Efeito protetor da silimarina sobre a esteato-hepatite não alcoólica experimental induzida por irinotecano

ASSIS JÚNIOR, Eudmar Marcolino de. Efeito protetor da silimarina sobre a esteato-hepatite não alcoólica experimental induzida por irinotecano. 2014. 84 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2014. === Submitted by denise santos (d...

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Bibliographic Details
Main Author: Assis Júnior, Eudmar Marcolino de
Other Authors: Lima Júnior, Roberto César Pereira
Language:Portuguese
Published: 2014
Subjects:
Online Access:http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/9354
Description
Summary:ASSIS JÚNIOR, Eudmar Marcolino de. Efeito protetor da silimarina sobre a esteato-hepatite não alcoólica experimental induzida por irinotecano. 2014. 84 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2014. === Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2014-10-08T14:00:43Z No. of bitstreams: 1 2014_dis_emassisjunior.pdf: 1785225 bytes, checksum: fd28c699a89420b841078e99f342b777 (MD5) === Approved for entry into archive by denise santos(denise.santos@ufc.br) on 2014-10-08T14:01:06Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_dis_emassisjunior.pdf: 1785225 bytes, checksum: fd28c699a89420b841078e99f342b777 (MD5) === Made available in DSpace on 2014-10-08T14:01:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2014_dis_emassisjunior.pdf: 1785225 bytes, checksum: fd28c699a89420b841078e99f342b777 (MD5) Previous issue date: 2014 === O câncer coloretal (CRC) é a 3º neoplasia mais prevalente no mundo. O irinotecano (IRI), fármaco de primeira linha para os tratamentos do CRC e sua metástase hepática, tem aumentado a sobrevivência dos pacientes. Contudo, seus efeitos colaterais, incluindo a esteato-hepatite não alcoólica (NASH), podem limitar o curso do tratamento. Os protocolos baseados em irinotecano foram associados com um aumento no risco de NASH de 3,4 vezes. A silimarina (SIL) tem mostrado ser capaz de prevenir doenças do fígado gorduroso no contexto clínico e em modelos de danos hepáticos induzidos quimicamente. Assim, nosso objetivo foi estudar o efeito da SIL na NASH induzida pelo IRI, assim como o mecanismo envolvido. Métodos e Resultados: Camundongos Swiss fêmeas (n=8-10), foram divididos em 6 grupos e injetados com salina (SAL 5ml/kg i.p.), IRI (50 mg/kg i.p.), SIL (150 mg/kg v.o.) ou IRI (50 mg/kg i.p.) + SIL (SIL 1,5, 15, 150 mg/kg v.o.) 3x/semana/7 semanas. Amostras de sangue foram coletadas na sétima semana para determinar a concentração sérica das enzimas hepáticas ALT e AST (U/L). Animais foram mortos para a coleta do fígado para avaliar do dano tecidual (escores de Kleiner), dosagem de lipídeos totais (mg/g de tecido), MDA (nmol/g tecido), NPSH (mg de NPSH/g tecido), IL-6 (pg/mg de tecido), IL-10 (pg/mg de proteína) e IL-1β (pg/mg de tecido), imunomarcação de óxido nítrico sintase induzida (iNOS), 3-Nitrotirosina (Ntyr), e Receptor Toll Like tipo 4 (TLR4), quantificação do fator nuclear kappa B (NFκB) e da α-actina de músculo liso (α-SMA) e expressão do gene RSS. ANOVA/Teste de Newman-Keuls ou Kruskal Wallis/ Teste de Dunn foram utilizados para análise estatística. Foram consideradas diferentes amostras onde o nível descritivo era inferior a 5%. O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa animal sob o número de protocolo: 21/12. O IRI aumentou de forma significante as transaminases hepáticas, o infiltrado neutrofílico, o acúmo de lipídeos, o acúmulo de MDA, a expressão de NTyr, a expressão de α-SMA, a expressão de NFκB, a expressão de IL-1β, a expressão de IL-6, a expressão de TLR4 e quantificação de DNA bacteriano, quando comparados ao grupo SAL. SIL (1,5 mg/kg) melhorou esses parâmetros, exceto a infiltração neutrofílica e a quantificação do DNA bacteriano quando comparados ao o grupo IRI (P<0,05). Por outro lado, a dose media de SIL (15 mg/kg) foi efetiva apenas no Infiltrado Neutrofílico, na expressão de NTyr, na expressão de NFκB e na expressão de IL-6. Adicionalmente, essa dose aumentou a expressão hepática de IL-10, a quantificação de DNA bacteriano e a expressão da α-SMA quando comparados com o grupo IRI (p<0,05). Contudo, a expressão de iNOS não foi afetada pelo pré-tratamento com SIL (P<0,05) e a maior dose foi ainda mais deletéria. Conclusões: O pré-tratamento com SIL previne o dano hepático causado pelo IRI provavelmente através da mudança da resposta inflamatória mediada por receptores TLR4 e citocinas IL-1, IL-6, IL-10 e NFκB. O dano observado no grupo de animais tratados com as maiores doses de SIL parece ser dependente da translocação bacteriana do intestido que é associada a ativação do TLR4. Adicionalmente, a silimarina contribui para hepatoproteção por inibir o estresse oxidativo e a nitrosilação proteica, prevenindo a ativação de mecanismos de fibrose hepática