Estudo da contratilidade de segmentos isolados de esôfago e estômago de fetos de ratas sujeitos a modelo experimental de atresia de esôfago induzida por doxorrubicina
CAPETO, Fabíola Araújo. Estudo da contratilidade de segmentos isolados de esôfago e estômago de fetos de ratas sujeitos a modelo experimental de atresia de esôfago induzida por doxorrubicina. 2014. 91 f. Dissertação (Mestrado em Cirurgia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Forta...
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CAPETO, Fabíola Araújo. Estudo da contratilidade de segmentos isolados de esôfago e estômago de fetos de ratas sujeitos a modelo experimental de atresia de esôfago induzida por doxorrubicina. 2014. 91 f. Dissertação (Mestrado em Cirurgia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2014. === Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2014-06-26T11:35:24Z
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Previous issue date: 2014 === Esophageal atresia (EA) is a structural anomaly that results from an incomplete esophago-traqueal septation in the fetus during intrauterine development. The in vitro contractility of the distal esophagus and gastric fundus of fetuses with esophageal atresia induced by Doxorubicin (Doxo) was studied. 26 Female Wistar rats (267 g), were subjected to date-controlled mating, subsequently receiving 2.2 mg/kg Doxo intraperitoneally on days 8 and 9 of pregnancy, while a controlled group of 13 rats received the same volume of 0.9% NaCl. On day 21.5 the pregnant rats were submitted to a cesarean surgery, with the fetuses analysed to confirm EA and thereafter divided into 3 groups: control, whose mothers received only 0.9% NaCl; Doxo without EA, whose mothers received Doxo but not developed EA; Doxo with EA, who developed EA. After being sacrificed, ring-strips of the gastric fundus were obtained from the fetuses and mounted in isolated organ bath, while the distal esophageal strips were mounted in wire myograph system; both strips contained a standard Tyrode solution maintained at 37 °C, pH 7.4, in addition to constant oxygenation and a basal tension of 1 g for the fundic strips and 8 mN for the esophagus. For each set up, we carried out a cholinergic-agonist concentration- effect curve with Carbachol (CCh) (0.01 – 300 μM) in both tissue in the three groups. The participation of voltage-operated channels (VOCs) was studied; a KCl- concentration-effect curve (10 – 100 mM) was conducted on isolated esophageal strips. Collected data was subjected to two-way analysis of variance (ANOVA) and the significance was tested using Student-Newman-Keuls test. There was not significant statistical difference in fundic strips’ contractility in response to CCh (p>0.05, ANOVA), the EC50 values of the control animals were 2.17 [1.03 – 4.58] μM and Emax 0.084 ± 0.016 g/mg tissue (n=7); Doxo without EA 1.47 [0.83 – 2.61] μM and 0.068 ± 0.006 g/mg tissue (n=12); Doxo with EA 3.26 [1.90 – 5.60] μM and 0.070 ± 0.022 g/mg tissue (n=6). However, significant statistical difference was noted (p<0.05, ANOVA), in esophageal strips’ contractility in response to CCh in the Emax value of control 5.97 ± 0.58 mN (n=11), vs Doxo without EA 4.48 ± 0.34 mN (n=11) and Doxo with EA 4.42 ± 0.68 mN (n=8), while there was not significant statistical difference (p>0.05, ANOVA) in the EC50 value of control 190 [96 – 379] nM, Doxo without EA 228 [125 – 418] nM and Doxo with EA 439 [206 – 936] nM. Tensional response to KCl were present in all groups, though lower than that seen in response to CCh, however not statistically different when comparing all the three groups (p>0.05, ANOVA), Emax of control was 1.31 ± 0.14 mN (n=5), Doxo without EA 1.27 ± 0.42 mN (n=7) and Doxo with EA 1.21 ± 0.20 mN (n=7). It is possible to conclude that the treatment of rats with Doxo during pregnancy leads to decrease contractility of isolated esophagus of their fetuses, independent of the development of EA. Apparently, such a decrease is not due to a lower functionality of VOC channels. The isolated gastric fundus strips showed no change in contractile response. === A Atresia de esôfago (AE) é uma anomalia estrutural que acontece em fetos quando não ocorre a septação completa do septo esofagotraqueal. Estudou-se a repercussão da AE induzida por Doxorrubicina (Doxo) na contratilidade in vitro do esôfago distal e fundo de estômago. 