrevistas semi-estruturadas e conversas informais com sujeitos diversos, escolhidos aleatoriamente, alÃm de grupos de discussÃo, reunindo jovens e adultos (homens e mulheres) da comunidade. Esse processo foi orientado por um roteiro segundo o qual os sujeitos rememoraram seu passado anteriormente à conquista da terra, inclusive seus (frÃgeis) contatos com a educaÃÃo escolar nesse perÃodo e o cotidiano de trabalho ao lado dos pais para garantir a sobrevivÃncia da famÃlia; relembraram o processo de luta, ocupaÃÃo e conquista da terra, e junto com ela a construÃÃo da escola do assentamento; os atuais desafios e dilemas de consolidaÃÃo da comunidade; e, por fim, que expectativas nutrem em relaÃÃo à educaÃÃo escolar para si e para seus filhos. As representaÃÃes sociais dos assentados acerca da educaÃÃo escolar se estruturam sobre quatro eixos: a sua memÃria experiencial, isto Ã, a rememoraÃÃo de sua trajetÃria anterior de exclusÃo do direito à escola; suas expectativas subjetivas quanto à satisfaÃÃo de suas necessidades imediatas pela educaÃÃo escolar; suas expectativas de futuro territorial, ou seja, seus projetos de futuro realizÃveis a partir das condiÃÃes de vida e trabalho gestadas desde sua condiÃÃo de assentado da reforma agrÃria; e suas expectativas de futuro geracional, refletidos nos projetos de futuro que estÃo associados à continuidade da famÃlia atravÃs das geraÃÃes mais jovens. A partir desses eixos constata-se que os assentados adultos valorizam a educaÃÃo escolar como mecanismo de progressos materiais e individuais, mas nÃo para si mesmos, dado que se auto-representam negativamente, como ârudesâ, cujas dificuldades de aprendizagem os limitam em relaÃÃo a obterem maiores nÃveis de escolaridade. Projetam nas geraÃÃes jovens os sonhos de futuro melhor, a partir da conquista de emprego e renda, conquanto em atividades fora do assentamento. Tal desesperanÃa nas prÃprias potencialidades do lugar aparece nos relatos como decorrÃncia das suas precÃrias condiÃÃes de vida e trabalho, da frÃgil infra-estrutura produtiva e da animosidade entre as prÃprias lideranÃas dos assentados que alimenta divergÃncias polÃticas e minam a construÃÃo de um projeto de desenvolvimento da comunidade. 2006-06-08 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=513 por info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf Universidade Federal do Cearà Programa de PÃs-GraduaÃÃo em EducaÃÃo UFC BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC instname:Universidade Federal do Ceará instacron:UFC |