à o tchan do Brasil: histÃria, corpo e erotismo no pagode baiano dos anos 1990

• Main Author: Gabriela Limeira de Lacerda
• Other Authors: Jailson Pereira da Silva
• Format: Others
• Language: Portuguese
• Published: Universidade Federal do Cearà 2016
• Subjects: Ã o Tchan; Pagode Baiano; Corpo; Erotismo; HistÃria; Pagode from Bahia; Body; Eroticism; History; HISTORIA
• Online Access: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=19545

CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior === O ponto de partida da nossa pesquisa à a produÃÃo de representaÃÃes sobre o corpo feminino identificada nas mÃsicas e produtos culturais do grupo de pagode baiano à o Tchan. Diante das imagens construÃdas sobre o corpo, alguns problemas vÃm à tona: como as representaÃÃes do corpo feminino assumem tamanha importÃncia no pagode baiano produzido nesse perÃodo? Qual a importÃncia que as imagens, em especial do corpo feminino, mas nÃo somente, assumem na produÃÃo artÃstica do à o Tchan? Por que o papel erÃtico à exercido principalmente pelas danÃarinas? Por que nos anos 1990 essas cenas foram tÃo comuns? O objetivo deste trabalho consiste em identificar as construÃÃes das representaÃÃes do corpo na mÃsica, analisando o caso do pagode baiano nos anos 1990. Partimos da hipÃtese de que, no recorte proposto, houve uma expansÃo da cultura de massa no Brasil e esta potencializou o uso dos corpos de forma erÃtica pela mÃsica, tendo no grupo musical à o Tchan sua maior expressÃo. Para atingir nosso objetivo e responder a tais questÃes, dividimos nosso trabalho em trÃs partes. Na primeira, propomos um debate sobre as possÃveis relaÃÃes entre corpo, mÃsica e histÃria no Brasil. Em seguida, dedicamo-nos a pensar o corpo enquanto uma marca musical e a mÃsica como uma marca corporal, destacando o papel do erotismo e da mÃdia nesse processo. Por fim, focamos no caso do grupo à o Tchan como exemplo dessas prÃticas, entendidas como potÃncias pedagÃgicas, numa proposta de anÃlise da pedagogia cultural. Utilizamos como fontes de pesquisa as mÃsicas do grupo, programas de TV, jornais e revistas peÃas publicitÃrias, dentre outras produÃÃes do grupo e sobre o grupo, especialmente as que foram produzidas no perÃodo de maior sucesso alcanÃado pelo à o Tchan â entre os anos 1997 e 2000. === The starting point of our research is the production of representations on the female body identified in the songs and cultural products by à o Tchan, a pagode band from Bahia. By confronting the images which were built about the body, some issues emerged: how do these representations of the female body obtain such importance inside pagode expressions produced in Bahia in this particular period? What is the importance that such images obtain, particularly those picturing the female body but not only, in the artistic production of à o Tchan? Why is the erotic role played mainly by women? Why were these scenes so usual in the 1990âs? The purpose of this work is to identify the process of making representations of the body in the music through analyzing the particular case of 1990âs pagode from Bahia. The premise is that in this specific case there was an expansion of the mass culture in Brazil. Such expansion reinforced the use of bodies erotically in music, and à o Tchan is its greatest expression. In order to achieve our goal and answer such questions, our work was divided in three parts. In the first one, we propose a debate about the potential links among body, music and history in Brazil. In the next session, we devote our effort to think of the body as a musical brand and the music as a bodily brand, highlighting the role of erotism and the media in this process. In the last part, we focus on à o Tchan case as an example of such practices, which are seen as potentially pedagogic in a analysis of cultural pedagogy. Our main sources are the songs played by the band, TV shows, newspapers and magazines, advertisement and other productions by the group and about the group, specially those released between 1997 and 2000 which were à o Tchanâs most successful years.