Summary: | nÃo hà === O objetivo deste trabalho foi caracterizar a magnitude, perfil e os potenciais fatores associados a suicÃdios e tentativas de suicÃdio, praticados por profissionais de seguranÃa pÃblica do Estado do CearÃ. O mÃtodo de pesquisa foi identificar os casos de suicÃdios desses profissionais ocorridos do Estado do Cearà no perÃodo de 2000 a 2014 (quinze anos) e elaborar uma sÃrie histÃrica, calcular as taxas de suicÃdio, os anos potenciais de vida perdidos e descrever a distribuiÃÃo de frequÃncia. Para as tentativas de suicÃdio, o perÃodo foi de 2010 a 2014 (cinco anos), alÃm do levantamento de tentativas desses profissionais em uma sÃrie de casos, houve a descriÃÃo de distribuiÃÃo de frequÃncia, os cÃlculos de taxas de tentativas e associaÃÃes estatÃsticas para mÃltiplos casos e casos consumados (suicÃdios). Os resultados da pesquisa indicaram n=57 suicÃdios no perÃodo estudado, uma taxa de suicÃdios nos profissionais de seguranÃa pÃblica (por 100mil), padronizada por sexo masculino e faixa etÃria adulta de 23,9 enquanto a taxa padronizada da populaÃÃo cearense, tambÃm para o sexo masculino e adultos foi de 14,4, diferenÃa estatisticamente significativa, p = 0,03. Para as taxas gerais (nÃo padronizadas), o risco relativo de suicÃdio mÃdio do perÃodo foi RR= 4,2 vezes maior para os profissionais de seguranÃa pÃblica frente à populaÃÃo do Estado do CearÃ. Em relaÃÃo à taxa padronizada de suicÃdios o RR = 1,7. O perfil de suicidas da SeguranÃa PÃblica foi: casados 35 (61,4%), meia idade 36 (63,2%), homens 56 (98,2%), baixa escolaridade 36 (63,2%), baixa renda 43 (75,4%), policial militar 50 (87,7%), baixa patente 43 (75,4%), serviÃo operacional 37 (64,8%), arma de fogo como instrumento de suicÃdio 42 (73,7%). Para tentativas de suicÃdio houve n=173 tentativas praticadas por 107 profissionais. Isso porque alguns profissionais tentaram suicÃdio mais de uma vez no perÃodo. A associaÃÃo para mÃltiplas tentativas apresentou variÃveis significativas: transtorno de personalidade p = 0,01 RR = 2,7, internado em hospital psiquiÃtrico p=0,01 RR 1,8, adicÃÃo p=0,02 RR 2,0 e depressÃo p=0,00 RR=4,3. A associaÃÃo para suicÃdio consumado mostrou significativas: idoso p=0,00 RR 6,5, baixa renda p=0,03 RR=2,5, reserva/aposentadoria p=0,00 RR =6,1, arma de fogo p=0,00 RR 3,9. No entanto, o ensino superior mostrou ser fator protetivo p=0,01 RR = 0,13. Conclui-se que os profissionais de seguranÃa pÃblica formaram um grupo vulnerÃvel para o suicÃdio no perÃodo estudado, que essa vulnerabilidade afeta a saÃde pÃblica e a seguranÃa pÃblica, que os fatores de risco para o suicÃdio sÃo semelhantes aos da populaÃÃo mundial, exceÃÃo ao estado civil, ao uso de arma de fogo e à idade. Sugeriu-se que aÃÃes de prevenÃÃo aos casos de suicÃdio devem ser executadas tais como palestras sobre o tema, fortalecimento dos setores de saÃde da seguranÃa pÃblica, monitoramento dos suicÃdios e das tentativas com notificaÃÃo urgente e interligada aos setores de vigilÃncia em saÃde do estado e da federaÃÃo.
=== O objetivo deste trabalho foi caracterizar a magnitude, perfil e os potenciais fatores associados a suicÃdios e tentativas de suicÃdio, praticados por profissionais de seguranÃa pÃblica do Estado do CearÃ. O mÃtodo de pesquisa foi identificar os casos de suicÃdios desses profissionais ocorridos do Estado do Cearà no perÃodo de 2000 a 2014 (quinze anos) e elaborar uma sÃrie histÃrica, calcular as taxas de suicÃdio, os anos potenciais de vida perdidos e descrever a distribuiÃÃo de frequÃncia. Para as tentativas de suicÃdio, o perÃodo foi de 2010 a 2014 (cinco anos), alÃm do levantamento de tentativas desses profissionais em uma sÃrie de casos, houve a descriÃÃo de distribuiÃÃo de frequÃncia, os cÃlculos de taxas de tentativas e associaÃÃes estatÃsticas para mÃltiplos casos e casos consumados (suicÃdios). Os resultados da pesquisa indicaram n=57 suicÃdios no perÃodo estudado, uma taxa de suicÃdios nos profissionais de seguranÃa pÃblica (por 100mil), padronizada por sexo masculino e faixa etÃria adulta de 23,9 enquanto a taxa padronizada da populaÃÃo cearense, tambÃm para o sexo masculino e adultos foi de 14,4, diferenÃa estatisticamente significativa, p = 0,03. Para as taxas gerais (nÃo padronizadas), o risco relativo de suicÃdio mÃdio do perÃodo foi RR= 4,2 vezes maior para os profissionais de seguranÃa pÃblica frente à populaÃÃo do Estado do CearÃ. Em relaÃÃo à taxa padronizada de suicÃdios o RR = 1,7. O perfil de suicidas da SeguranÃa PÃblica foi: casados 35 (61,4%), meia idade 36 (63,2%), homens 