ExperiÃncia e produÃÃo de sentidos de familiares cuidadores de crianÃas e adolescentes diagnosticados com transtorno mental.

FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico === Decorrente das transformaÃÃes promovidas pelo movimento da Reforma PsiquiÃtrica no Brasil, do processo de desconstruÃÃo das representaÃÃes e saberes sobre a loucura e de um novo modelo de atenÃÃo Ãs pessoas com transtornos me...

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Bibliographic Details
Main Author: Julia Mota Farias
Other Authors: Josà CÃlio Freire
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Cearà 2016
Subjects:
Online Access:http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=18837
id ndltd-IBICT-oai-www.teses.ufc.br-11254
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collection NDLTD
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sources NDLTD
topic FamÃlia
SaÃde mental
Cuidado
CrianÃa e adolescente
Trabalho de cuidados
Care
Family
Mental health
Child and adolescent
PSICOLOGIA
spellingShingle FamÃlia
SaÃde mental
Cuidado
CrianÃa e adolescente
Trabalho de cuidados
Care
Family
Mental health
Child and adolescent
PSICOLOGIA
Julia Mota Farias
ExperiÃncia e produÃÃo de sentidos de familiares cuidadores de crianÃas e adolescentes diagnosticados com transtorno mental.
description FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico === Decorrente das transformaÃÃes promovidas pelo movimento da Reforma PsiquiÃtrica no Brasil, do processo de desconstruÃÃo das representaÃÃes e saberes sobre a loucura e de um novo modelo de atenÃÃo Ãs pessoas com transtornos mentais, as relaÃÃes familiares assumem destaque enquanto recurso significativo para a reinserÃÃo e reabilitaÃÃo psicossocial desses indivÃduos. Nesse contexto, ao se reconhecer a importÃncia da convivÃncia familiar para o reestabelecimento da saÃde mental, atribui-se aos familiares a tarefa de se corresponsabilizarem pelos cuidados com o sujeito com transtorno mental. Por nÃo ser uma escolha desses sujeitos, que podem nÃo se identificar com tal tarefa, enfrentar dificuldades ou nÃo possuÃrem condiÃÃes para desempenhÃ-la dentro das condiÃÃes almejadas na formulaÃÃo da polÃtica de saÃde mental, torna-se importante conhecer como esses familiares tÃm vivenciado essa experiÃncia em suas vidas. Deste modo, essa pesquisa tem por objetivo geral compreender a produÃÃo de sentidos de familiares cuidadores de crianÃas e adolescentes diagnosticados com transtornos mentais sobre a sua experiÃncia de convivÃncia e cuidado em relaÃÃo a esses sujeitos. Para atingir esse objetivo buscou-se descrever os processos de produÃÃo de cuidado dos familiares cuidadores, desde o momento em que esses reconhecem a demanda de cuidado decorrente do diagnÃstico de adoecimento mental; categorizar os sentidos construÃdos sobre a experiÃncia de ser cuidador por esses familiares e identificar as repercussÃes da participaÃÃo do familiar no Centro de AtenÃÃo Psicossocial Infantil, para a sua experiÃncia de cuidador e no desempenho da atividade de cuidado. A pesquisa, de natureza qualitativa, realizou-se em um dos Centros de AtenÃÃo Psicossocial Infantil - CAPSi de Fortaleza, no qual catorze familiares que se identificaram como cuidadores foram entrevistados como participantes. O recurso utilizado para acessar os sentidos construÃdos pelos participantes consistiu na entrevista semiestruturada, sendo a fundamentaÃÃo teÃrica para a produÃÃo e anÃlise das narrativas, geradas pelas entrevistas, a hermenÃutica filosÃfica de Hans-Georg Gadamer. As narrativas analisadas foram sistematizadas seguindo a proposta de rede interpretativa. Deste modo, a anÃlise das falas apresentadas revelou trÃs eixos temÃticos: o cuidar para os familiares cuidadores; a experiÃncia de ser familiar cuidador e; a participaÃÃo do familiar cuidador no CAPS Infantil. QuestÃes como a intensa relaÃÃo estabelecida entre o papel familiar e o de cuidador, a naturalizaÃÃo dos vÃnculos estabelecidos entre os sujeitos cuidador e cuidado e o predomÃnio de indivÃduos do sexo feminino na responsabilizaÃÃo dos cuidados com os demais parentes, representam alguns dos sentidos evidenciados sobre a experiÃncia dos sujeitos pesquisados em serem cuidadores de crianÃas ou adolescentes diagnÃsticos com transtorno mental. Em relaÃÃo à sua participaÃÃo no CAPSi, os entrevistados apontaram dificuldades estruturais relativas à distÃncia fÃsica do serviÃo, à rotatividade de profissionais e ausÃncia de medicamentos, que acarretam em prejuÃzos na atenÃÃo dispensada pelos cuidadores Ãs crianÃas, ou adolescentes, pelos quais se responsabilizam. Deste modo, os cuidadores entrevistados expressaram a necessidade de que sejam construÃdas aÃÃes estratÃgicas que incorporem a atenÃÃo Ãs suas demandas subjetivas e Ãs relaÃÃes estabelecidas por esses sujeitos com os demais familiares e a sociedade em geral, em busca de que a atividade de cuidados realizada no Ãmbito da famÃlia possa obter algum reconhecimento social e subsÃdios que garantam aos cuidadores melhor qualidade de vida.
