O cinema é um só? Montagem e desmontagem em Adirley Queirós
ISAIAS, Hector Rocha. O cinema é um só? Montagem e desmontagem em Adirley Queirós. 2017. 128f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Comunicação Social, Fortaleza (CE), 2017. === Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2017-09-04T13:18:2...
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ISAIAS, Hector Rocha. O cinema é um só? Montagem e desmontagem em Adirley Queirós. 2017. 128f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Comunicação Social, Fortaleza (CE), 2017. === Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2017-09-04T13:18:21Z
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Previous issue date: 2017 === O filme “A Cidade é uma Só?” de Adirley Queirós questiona sobre a unicidade da
Urbe, reflexiona sobre o processo de segregação empreendido pelo Estado e constrói-se
a partir da tensão gerada pela cidade dividida. Ceilândia, cidade-satélite do Distrito
Federal, nasceu de um “aborto territorial” de Brasília, como ilustra o diretor. Esta
dissertação propõe uma análise do filme tendo como objetivo dar a ver a estrutura e o
processo em que foi organizado. Para avaliar ou entender o processo de estruturação da
obra foi necessário recorrer inicialmente à noção do Todo ou de um todo, desmontar e
fracionar as partes para assim compreender como foram estabelecidas relações.
Entendido primeiramente como um sistema através de Viera (2002) o filme em análise
foi decupado e organizado em ações, através de um banco de dados que compõe o
arsenal para o desmonte e constituição de um corpo sem órgãos, também representado
pela materialidade difusa e estrutura não domesticada do filme. Manovitch (2001)
Deleuze (2004), Le Breton (2001) Artaud (1987). Compreender o plano como uma
célula e não como um elemento passivo da montagem através de Eisenstein (2002),
esclarece as dinâmicas do espaço fílmico, da duração e da produção do filme e serve
como impulso e mediação para o funcionamento da obra. Por fim, a confiança na
incerteza e no agenciamento coletivo supera a idéia do filme como organismo e produz
um corpo para o cinema munido de força, autonomia e sentido. === Le film «La ville est-elle une seule ?» part des questions d'Adirley Queirós sur l'unicité
de la ville, reflète le processus de ségrégation entrepris par l'État et résulte de la tension
générée par la ville divisée. Ceilândia, une ville-satellite du District Fédéral, est née d'un
«avortement territorial» par Brasília, comme illustre le directeur. Cette dissertation
propose une analyse du film afin de donner à voir la structure et le processus dans
lesquels il a été organisé. Afin d'évaluer ou de comprendre le processus de structuration
de cette œuvre , il a fallu faire appel à la notion du Tout ou d’un tout, démonter et
fractionner les parties afin de comprendre comment les relations étaient établies.
D'abord compris comme un système par Viera (2002) le film en analyse a été découpé
et organisé en actions, ce qui a résulté dans une base de données qui compose l'arsenal
pour le démantèlement et la constitution d'un corps sans organes, également représenté
par la matérialité diffuse et la structure non apprivoisée du film. Manovitch (2001),
Deleuze (2004), Le Breton (2001) Artaud (1987). Comprendre le plan en tant que
cellule et non comme un élément passif du montage à travers Eisenstein (2002) élucide
les dynamiques de l'espace cinématographique, de la durée et de la production du film
et sert d'impulsion et de médiation pour le fonctionnement de l’œuvre. Enfin, la
confiance dans l'incertitude et dans l'agencement collectif surmonte l'idée du film en
tant qu'organisme et produit un corps pour le cinéma muni de force, autonomie et sens. |
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