Estudo farmacoepidemiológico de uso e prescrição de benzodiazepínicos em Teresina

MENDES, C. M. M. Estudo farmacoepidemiológico de uso e prescrição de benzodiazepínicos em Teresina. 2015. 151 f. Tese (Doutorado em Farmacologia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015. === Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2015-11-10T12...

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Bibliographic Details
Main Author: Mendes, Cíntia Maria de Melo
Other Authors: Sousa, Francisca Cléa Florenço de
Language:Portuguese
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/13932
Description
Summary:MENDES, C. M. M. Estudo farmacoepidemiológico de uso e prescrição de benzodiazepínicos em Teresina. 2015. 151 f. Tese (Doutorado em Farmacologia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015. === Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2015-11-10T12:45:16Z No. of bitstreams: 1 2015_tese_cmmmendes.pdf: 7984769 bytes, checksum: 224bba8e05437895720d47a552d7d9fe (MD5) === Approved for entry into archive by Erika Fernandes(erikaleitefernandes@gmail.com) on 2015-11-10T12:45:26Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_tese_cmmmendes.pdf: 7984769 bytes, checksum: 224bba8e05437895720d47a552d7d9fe (MD5) === Made available in DSpace on 2015-11-10T12:45:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_tese_cmmmendes.pdf: 7984769 bytes, checksum: 224bba8e05437895720d47a552d7d9fe (MD5) Previous issue date: 2015-06-26 === Synthesized in the 50s, benzodiazepines (BZPs) quickly won physicians and patients for its apparent safety: few side effects and low toxicity. At the end of the 70s they began to be identified as harmful to health by the possibility of addiction. GENERAL PURPOSE: It featured the consumption of benzodiazepines in Teresina from a study of the medical criteria for their prescription and the characteristics of use by patients. BACKGROUND: According to the WHO, has about 400 million victims of mental disorders or psychosocial problems from the use licícitos or illegal psychoactive agents. Among these victims are those dependent on psychotropic above all BZPs, whereas the same figure among the best-selling drugs in the world, leading to behavior change and dependence. METHODOLOGY: descriptive epidemiological survey on the consumption of BZPs in Teresina, from prescriptive criteria analysis of physicians in offices and clinics of Teresina, the private network and their use by patients. RESULTS: It was found that the BZPs prescription is carried out by various experts and not only by psychiatrists. Gynecologists were large prescribers. Clonazepam was the most prescribed agent, 75.5% of doctors interviewed and also the most used by patients - 30.44%. The main medical reason for prescription was the relief of symptoms and complaints (66.9%). Doctors are covered for repetitive emissions requested by relatives, friends (77.55%) and several patients (95.51%). 67.10% of physicians attending this type of request made by patients and 62.10% of those made by friends and relatives. The recommendations provided by the medical profession mainly addressed dependence risk (27.19%). Medical rare warned about the risks of falling (2.92%) or cognitive impairment (4.60%). It was observed that women were the majority among the respondents - 80.4%, consuming benzodiazepines for anxiety, depression and insomnia. 65.3% of patients were prescribed always use the same médico.Pacientes BZPs for an average time of at least 15 months. Dependence is practically the only known risk to patients. Patients favor self-medication, sharing BZPs. There was affirmation of trial and purchase of benzodiazepines without prescription. CONCLUSION: The use of BZPs is widespread in prescription habits. Medical recommendations lack a basis in the current assigned risk to benzodiazepines. Most patients are unaware of risks of chronic use, except dependency. This knowledge does not limit or restrict consumption. There were reports without prescription buying and sharing drugs, self-medication. === Sintetizados na década de 50, os benzodiazepínicos (BZPs) rapidamente conquistaram médicos e pacientes pela sua aparente segurança: poucos efeitos colaterais e baixa toxicidade. Ao fim dos anos 70 começaram a ser apontados como nocivos à saúde pela possibilidade de dependência. OBJETIVO GERAL: Caracterizou o consumo de benzodiazepínicos em Teresina a partir de um estudo dos critérios médicos para sua prescrição, bem as características de utilização pelos pacientes JUSTIFICATIVA: Segundo a OMS, tem-se cerca de 400 milhões de vítimas de desordens mentais ou problemas psicossociais decorrentes do uso agentes psicoativos licícitos ou ilícitos. Dentre estas vítimas estão àquelas dependentes de psicotrópicos, sobretudo, de BZPs, visto que os mesmos figuram dentre os medicamentos mais vendidos do mundo, acarretando mudanças de comportamento e dependência. METODOLOGIA: Inquérito epidemiológico descritivo sobre o consumo dos BZPs em Teresina, a partir da análise de critérios prescritivos da classe médica, em consultórios e clínicas de Teresina, da rede privada e da sua utilização por pacientes. RESULTADOS: Verificou-se que a prescrição de BZPs é realizada por especialistas diversos e não apenas por psiquiatras. Ginecologistas foram grandes prescritores. O clonazepam foi o agente mais prescrito, 75,5% dos médicos entrevistados e também o mais utilizado por pacientes – 30,44%. A principal justificativa médica para prescrição foi o alívio de queixas e sintomas (66,9%). Os médicos são abordados para emissões repetitivas solicitadas por parentes, amigos (77,55%) e pacientes diversos (95,51%). 67,10% dos médicos atendem a este tipo de solicitaçao feita por pacientes e 62,10% daquelas feitas por amigos e parentes. As recomendações fornecidas pela classe médica abordaram principalmente risco de dependência (27,19%). Raros médicos alertaram quanto aos riscos de queda (2,92%) ou déficit cognitivo (4,60%). Foi observado que as mulheres foram maioria dentre os entrevistados – 80,4%, consumindo benzodiazepínicos para ansiedade, depressão e insônia. 65,3% dos pacientes foram prescritos sempre pelo mesmo médico.Pacientes usam BZPs por tempo médio de pelo menos 15 meses. A dependência é praticamente o único risco conhecido pelos pacientes. Pacientes favorecem a automedicação, compartilhando BZPs. Houve afirmação de tentativa e compra de benzodiazepínicos sem receituário. CONCLUSÃO: O uso de BZPs se encontra disseminado nos hábitos de prescrição médica. Recomendações médicas carecem de embasamento no atual risco atribuido aos benzodiazepínicos. A maioria dos pacientes desconhecem riscos de uso crônico,exceto dependência. Este conhecimento não limita ou restringe o consumo. Houve relatos de compra sem receita e compartilhamento de fármacos, automedicação.