Summary: | VALENTIM, Daniel Costa. Semear é preciso, viver não é preciso: economia do compartilhamento e dispersão de sementes digitais através de redes P2P. 2017. 332f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Fortaleza (CE), 2017. === Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2017-05-26T11:02:48Z
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Previous issue date: 2017 === The present thesis deals with file sharing in the age of the Internet. We will analyze aspects of sociality in a file sharing community specialized in the art of cultivating, sowing, preserving of digital files (described as “digital seeds”). Digital seeds are basically any digitized computer file (for example, a movie, a song, a book, a software etc.) that needs to be virtually planted until it blooms and can be shared over the internet by P2P (peer-to-peer) networks. In this sense, this thesis is a narrative about a relational experience that we experienced (from 2008 to 2017) in a community of cyber seeders named Oasis (fictitious name). Oasis is a closed community that has about 60,000 registered members (until early 2017). Our methodological perspective led us to follow erratic digital paths that make up the unique dynamic that constitutes what we call "sharing economy". In this way, we try to elucidate the movement of digital seeds through the senses of morality credited by the "file sharers" who particularly attend that community. Indeed, in this thesis we report practices and experiences that make up what we identify as "ethics of sharing", a sort of "spirit of sharing" that acts (through a symbolic alchemy) in the transformation of digital files or goods into gifts and honors ready to be dispersed through cooperative and decentralized sharing networks. In other words, a digital seed can best be presented in the form of a "living thing"; that is, as a seed of life laden with riches, dignities and hopes, exactly for establishing the understanding that cultural productions are artifacts produced to be freely dispersed as a "common good." Finally, we highlight how this cyber ecology presents itself as a project that intends to ensure the implementation of a protection network of digital seeds threatened by forgetfulness and neglect. === A presente tese versa sobre compartilhamento de arquivos na era da internet. Analisaremos aspectos da socialidade em uma comunidade online especializada na arte do cultivo, semeio, preservação e disseminação de arquivos digitais (compreendidos enquanto “sementes digitais”). As sementes digitais são basicamente qualquer arquivo de computador digitalizado (por exemplo, um filme, uma música, um livro, um software etc.) que necessita ser semeado virtualmente até que floresça e possa ser compartilhado através da internet via redes P2P (peer-to-peer). Nesse sentido, esta tese é uma narrativa sobre uma experiência relacional que vivenciamos (de 2008 a 2017) em uma comunidade de “cyberagricultores” denominada Oásis (nome fictício). O Oásis é uma comunidade fechada que possui cerca de 60 mil membros registrados (até início de 2017). Nossa perspectiva metodológica nos levou a seguir linhas erráticas dos traçados digitais que compõem as dinâmicas singulares que constituem aquilo que denominamos de “economia do compartilhamento”. Deste modo, tentamos elucidar o movimento das sementes digitais através dos sensos de moralidades creditados pelos “semeadores de arquivos” que frequentam esta comunidade em particular. Com efeito, relatamos nesta tese práticas e vivências que compõem aquilo que identificamos como “ética do compartilhar”, espécie de “espírito do compartilhamento” que atua (através de uma alquimia simbólica) na transformação de arquivos ou mercadorias digitais em presentes, dádivas e honrarias prontas para serem dispersadas através de redes cooperativas e descentralizadas de compartilhamento. Dito de outro modo, uma semente digital pode ser melhor apresentada sob a forma de uma “coisa viva”, isto é, como uma semente de vida carregada de riquezas, dignidades e esperanças, exatamente por estabelecer o entendimento de que produções culturais são artefatos produzidos para serem dispersados livremente como um “bem comum”. Por fim, ressaltamos de que forma esta cyberecologia se apresenta como um projeto que pretende garantir a implantação de uma rede de proteção de sementes digitais ameaçadas pelo esquecimento e pelo descaso.
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