RepresentaÃÃes de violÃncia em Ãgua (1935), de Josà MarÃa Arguedas

nÃo hà === Nesse trabalho nos propomos a analisar a primeira publicaÃÃo literÃria de Josà MarÃa Arguedas (1911-1969), Agua (1935), discutindo as representaÃÃes de violÃncia que ocorrem nos trÃs contos que compÃem a obra: âWarma kuyayâ, âAguaâ e âLos escolerosâ. AlÃm de considerar a literatura como t...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rafael Evaristo Faustino
Other Authors: Roseli Barros Cunha
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Cearà 2018
Subjects:
Online Access:http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=20339
Description
Summary:nÃo hà === Nesse trabalho nos propomos a analisar a primeira publicaÃÃo literÃria de Josà MarÃa Arguedas (1911-1969), Agua (1935), discutindo as representaÃÃes de violÃncia que ocorrem nos trÃs contos que compÃem a obra: âWarma kuyayâ, âAguaâ e âLos escolerosâ. AlÃm de considerar a literatura como transfiguraÃÃo do real, percebemos que em Agua a crÃtica de Arguedas em relaÃÃo à sociedade peruana à dada de maneira objetiva e explÃcita. Tomando como base a forma de escrita e tipos de personagens. Alguns crÃticos como Escajadillo (1994) e GonzÃlez Vigil (1998) dividiram a ficÃÃo arguediana em trÃs fases literÃrias diferentes: a primeira delas diz respeito à predominÃncia de uma economia semifeudal e de um discurso marcadamente realista. Segundo esses autores, a obra mais representativa dessa fase à Agua, na qual Arguedas buscou de certo modo retratar um microcosmo da relaÃÃo bastante conflituosa existente na sociedade peruana entre Ãndios e donos de terra. A segunda e a terceira fases da produÃÃo do autor, segundo Escajadillo (1994) e GonzÃlez Vigil (1998) possuem um cunho mais totalizador da sociedade peruana e, por conseguinte, da AmÃrica Latina. Detemo-nos na primeira fase, que traz um antagonismo contÃnuo entre âbrancosâ e Ãndios. Para a problematizaÃÃo da corrente indigenista e anÃlise dos contos, amparamo-nos em estudos de Ãngel Rama ([1982] 2008), GonzÃlez Vigil (1998), Escajadillo (1994), Cornejo Polar (2008) e outros crÃticos que tambÃm abordaram a narrativa indigenista em seus estudos, como: MariÃtegui ([1928] 2007), Cunha (2007) e Gracia Morales (2015). Nos aspectos da violÃncia e poder, detemo-nos em DiÃgenes (1996), Sevcenko (1985), Foucault (2014) e Faleiros (2007). Com isso, vimos que a violÃncia se apresenta das mais variadas formas: violÃncia contra a mulher; violÃncia contra a natureza e violÃncia entre as raÃas, onde vemos o preconceito contra o Ãndio.