| Summary: | FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico === As atividades essenciais à sobrevivÃncia em culturas grafocÃntricas impÃem a lÃngua escrita. O fracasso na aquisiÃÃo dessa competÃncia obstaculiza um amplo conjunto de possibilidades interativas de comunicaÃÃo e expressÃo. Todavia, nÃo obstante os altos Ãndices de escolarizaÃÃo, os resultados das avaliaÃÃes nacionais e estaduais apontam o fracasso da escola pÃblica brasileira na alfabetizaÃÃo de seus alunos, sobretudo no caso das crianÃas partÃcipes de variaÃÃo lingÃÃstica rural. Portanto, em 2006, efetivou-se um estudo de caso avaliativo, de carÃter etnogrÃfico, mediante uma pesquisa-intervenÃÃo, objetivando-se analisar as possÃveis influÃncias de uma variaÃÃo lingÃÃstica à alfabetizaÃÃo infantil. Avaliaram-se os efeitos de intervenÃÃes pedagÃgicas ao desenvolvimento de competÃncias lingÃÃsticas e metalingÃÃsticas em uma turma multisseriada com alunos de 1o e 2o anos do Ensino Fundamental, de uma escola rural, com idades variando entre 6 e 12 anos. Diversificados procedimentos metodolÃgicos foram utilizados à consecuÃÃo da pesquisa: i) observaÃÃes da comunidade, escola e sala de aula; ii) anÃlise de documentos; iii) entrevista à professora da turma e coordenadora pedagÃgica; iv) avaliaÃÃo diagnÃstica, processual, e somativa dos alunos e v) intervenÃÃes ao avanÃo de habilidades metalingÃÃsticas dos estudantes. A anÃlise dos dados foi realizada qualitativamente e interpretada sob as teorias psicogenÃtica, sÃcio-construtivista, lingÃÃstica e sociolingÃÃstica. Constatou-se que a variante lingÃÃstica rural nÃo interferiu expressivamente na alfabetizaÃÃo das crianÃas, necessitando, porÃm, de intervenÃÃes enÃrgicas no que se refere Ãs diferenÃas entre fala e escrita, bem como ao exercÃcio metalingÃÃstico. A substituiÃÃo da variedade rural pela norma padrÃo se torna desaconselhÃvel; antes, recomenda-se o acrÃscimo da modalidade culta ao seu discurso falado e escrito, quando se fizer necessÃrio.
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