Abatacept agrava a mucosite intestinal induzida por irinotecano em camundongos

Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico === IntroduÃÃo Mucosite intestinal (MI) Ã um efeito colateral bastante recorrente em pacientes submetidos ao tratamento com irinotecano, fÃrmaco utilizado em esquemas terapÃuticos de primeira linha no tratamento do cÃncer colorretal. Nas...

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Bibliographic Details
Main Author: LÃvia Maria Soares Nobre
Other Authors: Roberto CÃsar Pereira Lima JÃnior
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Cearà 2017
Subjects:
Online Access:http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=18702
Description
Summary:Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico === IntroduÃÃo Mucosite intestinal (MI) à um efeito colateral bastante recorrente em pacientes submetidos ao tratamento com irinotecano, fÃrmaco utilizado em esquemas terapÃuticos de primeira linha no tratamento do cÃncer colorretal. Nas Ãltimas dÃcadas muitos aspectos relativos à patogÃnese da MI tÃm sido elucidados, entretanto, pouco se sabe sobre o perfil de cÃlulas linfocitÃrias e o papel destas no seu desenvolvimento. O objetivo deste trabalho Ã, portanto, investigar o papel de linfÃcitos na patogÃnese da MI atravÃs da imunossupressÃo com abatacept. Metodologia Camundongos swiss machos, 20-25g, foram divididos em grupos (n=8) e tratados durante 4 dias com salina (5 mL/kg, i.p.), irinotecano (75 ou 45 mg/kg, i.p.), abatacept (10 mg/kg, i.p. 1h antes do irinotecano no primeiro dia) ou somente abatacept (10 mg/kg, i.p. no primeiro dia). Os animais foram avaliados diariamente quanto ao peso, escore de diarreia e sobrevida. A eutanÃsia ocorreu no dia 5 no primeiro protocolo e no dia 7 no segundo. Coletou-se sangue para a contagem total de leucÃcitos e apÃs a eutanÃsia amostras de Ãleo foram extraÃdas para realizaÃÃo de ensaio de mieloperoxidase, anÃlise histopatolÃgica e dosagem de KC no Ãleo dos animais. Para anÃlise estatÃstica foram utilizados os testes ANOVA/Bonferroni, Kruskal-Wallis/Dunnâs ou Log-rank (Mantel-Cox), com p<0,05 aceito como significativo. Resultados Abatacept reduziu (p<0,05) a sobrevida dos animais no primeiro protocolo, fazendo do dia 5 o ideal para eutanÃsia. Irinotecano causou perda ponderal significativa (p<0,05) em relaÃÃo ao grupo salina, entretanto abatacept nÃo agravou a perda. O prÃ-tratamento com abatacept antecipou o aparecimento de diarreia de grau moderado para o quarto dia. Abatacept induziu reduÃÃo na razÃo vilo/cripta, altura dos vilos e profundidade das criptas de forma significativa em relaÃÃo ao grupo tratado somente com irinotecano (p<0,05), alÃm de aumentar o infiltrado de neutrÃfilos no Ãleo dos animais. Irinotecano aumentou o nÃvel de KC no Ãleo dos animais em relaÃÃo ao grupo salina, entretanto abatacept nÃo modificou o nÃvel desta citocina de forma significativa. No segundo protocolo, a subdose de irinotecano nÃo provocou dano intestinal intenso, porÃm o tratamento com abatacept comprovou seu efeito deletÃrio induzindo o aparecimento de diarrÃia no sexto dia (p<0,05) em relaÃÃo ao grupo salina, alÃm de agravar o dano à arquitetura intestinal. Abatacept elevou a infiltraÃÃo de neutrÃfilos no intestino dos animais tratados com irinotecano, em comparaÃÃo ao grupo injetado apenas com esse fÃrmaco (p<0,05), o que foi associado com os nÃveis elevados de KC no intestino desses animais. Irinotecano promoveu mielotoxicidade em todas as doses, porÃm abatacept nÃo agravou essa toxicidade. Abatacept isoladamente nÃo causou alteraÃÃo em nenhum parÃmetro avaliado. ConclusÃo Abatacept agravou a mucosite intestinal induzida por irinotecano em camundongos.