Summary: | LIRA, A. P. S. Devir-cuidado: uma experimentação em saúde coletiva. 2016. 62 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016. === Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2016-09-28T15:52:16Z
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Previous issue date: 2016-05-30 === The private medicine transit to social medicine had its beginning in the late eighteenth century, extending during the nineteenth century. In this context, medical practice becomes a strategy of disciplinary societies in order to strengthen the development of the capitalist economy, not measuring efforts for the expansion of market relations, improvements in quality of life and state of growth. Therefore, social medicine, by the power of your new address, establish a number of measures which will enable more and more refined exercise of power over life. In the Brazilian context, social medicine and public health are grouped in public health, an area that emerges in the 1970s in this field, two aspects should be highlighted: the notion of collective remains modern and disciplinary traits with changes and redesigns that they favor diversity assembly and involve a polycentric; all are replaced by multiplicity as a new term that recasts and preserves combined units. We emphasize the modern health care speech inhabiting the bodies, pathologizing mills linked to social formatting and policy on the medicalization of life, determining the normalization of individuals and establishing the control of society as a predominant way of life. The Public Health points out the quickest ways of outdoor control to replace the old disciplines operating in the time of a closed system - hospitals, allowing broaden the horizons of analysis and intervention on reality. But resist we must. Under the aegis of the philosophy of difference, we dare think health care in their disruptive character, acting in the reversal of power over life in power life. The becoming-care breaks out of constitutive processes of living and the availability of production, tensing and destabilizing the majoritarian model of health care, creating worlds, touting modes of expression and connectivity of life in its multiple trials. === O trânsito da medicina privada para a medicina social teve seu início no final do século XVIII, se estendendo durante o século XIX. Neste contexto, a prática médica torna-se uma estratégia das sociedades disciplinares a fim de fortalecer o desenvolvimento da economia capitalista, não medindo esforços para a expansão das relações de mercado, melhorias na qualidade de vida e crescimento do Estado. Portanto, a medicina social, pelo poder do seu novo discurso, estabelecerá diversas medidas que possibilitará o exercício cada vez mais refinado do poder sobre a vida. No contexto brasileiro, a medicina social e a saúde pública são agrupadas na Saúde Coletiva, área que emerge nos anos 1970. Neste campo, dois aspectos merecem destaque: a noção de coletivo mantém os traços modernos e disciplinares com alterações e reformulações que acatam a diversidade do conjunto e comportam um policentrismo; a totalidade é substituída pela multiplicidade como um novo termo que reformula e conserva unidades combinadas. Enfatizamos o moderno discurso do cuidado em saúde habitando os corpos, moinhos de patologização ligados a uma formatação social e política centrada na medicalização da vida, determinando a normalização dos indivíduos e instaurando a sociedade de controle como um modo de vida predominante. A Saúde Coletiva assinala formas mais rápidas de controle ao ar livre em substituição às antigas disciplinas que operavam na duração de um sistema fechado – os hospitais, permitindo alargar os horizontes de análise e de intervenção sobre a realidade. Porém, resistir é preciso. Sob a égide da filosofia da diferença, ousamos pensar o cuidado em saúde em seu caráter disruptivo, atuando na reversão do poder sobre a vida em potência de vida. O devir-cuidado eclode de processos constitutivos do viver e da produção de existência, tensionando e desestabilizando o modelo majoritário de fazer saúde, criando mundos, agenciando modos de expressão e de conectividade da vida em suas múltiplas experimentações.
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