26 Ratas wistar (267 g), com acasalamento controlado, nos dias 8 e 9 de gestação receberam 2,2 mg/Kg de Doxo intraperitonealmente, enquanto 13 ratas controle receberam o mesmo volume de NaCl 0,9%. No dia 21,5 as ratas foram submetidas a cesariana, análise dos fetos para confirmação da AE e divisão em 3 grupos: controle, cujas mães receberam apenas NaCl 0,9%; Doxo sem AE, cujas mães receberam Doxo, mas não desenvolveram AE; e Doxo com AE, os que desenvolveram AE. Foram montados em sistema para banho de órgão isolado os anéis de fundo de estômago dos fetos e em sistema miógrafo de agulha os segmentos de esôfago distal, ambos contendo solução fisiológica Tyrode a 37 ºC, pH 7,4 e oxigenação constante, tensão basal de 1 g para estômago e 8 mN para esôfago. Realizou-se curva concentração-efeito ao agonista colinérgico Carbacol (CCh) (0,01 – 300 μM) em ambos os tecidos nos 3 grupos. Em seguida, agora apenas nos segmentos de esôfago isolado, foi construída uma curva concentração-efeito ao KCl (10 – 100 mM), em que a contração se deve prioritariamente à entrada de cálcio do meio extracelular por meio de canais operados por voltagem (VOC). A análise estatística foi determinada utilizando two-way análise de variância (ANOVA) e a significância foi testada pelo Student-Newman-Keuls test. No fundo de estômago não houve diferença estatística entre os grupos na resposta contrátil ao CCh (p>0,05, ANOVA), os valores da CE50 dos animais controle foram 2,17 [1,03 – 4,58] μM e Emax 0,084 ± 0,016 g/mg de tecido (n=7); Doxo sem AE 1,47 [0,83 – 2,61] μM e 0,068 ± 0,006 g/mg de tecido (n=12); Doxo com AE 3,26 [1,90 – 5,60] μM e 0,070 ± 0,022 g/mg de tecido (n=6). No esôfago, animais controle com Emax 5,97 ± 0,58 mN (n=11) foram estatisticamente diferentes (p<0,05, ANOVA) dos grupos Doxo sem AE 4,48 ± 0,34 mN (n=11) e Doxo com AE 4,42 ± 0,68 mN (n=8), enquanto a CE50 não apresentou diferença estatística significativa entre os grupos (p>0,05, ANOVA) controle 190 [96 – 379] nM, Doxo sem AE 228 [125 – 418] nM e Doxo com AE 439 [206 – 936] nM, quanto a resposta contrátil ao CCh. Na resposta ao KCl houve incremento de tensão inferior ao observado com CCh sem diferença entre os três grupos (p>0,05, ANOVA), 8 valores de Emax foram no controle 1,31 ± 0,14 mN (n=5), Doxo sem AE 1,27 ± 0,42 mN (n=7) e Doxo com AE 1,21 ± 0,20 mN (n=7). Concluiu-se que o tratamento de ratas com Doxo durante o período gestacional leva a uma diminuição da contratilidade de esôfago isolado de seus fetos, independente do desenvolvimento de AE. Aparentemente, essa diminuição não se deve a uma menor funcionalidade dos canais VOC. O fundo de estômago isolado não apresentou alterações da resposta contrátil. |
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The in vitro contractility of the distal esophagus and gastric fundus of fetuses with esophageal atresia induced by Doxorubicin (Doxo) was studied. 26 Female Wistar rats (267 g), were subjected to date-controlled mating, subsequently receiving 2.2 mg/kg Doxo intraperitoneally on days 8 and 9 of pregnancy, while a controlled group of 13 rats received the same volume of 0.9% NaCl. On day 21.5 the pregnant rats were submitted to a cesarean surgery, with the fetuses analysed to confirm EA and thereafter divided into 3 groups: control, whose mothers received only 0.9% NaCl; Doxo without EA, whose mothers received Doxo but not developed EA; Doxo with EA, who developed EA. 