A compreensÃo de verbos psicolÃgicos por crianÃas falantes do portuguÃs brasileiro com idade entre 3 e 8 anos

Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico === Nossa investigaÃÃo se desenvolveu na perspectiva da compreensÃo da linguagem, considerando que à possÃvel chegar a determinados resultados, em estudos com crianÃas pequenas, por meio de tarefas de compreensÃo de sentenÃas. Assim, assu...

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Bibliographic Details
Main Author: Ana Paula Martins Alves
Other Authors: Maria Elias Soares
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Cearà 2018
Subjects:
Online Access:http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=20358
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topic Verbos psicolÃgicos
AquisiÃÃo da linguagem
Estrutura Argumental
Psychological verbs
language acquisition
argumental structure
eye tracking
LINGUISTICA
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AquisiÃÃo da linguagem
Estrutura Argumental
Psychological verbs
language acquisition
argumental structure
eye tracking
LINGUISTICA
Ana Paula Martins Alves
A compreensÃo de verbos psicolÃgicos por crianÃas falantes do portuguÃs brasileiro com idade entre 3 e 8 anos
description Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico === Nossa investigaÃÃo se desenvolveu na perspectiva da compreensÃo da linguagem, considerando que à possÃvel chegar a determinados resultados, em estudos com crianÃas pequenas, por meio de tarefas de compreensÃo de sentenÃas. Assim, assumindo uma concepÃÃo de aquisiÃÃo da linguagem pautada nos pressupostos gerativistas e considerando as postulaÃÃes do bootstrapping semÃntico, esta tese investigou como crianÃas, em diferentes estÃgios de aquisiÃÃo da linguagem, evidenciam a compreensÃo de verbos psicolÃgicos e sua Estrutura Argumental por meio do Paradigma do Mundo Visual. Partimos do pressuposto de que, dentre um conjunto de itens lexicais disponÃveis à aquisiÃÃo, os verbos psicolÃgicos sÃo complexos à aquisiÃÃo da linguagem, tendo em vista suas caracterÃsticas inerentes, tais como designar um estado, uma condiÃÃo ou uma situaÃÃo. Nossa compreensÃo de verbo psicolÃgico fundamentou-se na concepÃÃo apresentada por CanÃado (1995), que define os verbos psicolÃgicos como predicados que denotam um estado emocional e que mapeiam, obrigatoriamente, em sua Estrutura Argumental, um argumento Experienciador. Esta pesquisa teve por escopo investigar como crianÃas em processo de aquisiÃÃo da linguagem compreendem a grade temÃtica de verbos psicolÃgicos e, consequentemente, reagem ao mapeamento argumental de tais verbos, mais especificamente, ao papel temÃtico de Experienciador, e sua alternÃncia de posiÃÃo sintÃtica. Para tanto, desenvolvemos um estudo experimental, composto por trÃs tarefas, com a participaÃÃo de 72 crianÃas, com idade entre 3 e 8 anos, e utilizamos duas tÃcnicas experimentais: FixaÃÃo Preferencial do Olhar Intermodal e Rastreamento Ocular. A primeira tarefa experimental objetivou analisar o custo cognitivo no processamento de verbos psicolÃgicos de sentimento. A segunda tarefa teve por escopo examinar a compreensÃo dos papÃis temÃticos nas posiÃÃes sintÃticas de sujeito e de objeto de verbos psicolÃgicos das classes Temer, Preocupar, Acalmar e Animar, e de verbos de AÃÃo. A terceira tarefa objetivou analisar a compreensÃo dos verbos que nomeiam as classes definidas por CanÃado (1995). Os resultados revelaram que, de fato, os verbos psicolÃgicos sÃo mais custosos para o processamento cognitivo realizado por crianÃas de 3 a 8 anos, uma vez que todos os verbos analisados demonstraram custo de processamento mais alto que os verbos de AÃÃo. Os dados evidenciaram que a alternÃncia de posiÃÃo sintÃtica do papel temÃtico de Experienciador à caracterÃstica relevante para a compreensÃo de verbos psicolÃgicos por parte de crianÃas em processo de aquisiÃÃo da linguagem. No que diz respeito à compreensÃo dos papÃis temÃticos em posiÃÃo sintÃtica de sujeito e de objeto de verbos psicolÃgicos, os dados evidenciaram que o aspecto âmais causativoâ presente no papel temÃtico do argumento externo, em posiÃÃo sintÃtica de sujeito, torna menos acessÃvel a compreensÃo do Experienciador, em posiÃÃo sintÃtica de objeto. Por fim, os dados revelaram que, embora os verbos psicolÃgicos da classe Preocupar sejam mais recorrentes na lÃngua portuguesa, segundo CanÃado (1995), estes, por apresentarem o Experienciador na posiÃÃo sintÃtica de objeto, demandam maior custo de processamento para as crianÃas com idade entre 3 e 6 anos. ConcluÃmos, pois, que, jà com 3 anos de idade, as crianÃas evidenciam compreender os verbos psicolÃgicos, embora estes ainda estejam em processo de aquisiÃÃo. Ademais, concluÃmos que os verbos psicolÃgicos demandam alto custo de processamento para crianÃas com idade entre 3 e 6 anos.
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