56 (98,2%), baixa escolaridade 36 (63,2%), baixa renda 43 (75,4%), policial militar 50 (87,7%), baixa patente 43 (75,4%), serviÃo operacional 37 (64,8%), arma de fogo como instrumento de suicÃdio 42 (73,7%). Para tentativas de suicÃdio houve n=173 tentativas praticadas por 107 profissionais. Isso porque alguns profissionais tentaram suicÃdio mais de uma vez no perÃodo. A associaÃÃo para mÃltiplas tentativas apresentou variÃveis significativas: transtorno de personalidade p = 0,01 RR = 2,7, internado em hospital psiquiÃtrico p=0,01 RR 1,8, adicÃÃo p=0,02 RR 2,0 e depressÃo p=0,00 RR=4,3. A associaÃÃo para suicÃdio consumado mostrou significativas: idoso p=0,00 RR 6,5, baixa renda p=0,03 RR=2,5, reserva/aposentadoria p=0,00 RR =6,1, arma de fogo p=0,00 RR 3,9. No entanto, o ensino superior mostrou ser fator protetivo p=0,01 RR = 0,13. Conclui-se que os profissionais de seguranÃa pÃblica formaram um grupo vulnerÃvel para o suicÃdio no perÃodo estudado, que essa vulnerabilidade afeta a saÃde pÃblica e a seguranÃa pÃblica, que os fatores de risco para o suicÃdio sÃo semelhantes aos da populaÃÃo mundial, exceÃÃo ao estado civil, ao uso de arma de fogo e à idade. Sugeriu-se que aÃÃes de prevenÃÃo aos casos de suicÃdio devem ser executadas tais como palestras sobre o tema, fortalecimento dos setores de saÃde da seguranÃa pÃblica, monitoramento dos suicÃdios e das tentativas com notificaÃÃo urgente e interligada aos setores de vigilÃncia em saÃde do estado e da federaÃÃo.
=== O objetivo deste trabalho foi caracterizar a magnitude, perfil e os potenciais fatores associados a suicÃdios e tentativas de suicÃdio, praticados por profissionais de seguranÃa pÃblica do Estado do CearÃ. O mÃtodo de pesquisa foi identificar os casos de suicÃdios desses profissionais ocorridos do Estado do Cearà no perÃodo de 2000 a 2014 (quinze anos) e elaborar uma sÃrie histÃrica, calcular as taxas de suicÃdio, os anos potenciais de vida perdidos e descrever a distribuiÃÃo de frequÃncia. Para as tentativas de suicÃdio, o perÃodo foi de 2010 a 2014 (cinco anos), alÃm do levantamento de tentativas desses profissionais em uma sÃrie de casos, houve a descriÃÃo de distribuiÃÃo de frequÃncia, os cÃlculos de taxas de tentativas e associaÃÃes estatÃsticas para mÃltiplos casos e casos consumados (suicÃdios). Os resultados da pesquisa indicaram n=57 suicÃdios no perÃodo estudado, uma taxa de suicÃdios nos profissionais de seguranÃa pÃblica (por 100mil), padronizada por sexo masculino e faixa etÃria adulta de 23,9 enquanto a taxa padronizada da populaÃÃo cearense, tambÃm para o sexo masculino e adultos foi de 14,4, diferenÃa estatisticamente significativa, p = 0,03. Para as taxas gerais (nÃo padronizadas), o risco relativo de suicÃdio mÃdio do perÃodo foi RR= 4,2 vezes maior para os profissionais de seguranÃa pÃblica frente à populaÃÃo do Estado do CearÃ. Em relaÃÃo à taxa padronizada de suicÃdios o RR = 1,7. O perfil de suicidas da SeguranÃa PÃblica foi: casados 35 (61,4%), meia idade 36 (63,2%), homens 56 (98,2%), baixa escolaridade 36 (63,2%), baixa renda 43 (75,4%), policial militar 50 (87,7%), baixa patente 43 (75,4%), serviÃo operacional 37 (64,8%), arma de fogo como instrumento de suicÃdio 42 (73,7%). Para tentativas de suicÃdio houve n=173 tentativas praticadas por 107 profissionais. Isso porque alguns profissionais tentaram suicÃdio mais de uma vez no perÃodo. A associaÃÃo para mÃltiplas tentativas apresentou variÃveis significativas: transtorno de personalidade p = 0,01 RR = 2,7, internado em hospital psiquiÃtrico p=0,01 RR 1,8, adicÃÃo p=0,02 RR 2,0 e depressÃo p=0,00 RR=4,3. A associaÃÃo para suicÃdio consumado mostrou significativas: idoso p=0,00 RR 6,5, baixa renda p=0,03 RR=2,5, reserva/aposentadoria p=0,00 RR =6,1, arma de fogo p=0,00 RR 3,9. No entanto, o ensino superior mostrou ser fator protetivo p=0,01 RR = 0,13. Conclui-se que os profissionais de seguranÃa pÃblica formaram um grupo vulnerÃvel para o suicÃdio no perÃodo estudado, que essa vulnerabilidade afeta a saÃde pÃblica e a seguranÃa pÃblica, que os fatores de risco para o suicÃdio sÃo semelhantes aos da populaÃÃo mundial, exceÃÃo ao estado civil, ao uso de arma de fogo e à idade. Sugeriu-se que aÃÃes de prevenÃÃo aos casos de suicÃdio devem ser executadas tais como palestras sobre o tema, fortalecimento dos setores de saÃde da seguranÃa pÃblica, monitoramento dos suicÃdios e das tentativas com notificaÃÃo urgente e interligada aos setores de vigilÃncia em saÃde do estado e da federaÃÃo.
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