Summary: | ABREU, Kélvya Freitas. Concepções de leitura e de texto subjacentes às provas de vestibular: constatações e implicações para o ensino da língua espanhola. 2011. 273f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Letras Vernáculas, Programa de Pós-graduação em Linguística, Fortaleza (CE), 2011. === Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2014-06-13T14:18:11Z
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Previous issue date: 2011 === O presente estudo teve como foco analisar e verificar as concepções de leitura e de texto subjacentes às provas de espanhol em vestibulares. Em nosso recorte, investigamos as provas de acesso das universidades públicas do estado do Ceará, no período de 2006 a 2010. Essa escolha se deveu ao fato de que nesse tempo foram publicadas a Lei 11.161 de 5 de agosto de 2005 e as Orientações Curriculares do Ensino Médio (OCNEM) em 2006. A lei mencionada propôs a implementação, de forma gradativa (prazo de cinco anos), da obrigatoriedade da oferta do ensino de língua espanhola nas escolas regulares de Ensino Médio (públicas e particulares). Já as Orientações Curriculares do Ensino Médio (OCNEM) nos interessaram pelas contribuições teórico-metodológicas sugeridas, e em especial, pela proposta, em torno da leitura, na qual se reafirma a necessidade de levar o indivíduo a construir sentidos de forma que esse possa participar das diversas práticas socioculturais contextualizadas da linguagem, em conformidade com a perspectiva do letramento (BRASIL, 2006). Em nossa análise, orientamo-nos pela abordagem sociocultural e utilizamo-nos da proposta de Cassany (2006) em torno de três concepções de leitura: linguística (leitura das linhas), psicolinguística (leitura entrelinhas) e sociocultural (leitura por detrás das linhas). Assim sendo, questionamos: O que avaliaram as provas de espanhol? Quais concepções de leitura foram encontradas no decorrer deste período? Quais gêneros predominaram? E qual a relação do perfil de leitor esperado pelas universidades e o impacto no ensino da habilidade de leitura em língua espanhola como LE? Trabalhamos com a pesquisa exploratória de base interpretativista. Sistematizamos e agrupamos as questões em quadros de acordo com as categorias propostas, realizando a contagem das ocorrências, transformando os dados em porcentagens, para posterior análise. Esse procedimento nos permitiu traçar um melhor diagnóstico desses exames seletivos em quanto à tipologia de questões e expectativas quanto às capacidades de leitura requeridas. Concluímos que apesar da relevância dos documentos governamentais recomendarem uma mudança teórico-metodológica quanto ao entendimento da relação entre língua, sujeito e leitura, nas provas investigadas ainda se enfatizam o nível da decodificação de textos e a exploração de aspectos metalinguísticos. === En este trabajo interesó analizar y verificar las concepciones de lectura y de texto subyacentes a los exámenes de español en pruebas de selectividad. Con este fin, investigamos pruebas de acceso a las universidades públicas del estado de Ceará realizadas en el período desde 2006 hasta 2010. Esta opción se debió al hecho de que en ese periodo se publicaron la Ley 11.161 del 5 de agosto de 2005 y las Orientações Curriculares do Ensino Médio (OCNEM) en 2006. La ley mencionada propuso la implantación, de forma gradual (plazo de cinco años), de la oferta obligatoria de la enseñanza de la lengua española en las escuelas regulares de Enseñanza Secundaria (públicas y particulares). Las Orientações Curriculares do Ensino Médio (OCNEM), a su vez, han sido fundamentales por sus aportes teórico-metodológicos a la enseñanza del español. Y, en especial, por la propuesta con relación a la lectura en la que se reafirma la necesidad de que el individuo produzca sentidos que le permitan participar en las diversas prácticas socioculturales contextualizadas del lenguaje, de acuerdo con la perspectiva de literacidad (BRASIL, 2006). En nuestro análisis, adoptamos por un enfoque sociocultural y discursivo, propuesto por Cassany (2006) en torno de tres concepciones de lectura: lingüística (lectura de las líneas), psicolingüística (lectura entre líneas) y sociocultural (lectura detrás de las líneas). Así, partimos a los siguientes interrogantes: ¿Qué evaluaron las pruebas de español? ¿Qué concepciones de lecturas fueron identificados en la investigación? ¿Qué géneros discursivos predominaron? ¿Cuál ha sido la relación del perfil de alumnado definido por las universidades investigadas y el impacto en la enseñanza de la habilidad lectora en lengua española como LE? Trabajamos con la pesquisa exploratoria de base interpretativista. Sistematizamos y agrupamos las cuestiones de acuerdo con las categorías propuestas, considerando las ocurrencias, transformando los datos en porcentajes, para posterior análisis. Este procedimiento nos permitió trazar un mejor diagnóstico de esos exámenes en cuanto a la tipología de cuestiones y expectativas con relación a las capacidades de lectura solicitadas. Concluimos que a pesar de la relevancia de los documentos gubernamentales que sugieren un cambio teórico-metodológico en lo que atañe a la relación entre lengua, sujeto y lectura, en las pruebas analizadas el énfasis está en el nivel de la descodificación de textos y en la exploración de aspectos metalingüísticos.
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