Summary: | ALVES, Thiago Gil Lessa. A Expressão da futuridade nos tipos de discurso do expor e do narrar a partir de textos de língua falada e escrita cearenses. 2011. 262f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Letras Vernáculas, Programa de Pós-graduação em Linguística, Fortaleza (CE), 2011. === Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2014-08-26T11:55:23Z
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Previous issue date: 2011 === The research deals with the expression of futurity in the types of discourse of the exposition and of the narration orders and investigates the variation between forms – as indicative present, periphrasis ir + infinitive and indicative present future, in the exposition order, and as indicative imperfect past, periphrasis ir + infinitive and indicative past future, in the narration order – that codify functional subdomains of expression of futurity based on that types of discourse. It has as objectives: a) to delimit functional subdomains of expression of futurity, relating them to the types of discourse of the exposition and narration orders, basing on the social interactionist perspective of Bronckart (2003); b) to analyze the variation between the forms above, using principles and methodology of the Theory of variation and change of Labov (2008). It analyzes data from language use, originated from corpora of oral and written modalities, produced in Ceará, and it searches for linguistics and social factors that can determine the use of the variants, submitting this data to statistic treatment on the computational pack VARBRUL. The results show that the value and the use of the investigated variants are different, so are different the types of discourse. In interactive discourse, of the exposition order, ir + infinitive was the preferred variant, although in theoretical discourse, of the exposition order too, the preferred variant was indicative present future. In the related discourse, of the narration order, the most used variant was ir + infinitive, and, in the narration, of the narration order, it was indicative past future. The results show also that linguistic factor groups, as projection of futurity, and social factor groups, as age and gender, are relevant in the variation of the analyzed forms in the types of discourse observed. Projection of futurity lingugistic factor group shows that seems to exist a relation between the variants and the expression of more or less certainty about the future. The contexts of more certainty are reserved especially to the forms of simple present and imperfect past on the expression of futurity. The social factor group age suggests, in a general line, that there is a process of change, in that ir + infinitive is assuming the function of expression of futurity in the place of indicative present future and past future. This process of change seems to be more advanced in the interactive discourse and in the related discourse, although, in the theoretical discourse and in the narration, the process is incipient. Gender factor group suggests, as the sociolinguistics theory has as hypothesis, that women assume the implementation of the new variant (ir + infinitive) when the process of change is more advanced, but men use with more frequency the new form in the beginning of the change process. Other factor groups, as verbal paradigm, occurrence of the form in a bigger verbal construction and limitation of futurity suggest that functionalist principles, as the principle of retention (BYBEE, 2003) and the principle of the quantity rules (GIVÓN, 2001), have influence in the use of variants. === O trabalho trata da expressão da futuridade nos tipos de discurso das ordens do expor e do narrar e investiga a variação entre formas – como presente do indicativo, perífrase ir + infinitivo e futuro do presente do indicativo, na ordem do expor, e como imperfeito do indicativo, perífrase ir + infinitivo e futuro do pretérito do indicativo, na ordem do narrar – que codificam subdomínios funcionais de expressão de futuridade baseados nos tipos de discurso. São objetivos do trabalho: a) delimitar subdomínios funcionais de expressão da futuridade, relacionando-os aos tipos de discurso do expor e do narrar, baseando-se na perspectiva interacionista social, de Bronckart (2003); b) analisar a variação entre as formas acima, usando princípios e metodologia da Teoria da variação e mudança, de Labov (2008). A pesquisa analisa dados obtidos do uso da língua, provenientes de corpora das modalidades oral e escrita, produzidos no Ceará, e busca fatores linguísticos e sociais que possam condicionar o uso das variantes, submetendo esses dados a tratamento estatístico através do pacote computacional VARBRUL. Os resultados mostram que o valor e o uso das formas investigadas são diferentes nos diferentes tipos de discurso. No discurso interativo, da ordem do expor, ir + infinitivo foi a variante preferida, mas no discurso teórico, também da ordem do expor, a variante preferida foi o futuro do presente. No relato interativo, da ordem do narrar, a variante mais usada foi ir + infinitivo, e, na narração, também da ordem do narrar, foi o futuro do pretérito. Os resultados mostram também que grupos de fatores linguísticos, como projeção da futuridade, e grupos de fatores sociais, como idade e sexo, são relevantes na variação das formas em questão nos tipos de discurso observados. O grupo de fatores linguísticos projeção da futuridade mostra que parece existir uma relação entre as variantes e a expressão de mais ou menos certeza sobre o futuro. Os contextos de mais certeza são reservados para as formas do presente e imperfeito do indicativo na expressão da futuridade. O grupo de fatores idade sugere, em linhas gerais, que há um processo de mudança no qual ir + infinitivo está assumindo a função de expressão de futuridade em lugar do futuro do presente e futuro do pretérito do indicativo. O processo de mudança parece ser mais avançado no discurso interativo e no relato interativo, entretanto, no discurso teórico e na narração o processo é incipiente. O grupo de fatores sexo sugere, como a teoria sociolinguística hipotetiza, que as mulheres assumem a implementação da nova variante (ir + infinitivo) quando o processo de mudança é mais avançado, mas os homens usam com mais frequência a nova forma no começo do processo de mudança. Outros grupos de fatores, como paradigma verbal, ocorrência da forma em construção verbal maior e futuridade quanto à limitação sugerem que princípios funcionalistas, como o princípio da retenção (BYBEE, 2003) e o princípio das regras de quantidade (GIVON, 2001), têm influência no uso das variantes.
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