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There was not significant statistical difference in fundic strips’ contractility in response to CCh (p>0.05, ANOVA), the EC50 values of the control animals were 2.17 [1.03 – 4.58] μM and Emax 0.084 ± 0.016 g/mg tissue (n=7); Doxo without EA 1.47 [0.83 – 2.61] μM and 0.068 ± 0.006 g/mg tissue (n=12); Doxo with EA 3.26 [1.90 – 5.60] μM and 0.070 ± 0.022 g/mg tissue (n=6). However, significant statistical difference was noted (p<0.05, ANOVA), in esophageal strips’ contractility in response to CCh in the Emax value of control 5.97 ± 0.58 mN (n=11), vs Doxo without EA 4.48 ± 0.34 mN (n=11) and Doxo with EA 4.42 ± 0.68 mN (n=8), while there was not significant statistical difference (p>0.05, ANOVA) in the EC50 value of control 190 [96 – 379] nM, Doxo without EA 228 [125 – 418] nM and Doxo with EA 439 [206 – 936] nM. 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Estudou-se a repercussão da AE induzida por Doxorrubicina (Doxo) na contratilidade in vitro do esôfago distal e fundo de estômago. 26 Ratas wistar (267 g), com acasalamento controlado, nos dias 8 e 9 de gestação receberam 2,2 mg/Kg de Doxo intraperitonealmente, enquanto 13 ratas controle receberam o mesmo volume de NaCl 0,9%. No dia 21,5 as ratas foram submetidas a cesariana, análise dos fetos para confirmação da AE e divisão em 3 grupos: controle, cujas mães receberam apenas NaCl 0,9%; Doxo sem AE, cujas mães receberam Doxo, mas não desenvolveram AE; e Doxo com AE, os que desenvolveram AE. Foram montados em sistema para banho de órgão isolado os anéis de fundo de estômago dos fetos e em sistema miógrafo de agulha os segmentos de esôfago distal, ambos contendo solução fisiológica Tyrode a 37 ºC, pH 7,4 e oxigenação constante, tensão basal de 1 g para estômago e 8 mN para esôfago. Realizou-se curva concentração-efeito ao agonista colinérgico Carbacol (CCh) (0,01 – 300 μM) em ambos os tecidos nos 3 grupos. Em seguida, agora apenas nos segmentos de esôfago isolado, foi construída uma curva concentração-efeito ao KCl (10 – 100 mM), em que a contração se deve prioritariamente à entrada de cálcio do meio extracelular por meio de canais operados por voltagem (VOC). A análise estatística foi determinada utilizando two-way análise de variância (ANOVA) e a significância foi testada pelo Student-Newman-Keuls test. No fundo de estômago não houve diferença estatística entre os grupos na resposta contrátil ao CCh (p>0,05, ANOVA), os valores da CE50 dos animais controle foram 2,17 [1,03 – 4,58] μM e Emax 0,084 ± 0,016 g/mg de tecido (n=7); Doxo sem AE 1,47 [0,83 – 2,61] μM e 0,068 ± 0,006 g/mg de tecido (n=12); Doxo com AE 3,26 [1,90 – 5,60] μM e 0,070 ± 0,022 g/mg de tecido (n=6). No esôfago, animais controle com Emax 5,97 ± 0,58 mN (n=11) foram estatisticamente diferentes (p<0,05, ANOVA) dos grupos Doxo sem AE 4,48 ± 0,34 mN (n=11) e Doxo com AE 4,42 ± 0,68 mN (n=8), enquanto a CE50 não apresentou diferença estatística significativa entre os grupos (p>0,05, ANOVA) controle 190 [96 – 379] nM, Doxo sem AE 228 [125 – 418] nM e Doxo com AE 439 [206 – 936] nM, quanto a resposta contrátil ao CCh. Na resposta ao KCl houve incremento de tensão inferior ao observado com CCh sem diferença entre os três grupos (p>0,05, ANOVA), 8 valores de Emax foram no controle 1,31 ± 0,14 mN (n=5), Doxo sem AE 1,27 ± 0,42 mN (n=7) e Doxo com AE 1,21 ± 0,20 mN (n=7). Concluiu-se que o tratamento de ratas com Doxo durante o período gestacional leva a uma diminuição da contratilidade de esôfago isolado de seus fetos, independente do desenvolvimento de AE. Aparentemente, essa diminuição não se deve a uma menor funcionalidade dos canais VOC. 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