Summary: | LIMA, Cícero Erivaldo de. Agricultura camponesa, PRONAF e iniciativas agoecológicas no município Crato - CE. 2011. 118 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2011. === Submitted by José Jairo Viana de Sousa (jairo@ufc.br) on 2014-03-14T17:05:16Z
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Previous issue date: 2011 === O estudo da agricultura camponesa e das transformações ocorridas no âmbito da produção no campo brasileiro são eixos de preocupação social, política e acadêmica. O reconhecimento da agricultura camponesa como atividade produtiva se deu pela ação dos movimentos sociais do campo, a partir dos anos de 1990. Também foi nesse período que o Estado garantiu por meio de recursos públicos a criação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), para financiamento aos agricultores camponeses. O tema agricultura camponesa, hoje, está em foco, por causa de sua importância na política de segurança alimentar, dada sua representatividade no mercado interno de alimentos e matérias-primas. E também por oferecer contribuições para a sustentabilidade como à proposta da agroecologia, prática inovadora que consiste na utilização racional da terra e na equidade de inclusão social, pela sua participação social na produção. Esta pesquisa reflete sobre a agricultura camponesa em seu papel de prover diferentes formas de convivência e permanência no campo. Objetiva analisar os desafios do acesso aos recursos do PRONAF e o desenvolvimento de ações e inovações das práticas agroecologicas como alternativas para a permanência no campo tendo como foco de análise o Assentamento 10 de Abril no município do Crato, Estado do Ceará, a partir dos anos 1990. Investigou experiências de inovações agroecológicas e técnicas alternativas para o convívio e o uso racional da terra, visualizando o trabalho realizado por instituições que atuam junto aos camponeses. A fundamentação teórica baseia-se autores como José de Sousa Martins (1983 e 2003), Ariovaldo Umbelino de Oliveira (1993, 1995, 2004 e 2010), Manoel Correia de Andrade (2005), Oliveira (2005) e Alencar (2007) que tem por base a teoria social de Marx e trouxe rica contribuição no pensar o campesinato e sua permanência no modo de produção capitalista. Por fim, nas analises conclui-se que as demandas dos camponeses não foram atendidas. Uma política agrária com acesso aos recursos hídricos deve ser enquadrada como política pública do Estado, bem como o PRONAF que necessita de reajustes para viabilizar a melhoria de vida dos camponeses com o incremento das iniciativas agroecologicas que precisam de maior difusão e apoio dos gestores.
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