Caminhos e Descaminhos de um Pensar Plural: o pensamento polÃtico do partido dos trabalhadores

FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico === RESUMO Este trabalho analisa a formaÃÃo e o desenvolvimento do pensamento polÃtico do Partido dos Trabalhadores (PT) no perÃodo compreendido entre sua fundaÃÃo em 1980 Ã realizaÃÃo de seu 1Â. Congresso Nacional em 1991. A es...

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Bibliographic Details
Main Author: Elda Maria Freire Maciel
Other Authors: Elza Maria Franco Braga
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Cearà 2009
Subjects:
Online Access:http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3050
Description
Summary:FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico === RESUMO Este trabalho analisa a formaÃÃo e o desenvolvimento do pensamento polÃtico do Partido dos Trabalhadores (PT) no perÃodo compreendido entre sua fundaÃÃo em 1980 à realizaÃÃo de seu 1Â. Congresso Nacional em 1991. A escolha desse tema se deu ao refletir sobre como o PT construiu o seu corpo simbÃlico ou o seu capital polÃtico no decurso de sua trajetÃria de lutas e como se capacitou para efetivÃ-lo atravÃs do conjunto partidÃrio. Tal dÃvida se manifestou quando analisava documentos (resoluÃÃes de encontros, congressos, reuniÃes etc.) dessa organizaÃÃo, inclusive de suas vÃrias tendÃncias e percebia como enfatizavam o fato do PT ter incorporado ânovas teoriasâ, ânovas prÃticasâ, ânovos rumosâ durante sua trajetÃria e por isso, ser um ânovo partidoâ ou um partido diferente do projeto originÃrio. A inquietaÃÃo com tal leitura me levou a refletir sobre uma premissa que considero fundamental para a vida das organizaÃÃes sociais como um todo, qual seja, que toda organizaÃÃo polÃtica necessita de uma referÃncia teÃrica sÃlida para formar-se e desenvolver-se. E claro isso advÃm de um processo de produÃÃo e de re-significaÃÃo de idÃias e prÃticas que de forma alguma sÃo absolutamente ânovasâ, mas que se articula com experiÃncias vividas por outras organizaÃÃes polÃticas em meio a novas realidades, a novos contextos sociais e tambÃm, a determinados tempos histÃricos. Os dados da pesquisa foram coletados nas resoluÃÃes partidÃrias aprovadas desde o surgimento do Movimento prÃ-PT, passando pelos 07 encontros nacionais e um extraordinÃrio e pelo 1Â. Congresso Nacional. Contudo, foram consultados tambÃm artigos de militantes petistas, boletins, folhetos de propaganda eleitoral, programa de governo do PT e outros materiais. Ao todo foram analisados 53 documentos partidÃrios. Como procedimento teÃrico-metodolÃgico optei pela anÃlise das categorias bÃsicas do pensamento petista, dos fenÃmenos sociais privilegiados por ele, da ontologia de suas idÃias, de sua pretensÃo crÃtica, das escolas de pensamento e Ideologia ao qual o PT se identificava. Para analisar o material coletado me orientei pela perspectiva teÃrico-metodolÃgica de Antonio Gramsci sobre sua concepÃÃo de partido polÃtico. Mas tambÃm a instrumentaÃÃo fornecida pela AnÃlise de Discurso (AD) foi fundamental. A conclusÃo deste estudo fornece indicaÃÃes sobre a construÃÃo do pensamento polÃtico petista em meio à conturbada dÃcada de 80, percebendo-o como uma sÃntese de rupturas, de superaÃÃo e ao mesmo tempo de continuidade com o pensamento dos partidos de esquerda que o precederam demonstrando assim, caracteres ambÃguos, conflituosos e contraditÃrios que concretamente incidiram para a prÃtica petista. === RESUMO Este trabalho analisa a formaÃÃo e o desenvolvimento do pensamento polÃtico do Partido dos Trabalhadores (PT) no perÃodo compreendido entre sua fundaÃÃo em 1980 à realizaÃÃo de seu 1Â. Congresso Nacional em 1991. A escolha desse tema se deu ao refletir sobre como o PT construiu o seu corpo simbÃlico ou o seu capital polÃtico no decurso de sua trajetÃria de lutas e como se capacitou para efetivÃ-lo atravÃs do conjunto partidÃrio. Tal dÃvida se manifestou quando analisava documentos (resoluÃÃes de encontros, congressos, reuniÃes etc.) dessa organizaÃÃo, inclusive de suas vÃrias tendÃncias e percebia como enfatizavam o fato do PT ter incorporado ânovas teoriasâ, ânovas prÃticasâ, ânovos rumosâ durante sua trajetÃria e por isso, ser um ânovo partidoâ ou um partido diferente do projeto originÃrio. A inquietaÃÃo com tal leitura me levou a refletir sobre uma premissa que considero fundamental para a vida das organizaÃÃes sociais como um todo, qual seja, que toda organizaÃÃo polÃtica necessita de uma referÃncia teÃrica sÃlida para formar-se e desenvolver-se. E claro isso advÃm de um processo de produÃÃo e de re-significaÃÃo de idÃias e prÃticas que de forma alguma sÃo absolutamente ânovasâ, mas que se articula com experiÃncias vividas por outras organizaÃÃes polÃticas em meio a novas realidades, a novos contextos sociais e tambÃm, a determinados tempos histÃricos. Os dados da pesquisa foram coletados nas resoluÃÃes partidÃrias aprovadas desde o surgimento do Movimento prÃ-PT, passando pelos 07 encontros nacionais e um extraordinÃrio e pelo 1Â. Congresso Nacional. Contudo, foram consultados tambÃm artigos de militantes petistas, boletins, folhetos de propaganda eleitoral, programa de governo do PT e outros materiais. Ao todo foram analisados 53 documentos partidÃrios. Como procedimento teÃrico-metodolÃgico optei pela anÃlise das categorias bÃsicas do pensamento petista, dos fenÃmenos sociais privilegiados por ele, da ontologia de suas idÃias, de sua pretensÃo crÃtica, das escolas de pensamento e Ideologia ao qual o PT se identificava. Para analisar o material coletado me orientei pela perspectiva teÃrico-metodolÃgica de Antonio Gramsci sobre sua concepÃÃo de partido polÃtico. Mas tambÃm a instrumentaÃÃo fornecida pela AnÃlise de Discurso (AD) foi fundamental. A conclusÃo deste estudo fornece indicaÃÃes sobre a construÃÃo do pensamento polÃtico petista em meio à conturbada dÃcada de 80, percebendo-o como uma sÃntese de rupturas, de superaÃÃo e ao mesmo tempo de continuidade com o pensamento dos partidos de esquerda que o precederam demonstrando assim, caracteres ambÃguos, conflituosos e contraditÃrios que concretamente incidiram para a prÃtica petista.