Características anatômicas e funcionais do assoalho pélvico em nulíparas submetidas a ultrassonografia endovaginal tridimensional e avaliação da concordância interobservador

PEREIRA, J. J. R. Características anatômicas e funcionais do assoalho pélvico em nulíparas submetidas a ultrassonografia endovaginal tridimensional e avaliação da concordância interobservador. 2014. 66 f. Dissertação (Mestrado em Cirurgia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fort...

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Bibliographic Details
Main Author: Pereira, Jacyara de Jesus Rosa
Other Authors: Regadas, Sthela Maria Murad
Language:Portuguese
Published: 2016
Subjects:
Online Access:http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/19250
Description
Summary:PEREIRA, J. J. R. Características anatômicas e funcionais do assoalho pélvico em nulíparas submetidas a ultrassonografia endovaginal tridimensional e avaliação da concordância interobservador. 2014. 66 f. Dissertação (Mestrado em Cirurgia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2014. === Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2016-08-23T12:39:52Z No. of bitstreams: 1 2014_jjrpereira.pdf: 1250875 bytes, checksum: 08dd46e2a4deed6878ff294c2bf8aa48 (MD5) === Approved for entry into archive by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2016-08-23T12:40:01Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_jjrpereira.pdf: 1250875 bytes, checksum: 08dd46e2a4deed6878ff294c2bf8aa48 (MD5) === Made available in DSpace on 2016-08-23T12:40:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2014_jjrpereira.pdf: 1250875 bytes, checksum: 08dd46e2a4deed6878ff294c2bf8aa48 (MD5) Previous issue date: 2014-03-17 === Understanding the pathogenesis of pelvic floor dysfunction (AP) requires extensive knowledge of anatomy. Recent advances in imaging technologies have opened new possibilities for research. However, 30% of surgeries are failures and the main cause is the lack of knowledge of the complex anatomy and the difficulty in diagnosing diseases of this region. The aim of this study was to evaluate the anatomy of the AP nulliparous asymptomatic at rest and Valsalva maneuver, using transvaginal ultrasonography threedimensional (UTV-3D). Nulliparous asymptomatic volunteers underwent echodefecography to identify dynamic changes in the Posterior Compartment (CP), including anatomical (rectocele, intussusceptions, entero/sigmoidocele and perineal descent) and functional (no relaxation or paradoxical contraction of puborectalis) and evaluated with 3D UTV biometric indexes to determine the urogenital gap (HU) of the anus, the thickness of the pubovisceral muscle (PVM), urethral length, anorectal angle position of the anorectal junction and position of the bladder neck. All measurements were compared at rest and during Valsalva, and determined perineal and bladder neck descent. The interobserver variability was assessed using the intraclass correlation coefficient. Thirty four volunteers were evaluated with echodefecography and TVU-3D. From these, 20 were included in the study. The 14 excluded showed dynamic changes in CP. During the Valsalva maneuver, the hiatal area was higher. The urethra was significantly shorter and the anorectal angle was greater. Measurements at rest and during Valsalva differ significantly with respect to the position of the anorectal junction and the bladder neck. The average value of the descending perineum and the descent of the bladder were 0.6 cm and 0.5 cm above the pubic symphysis, respectively. The intraclass correlation coefficient ranged from 0.62 to 0.93. We conclude that thefunctional biometric indices, normal perineal descent, and the values of descent of the bladder neck were determined for young nulliparous asymptomatic women using UTV. The method was reliable to measure the structures of the pelvic floor at rest and during the Valsalva maneuver, and therefore may be appropriate to identify dysfunction in symptomatic patients. === O assoalho pélvico (AP) é caracterizado como uma lâmina muscular em forma de cúpula, composta por músculo estriado que encerra órgãos como útero, bexiga e uretra. O músculo levantador do ânus é reconhecido como responsável pelo apoio ativo do AP, apesar de ser o músculo mais estudado, é aquele que pouco se sabe. Vários métodos de imagem existem para avaliar o AP, no entanto, ainda assim, a recidiva das patologias dessa região após o tratamento cirúrgico é grande. Assim, em aproximadamente 30% dos paciente operados são necessárias reabordagens cirúrgicas, indicando que os mecanismos causadores ainda permanecem incompreendidos. O exame físico, por si só, é uma ferramenta pobre para avaliar a função do AP e sua anatomia; pois suas habilidades são simplesmente inadequadas, com foco em anatomia de superfície, em vez de verdadeiras anormalidades estruturais. A ultrassonografia endovaginal tridimensional (UTV - 3D) torna possível avaliar o AP em múltiplos planos anatômicos com alta resolução . O objetivo deste estudo foi avaliar a anatomia do AP de nulíparas assintomáticas durante o repouso e a manobra de Valsalva, usando ultrassonografia endovaginal 3D . Foram avaliadas nesse estudo prospectivo 20 nulíparas assintomáticas com UTV - 3D durante o repouso e a manobra de Valsalva. Índices biométricos do hiato levantador (HL) (diâmetro ântero-posterior, látero-lateral e sua área) e do músculo pubovisceral (MPV) (espessura esquerda e direita) foram registrados e comparados no repouso e durante a manobra de Valsalva. Mensurações incluindo o comprimento da uretra, a posição da junção anorretal (a distância da junção anorretal para a margem menor da sínfise púbica - SP), e a posição do colo da bexiga (CB) (a distância do CB para a SP) foram realizadas no repouso e durante a Valsalva, para determinar o descenso perineal e do colo da bexiga, respectivamente. A correlação entre a área do HL e a posição da junção anorretal e do colo da bexiga foram determinados. Variabilidade entre os observadores forram avaliadas e os dados analisados com o teste t de Student, coeficiente de correlação Pearson e coeficiente de correlação intraclasse (ICC). O p<0.05 foi o valor utilizado para significância estatística. As medidas para o HL e do MPR não foram estatisticamente significante quando comparadas no repouso e durante a manobra de valsalva. Entretanto, foram estatisticamente significante mensurações no repouso e durante a manobra de valsalva para a posição da junção anorretal (2,1 cm vs 1,4 cm acima da SP) (p=0,0114) e para o colo da bexiga (2,9 cm vc 2,3 cm acima da SP) (p=0,0004). Os valores para o descenso perineal normal e para o descenso do colo da bexiga foram de 0,7 cm e 0,6 cm acima da SP, respectivamente. Em dois pacientes a junção anorretal foram de 0,1 e 0,6 cm acima da SP. O comprimido da uretra diminuiu durante a Valsalva (2,9 cm vc. 2,4 cm) (p=0,0014). Não foram encontradas correlação entre a maior área do HL e a posição mais inferior da junção anorretal e do CB durante a manobra de Valsalva. Os valores do ICC variou de 0,643-0,937 para o repouso e de 0,536-0,957 durante a manobra de Valsalva. Conclui-se que, os índices biométricos funcionais, o descenso perineal normal, e os valores de descida do colo da bexiga foram determinados para jovens mulheres nulíparas assintomáticas utilizando ultrassonografia endovaginal 3D. O método mostrou-se confiável para medir as estruturas do assoalho pélvico em repouso e durante a Manobra de Valsalva, e, portanto, pode ser um método adequado para identificar disfunções em pacientes sintomáticos.