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Julia Mota Farias
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spelling ndltd-IBICT-oai-www.teses.ufc.br-112542019-01-21T23:10:53Z ExperiÃncia e produÃÃo de sentidos de familiares cuidadores de crianÃas e adolescentes diagnosticados com transtorno mental. Experience and production of sense of family caregivers of children and adolescents diagnosed with mental disorders Julia Mota Farias Josà CÃlio Freire Kelen Gomes Ribeiro Karla PatrÃcia Holanda Martins FamÃlia SaÃde mental Cuidado CrianÃa e adolescente Trabalho de cuidados Care Family Mental health Child and adolescent PSICOLOGIA FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico Decorrente das transformaÃÃes promovidas pelo movimento da Reforma PsiquiÃtrica no Brasil, do processo de desconstruÃÃo das representaÃÃes e saberes sobre a loucura e de um novo modelo de atenÃÃo Ãs pessoas com transtornos mentais, as relaÃÃes familiares assumem destaque enquanto recurso significativo para a reinserÃÃo e reabilitaÃÃo psicossocial desses indivÃduos. Nesse contexto, ao se reconhecer a importÃncia da convivÃncia familiar para o reestabelecimento da saÃde mental, atribui-se aos familiares a tarefa de se corresponsabilizarem pelos cuidados com o sujeito com transtorno mental. Por nÃo ser uma escolha desses sujeitos, que podem nÃo se identificar com tal tarefa, enfrentar dificuldades ou nÃo possuÃrem condiÃÃes para desempenhÃ-la dentro das condiÃÃes almejadas na formulaÃÃo da polÃtica de saÃde mental, torna-se importante conhecer como esses familiares tÃm vivenciado essa experiÃncia em suas vidas. Deste modo, essa pesquisa tem por objetivo geral compreender a produÃÃo de sentidos de familiares cuidadores de crianÃas e adolescentes diagnosticados com transtornos mentais sobre a sua experiÃncia de convivÃncia e cuidado em relaÃÃo a esses sujeitos. Para atingir esse objetivo buscou-se descrever os processos de produÃÃo de cuidado dos familiares cuidadores, desde o momento em que esses reconhecem a demanda de cuidado decorrente do diagnÃstico de adoecimento mental; categorizar os sentidos construÃdos sobre a experiÃncia de ser cuidador por esses familiares e identificar as repercussÃes da participaÃÃo do familiar no Centro de AtenÃÃo Psicossocial Infantil, para a sua experiÃncia de cuidador e no desempenho da atividade de cuidado. A pesquisa, de natureza qualitativa, realizou-se em um dos Centros de AtenÃÃo Psicossocial Infantil - CAPSi de Fortaleza, no qual catorze familiares que se identificaram como cuidadores foram entrevistados como participantes. O recurso utilizado para acessar os sentidos construÃdos pelos participantes consistiu na entrevista semiestruturada, sendo a fundamentaÃÃo teÃrica para a produÃÃo e anÃlise das narrativas, geradas pelas entrevistas, a hermenÃutica filosÃfica de Hans-Georg Gadamer. As narrativas analisadas foram sistematizadas seguindo a proposta de rede interpretativa. Deste modo, a anÃlise das falas apresentadas revelou trÃs eixos temÃticos: o cuidar para os familiares cuidadores; a experiÃncia de ser familiar cuidador e; a participaÃÃo do familiar cuidador no CAPS Infantil. QuestÃes como a intensa relaÃÃo estabelecida entre o papel familiar e o de cuidador, a naturalizaÃÃo dos vÃnculos estabelecidos entre os sujeitos cuidador e cuidado e o predomÃnio de indivÃduos do sexo feminino na responsabilizaÃÃo dos cuidados com os demais parentes, representam alguns dos sentidos evidenciados sobre a experiÃncia dos sujeitos pesquisados em serem cuidadores de crianÃas ou adolescentes diagnÃsticos com transtorno mental. Em relaÃÃo à sua participaÃÃo no CAPSi, os entrevistados apontaram dificuldades estruturais relativas à distÃncia fÃsica do serviÃo, à rotatividade de profissionais e ausÃncia de medicamentos, que acarretam em prejuÃzos na atenÃÃo dispensada pelos cuidadores Ãs crianÃas, ou adolescentes, pelos quais se responsabilizam. Deste modo, os cuidadores entrevistados expressaram a necessidade de que sejam construÃdas aÃÃes estratÃgicas que incorporem a atenÃÃo Ãs suas demandas subjetivas e Ãs relaÃÃes estabelecidas por esses sujeitos com os demais familiares e a sociedade em geral, em busca de que a atividade de cuidados realizada no Ãmbito da famÃlia possa obter algum reconhecimento social e subsÃdios que garantam aos cuidadores melhor qualidade de vida. 2016-07-18 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=18837 por info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf Universidade Federal do Cearà Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Psicologia UFC BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC instname:Universidade Federal do Ceará instacron:UFC