Métodos de enfrentamento religioso se associam com depressão, aspectos sociais da qualidade de vida e vitalidade entre pacientes com doença renal crônica submetidos à hemodiálise

CAPOTE JÚNIOR, J. R. F. G. Métodos de enfrentamento religioso se associam com depressão, aspectos sociais da qualidade de vida e vitalidade entre pacientes com doença renal crônica submetidos à hemodiálise. 2016. 66 f. Dissertação (Mestrado Ciências da Saúde) - Campus de Sobral, Universidade Federa...

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Bibliographic Details
Main Author: Capote Júnior, José Roberto Frota Gomes
Other Authors: Santos, Paulo Roberto
Language:Portuguese
Published: 2016
Subjects:
Online Access:http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/19130
Description
Summary:CAPOTE JÚNIOR, J. R. F. G. Métodos de enfrentamento religioso se associam com depressão, aspectos sociais da qualidade de vida e vitalidade entre pacientes com doença renal crônica submetidos à hemodiálise. 2016. 66 f. Dissertação (Mestrado Ciências da Saúde) - Campus de Sobral, Universidade Federal do Ceará, Sobral, 2016. === Submitted by Djeanne Costa (djeannecosta@gmail.com) on 2016-08-17T23:32:15Z No. of bitstreams: 1 2016_dis_jrfgcapotejunior.pdf: 490248 bytes, checksum: 213a2a3cc0ae7e292a19040af4921d97 (MD5) === Approved for entry into archive by Djeanne Costa (djeannecosta@gmail.com) on 2016-08-17T23:41:04Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_dis_jrfgcapotejunior.pdf: 490248 bytes, checksum: 213a2a3cc0ae7e292a19040af4921d97 (MD5) === Made available in DSpace on 2016-08-17T23:41:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_dis_jrfgcapotejunior.pdf: 490248 bytes, checksum: 213a2a3cc0ae7e292a19040af4921d97 (MD5) Previous issue date: 2016 === Low quality of life and high prevalence of depression are universally found among end-stage renal disease patients undergoing hemodialysis. In the past decade, technical advances of dialysis therapy have not been sufficient to improve quality of life or decrease the prevalence of depression. Many variables associated with poor quality of life and depressive symptoms are not modifiable, like gender, age, and comorbidity. The relationship of spirituality and well-being is well documented in the literature. In the nephrology area, there are reports of better quality of life and less depression among dialysis patients with greater perception of spirituality and religiosity. Nevertheless, more studies on spirituality are necessary among hemodialysis patients, especially because to some extent spirituality can be modified, and strategies aiming at engaging patients in discussions about their spiritual concerns can be implemented by the care team. We conducted an observational study comprising 161 end-stage renal disease patients undergoing hemodialysis in the only dialysis center in northern Ceará state, northeast Brazil. Spirituality was assessed by the Religious Coping Activity Scales (RCOPE). Depression was screened by the 20-item version of the Center for Epidemiologic Studies Depression Scale (CES-D). Quality of life was evaluated through the Brazilian version of the Medical Outcomes Study 36-Item Short Form Health Questionnaire (SF-36). We found depression rate of 27.3%. Positive religious coping was negatively correlated with depression score (r=-0.200; p=0.012), meaning the more positive religious coping was, the lower the depression score tended to be. In addition, positive religious coping was an independent protective factor for depression (OR=0.132; CI 95%=0.021-0.910; p=0.039). Regarding quality of life, positive religious coping was able to independently predict better quality of life scores related to the following dimensions: bodily pain (b=14.401; p=0.048) and vitality (b=12.580; p=0.022). On the other hand, negative religious coping independently predicted worse score of the dimension social functioning (b=-21.158; p=0.017). Our results add further evidence that spirituality is a powerful mediator of quality of life and depression. Clinical implications for the care team are: patients using religious resources should be encouraged, while psycho-spiritual interventions should be tried targeting religious struggle (negative religious coping) among hemodialysis patients. === Baixa qualidade de vida e elevada prevalência de depressão são universalmente encontradas entre os pacientes com doença renal crônica em hemodiálise. Na última década, os avanços técnicos da terapia de diálise não têm sido suficientes para melhorar a qualidade de vida ou diminuir a prevalência de depressão. Muitas variáveis associadas com má qualidade de vida e sintomas depressivos não são modificáveis, como gênero, idade e comorbidades. A relação de espiritualidade e de bem-estar está bem documentada na literatura. Na área de Nefrologia, existem relatos de melhor qualidade de vida e menos depressão em pacientes de diálise com maior percepção de espiritualidade e religiosidade. No entanto, mais estudos sobre espiritualidade são necessários entre os pacientes em hemodiálise, especialmente porque, em certa medida, a espiritualidade pode ser modificada, e estratégias objetivando o engajamento de pacientes em discussões sobre suas preocupações espirituais podem ser implementadas pela equipe de cuidados. Foi realizado um estudo observacional, composto por 161 pacientes com doença renal terminal em hemodiálise, no único centro de diálise do norte do estado do Ceará, nordeste do Brasil. A Espiritualidade foi avaliada pela Escala de Coping religioso-espiritual, a Religious Coping Activity Scales (RCOPE). A Depressão foi rastreada pela versão de 20 itens da Escala CES-D (Center for Epidemiologic Studies Depression Scale). A Qualidade de vida foi avaliada através da versão brasileira do questionário Medical Outcomes Study 36-Item Short Form Health Questionnaire (SF-36). Encontramos a taxa de depressão de 27,3%. Coping religioso positivo foi negativamente correlacionado com o escore de depressão (r =-0.200; p = 0,012), significando que quanto maior for o coping religioso positivo, mais baixo o escore de depressão tende a ser. Além disso, o coping religioso positivo foi um fator de proteção independente para a depressão (ou = 0,132; IC 95% = 0.021-0.910; p = 0.039). Com relação à qualidade de vida, o coping religioso positivo foi um preditor independente de melhores escores de qualidade de vida relacionadas com as seguintes dimensões: dor (b = 14.401; p = 0,048) e vitalidade (b = 12.580; p = 0,022). Por outro lado, o coping religioso negativo foi um preditor independente para pior escore na dimensão “aspectos sociais” da qualidade de vida (b =-21.158; p = 0,017). Nossos resultados acrescentam mais uma evidência de que a espiritualidade é um potente mediador da qualidade de vida e depressão. Implicações clínicas para a equipe de cuidados são: pacientes usando recursos religiosos devem ser incentivados, enquanto as intervenções psicoespirituais devem ser implementadas como alvo em combate à luta religiosa (coping religioso negativo) entre os pacientes em hemodiálise.