Summary: | nÃo hà === Esta pesquisa intenta analisar, sob o viÃs teÃrico frankfutiano, as construÃÃes de modelos de
feminilidades
produzidas e divulgadas atravÃs dos conteÃdos de Ca
pricho, no site da Editora
Abril, a partir da seÃÃo Instagram da Leitora, afim de entender de que modo se delineiam as
[des][re]construÃÃes de feminilidades forjadas nesses espaÃos.
Capricho, como marca,
produzirà novas significaÃÃes e delinearà a imagem d
e cumplicidade entre consumidora e
marca, criando um processo de identificaÃÃo das consumidoras aos modelos de feminilidades
que por ela sÃo apregoados. Foram analisadas 187 fotografias da seÃÃo Instagram da Leitora
entre os meses de maio de 2015 e maio de
2016, alÃm da anÃlise dos
prints
da seÃÃo no site da
editora Abril. Problematizou
-
se os posicionamentos e recortes feitos por Capricho a partir do
material disponibilizado pelas jovens e utilizados na seÃÃo. A partir da anÃlise foi possÃvel
identificar mo
delos de feminilidades e corpo com um padrÃo acerca do que se esperava das
publicaÃÃes das jovens. Inicialmente, optamos por agrupar as publicaÃÃes a partir dos tipos de
fotografias em uma ficha de catalogaÃÃo que permitisse conhecer a quantidade de fotogr
afias
selecionadas por tipo, tais como
selfies
, fotos acompanhadas, fotos de paisagens, comidas,
animais, etc. A partir da ficha de catalogaÃÃo foi possÃvel apontar quais imagens e textos da
seÃÃo se adequavam aos objetivos da pesquisa. ApÃs a sistematizaÃ
Ão e anÃlise do material,
identificamos que os perfis das jovens sÃo catalogados e expostos a partir da prerrogativa de
adequaÃÃo aos ideias da marca e que os critÃrios de publicaÃÃo fazem referÃncia direta a um
corpo magro e bonito. HÃ ainda a imagem de q
ue Capricho legitima o empoderamento
feminino e que os discursos, de boa parte desses perfis, diz de uma busca por aceitaÃÃo do
prÃprio corpo e autonomia, todavia esse discurso de empoderamento se perde em meio aos
ditames de ter um corpo âsaudÃvelâ e magr
o, aceito pela jovem como o âÃâ, mas lapidado por
exercÃcios, dietas e filtros que ressaltem as partes do corpo que nÃo precisariam de ajustes,
como olhos, cabelos, pernas. As fragmentaÃÃes do corpo estÃo presentes em muitas
fotografias selecionadas e most
ram o corpo e as feminilidades marcados pelo servilismo e
dependÃncia aos modelos ali propagados em um esforÃo constante para adequaÃÃo.
Por fim,
observamos, que apesar de haver uma tentativa de resistÃncia pelas jovens, os discursos e
fotografias sÃo coop
tados e utilizados para novos assujeitamentos.
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