Summary: | CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior === Apesar da tese da afecÃÃo da faculdade sensitiva ser o ponto de partida da teoria dos objetos elaborada pelo filÃsofo alemÃo Immanuel Kant, na obra CrÃtica da razÃo pura, ela nÃo se coaduna pacificamente com a antropomorfizaÃÃo do conhecimento: se por um lado o homem conhece apenas objetos subordinados ao formalismo de sua estrutura, por outro precisa da afecÃÃo por objetos independentes desse formalismo para obter objetos. Noutros termos: se ele conhece apenas os objetos que se submetem ao seu modo de conhecer (fenÃmenos), entÃo nÃo pode dizer que à afetado por coisas independentes desse modo cognoscitivo (coisas em si), pois sÃo incognoscÃveis. Esta pesquisa pretende analisar tanto os elementos puros que o sujeito possui aprioristicamente, quanto os elementos impuros que ele adquire a posteriori com o objetivo de demonstrar que embora o conhecimento humano legÃtimo esteja restrito a um composto de elementos puros e impuros (a experiÃncia), ele exige o concurso de um terceiro elemento que à incognoscÃvel: a coisa em si. O resultado obtido desse estudo à que o conhecimento humano se apresenta dependente da tese da afecÃÃo, a qual encontra-se numa situaÃÃo problemÃtica. Conclui-se, entÃo, que mesmo o empreendimento kantiano sendo acusado de idealista, solipsista e de incidir em cÃrculo, ele encontra-se na verdade circunscrito numa estrutura aporÃtica: o homem nÃo pode conhecer as coisas em si mesmas, mas necessita que elas afetem o aspecto sensÃvel de sua estrutura para que a mesma possa ter objetos cognoscÃveis.
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