CarvÃo para seus olhos tocarem: uma poÃtica do deslocamento

FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico === PropÃe-se a pesquisa como uma experiÃncia de uma poÃtica do deslocamento, por meio do engajamento no processo de criaÃÃo de CarvÃo Para Seus Olhos Tocarem, um desdobramento de trabalhos de arte envolvendo performance com inst...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ruy CÃzar Campos Figueiredo
Other Authors: CÃsar Augusto Baio Santos
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Cearà 2018
Subjects:
Online Access:http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=20317
Description
Summary:FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico === PropÃe-se a pesquisa como uma experiÃncia de uma poÃtica do deslocamento, por meio do engajamento no processo de criaÃÃo de CarvÃo Para Seus Olhos Tocarem, um desdobramento de trabalhos de arte envolvendo performance com instalaÃÃo cinematogrÃfica com mÃltiplas telas. Inspirado metodologicamente em abordagens dos estudos de cinema sobre tatilidade, abordagens da performance-como-pesquisa sobre paisagem e uma abordagem apropriada da etnografia sobre sensorialidade, a experiÃncia promove 1) o contato com o carvÃo mineral que à encontrado na paisagem do PecÃm, onde com seu pà afeta o ambiente, os corpos e comunidades; 2) o contato com as narrativas de deslocamento de uma comunidade na regiÃo afetada tanto pelo pà do carvÃo quanto por toda uma lÃgica de desenvolvimento industrial aplicada em paÃses em desenvolvimento ou subdesenvolvidos como Brasil; 3) o contato com o fluxo desse carvÃo do PecÃm de volta para seu lugar de origem, em La Guajira, norte da ColÃmbia. Para isso, discute aspectos ambientais e geolÃgicos relacionados ao carvÃo mineral; apresenta abordagens que relacionam atualmente arte, ambiente e ecologia; contextualiza os elementos e objetos criados para a realizaÃÃo das performances desenvolvidas em diÃlogo com os BÃlides, ParangolÃs e Quase-Cinemas de HÃlio Oiticica, alÃm de com a forma a qual VilÃm Flusser e Eduardo Oliveira discutem mÃscara; situa em relaÃÃo a uma teoria do reassentamento as narrativas coletadas atravÃs de depoimentos audiovisuais de membros de uma comunidade no Cearà e de uma outra em La Guajira; chama atenÃÃo para definiÃÃes e abordagens contemporÃneas de cinema expandido ou instalaÃÃes cinematogrÃficas em mÃltiplos ecrÃs que dialogam proficuamente com discussÃes da geografia contemporÃnea sobre espaÃo, lugar e deslocamento. Espera-se, com esses percursos, criar uma experiÃncia de deslocamento que leva em consideraÃÃo o conhecimento na arte como nÃmade, corporificado e situado em termos de lugar, explorando as possibilidades formais da performance com instalaÃÃo cinematogrÃfica em mÃltiplos canais para criar espaÃo de contextualizaÃÃo ecocrÃtica dos problemas com o carvÃo mineral encontrado em um ponto do nordeste brasileiro e com origem em um ponto do caribe colombiano, valorizando as narrativas das comunidades afetadas por tal problemÃtica.