Summary: | SAMPAIO, Camilla Regya de Figueiredo Dias. O tempo de trabalho dos psicólogos: um estudo a partir da luta pela redução da jornada de trabalho. 2016. 102f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Psicologia, Fortaleza (CE), 2016. === Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2016-09-22T16:19:30Z
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Previous issue date: 2016 === The struggle for working time reduction configures as one of the biggest laborist claims of all laborer movement history. The pursuit of working time also enables the reflection about life and self-control towards labor time, which emerge as an important starting point for worker subject relation with their own time comprehension. After a latency period, arise in Brazil movements coming up from several professional categories aiming for workload reduction for thirty hour per week, maximum. One of those professional categories is Psychologists, objects of the present study. Among all exposed issues, reducing working time for conciliate more than one job is one of them. The need for multiple employment bonds is related to precarious conditions and low wages. In light of this, eight interviews with Psychologists about their labor time and fight for thirty-hour work week were arranged. The discourse sociological analysis has been chosen as a method to interpret the collected data, finding a comprehension and representation model for concrete text of their social and history context. Such interpretation highlighted a huge fragmentation in the professional category, which enables the individuation of those Psychologists whom did not take part in working time reduction discussion in a collective way. Besides that, precariousness naturalization and productivity discourse assimilation could be noticed, emerging, foremost, from neoliberal ideology widespread. According such ideology, professional pursuit, through themselves, punctual modifications to ease the precarious conditions. In Psychologists example, they get a second job and fight for labor time reduction. Such struggle seems to contribute to intensify exploration relationships more than to propitiate worker’s emancipation. === A luta pela redução da jornada de trabalho se configura como uma das maiores reivindicações trabalhistas da história do movimento operário. A busca pela redução do tempo de trabalho também possibilita a reflexão acerca da vida e do autocontrole em relação ao tempo laboral, se configurando como ponto de partida importante para compreender a relação do sujeito trabalhador com seu próprio tempo. Após um período de latência, surge no Brasil movimentos de diversas categorias profissionais em busca da redução da jornada de trabalho para no máximo 30 horas semanais, uma dessas categorias é a dos psicólogos, profissionais investigados nesse estudo. Dentre as questões apontadas para demonstrar a importância da redução da carga horária de trabalho estava a necessidade do profissional de reduzir sua jornada para conseguir conciliar outros empregos durante a semana. A necessidade de múltiplos vínculos laborais é justificada pelas condições precárias as quais os profissionais são submetidos e os baixos salários ofertados à categoria. Diante de tal cenário, foram realizadas entrevistas com oito (8) profissionais sobre a sua jornada de trabalho e sua participação na luta pelas 30 horas semanais. A análise sociológica do discurso foi utilizada para interpretação dos dados coletados, encontrando na fala dos entrevistados uma modelo de representação e de compreensão do texto concreto em seu contexto social e histórico. A interpretação das entrevistas ressaltou a grande fragmentação da categoria profissional analisada, o que possibilita a individualização dos profissionais, que não chegaram a participar da luta pela redução da sua jornada de maneira coletiva. Além disso, foram identificadas nas falas a naturalização da precariedade da profissão e uma assimilação do discurso produtivista, advindo, sobretudo, da difusão da ideologia neoliberal, na qual os profissionais buscam através de si mesmo, modificações pontuais para amenizar a situação precária do seu trabalho, no caso dos psicólogos, procurando um outro trabalho e buscando reduzir sua jornada laboral. A busca pela redução da jornada de trabalho, dessa forma, parece servir mais à intensificação das relações de exploração, do que possibilitar a emancipação desses trabalhadores.
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