Análise sociofuncionalista da ordenação de cláusulas hipotáticas adverbais temporais no Espanhol mexicano oral

CAVALCANTE, Sávio André de Souza. Análise sociofuncionalista da ordenação de cláusulas hipotáticas adverbais temporais no Espanhol mexicano oral. 2015. 184f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Letras Vernáculas, Programa de Pós-graduação em Linguística, Fortale...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Cavalcante, Sávio André de Souza
Other Authors: Coan, Márluce
Language:Portuguese
Published: www.teses.ufc.br 2015
Subjects:
Online Access:http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/12620
Description
Summary:CAVALCANTE, Sávio André de Souza. Análise sociofuncionalista da ordenação de cláusulas hipotáticas adverbais temporais no Espanhol mexicano oral. 2015. 184f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Letras Vernáculas, Programa de Pós-graduação em Linguística, Fortaleza (CE), 2015. === Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2015-06-05T13:35:01Z No. of bitstreams: 1 2015_dis_sascavalcante.pdf: 1539806 bytes, checksum: b0e697ac00980dc86a6dc66ae170eb59 (MD5) === Approved for entry into archive by Márcia Araújo(marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2015-06-05T13:37:40Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_dis_sascavalcante.pdf: 1539806 bytes, checksum: b0e697ac00980dc86a6dc66ae170eb59 (MD5) === Made available in DSpace on 2015-06-05T13:37:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_dis_sascavalcante.pdf: 1539806 bytes, checksum: b0e697ac00980dc86a6dc66ae170eb59 (MD5) Previous issue date: 2015 === O trabalho em questão tem como objetivo verificar a atuação de fatores linguísticos e extralinguísticos na ordenação de orações subordinadas adverbiais temporais em Língua Espanhola (LE), especificamente, no Espanhol mexicano oral. Apesar do posicionamento normativo de gramáticas tradicionais de LE (NEBRIJA, 1492; REAL ACADEMIA ESPAÑOLA, 1781), que prescrevem a posposição, essas orações também aparecem, comumente, antepostas ou intercaladas à principal. A pesquisa conta com aparato teórico da Sociolinguística variacionista (LABOV, 1972a, 1978, 1994, 2001, 2003, 2010), do Funcionalismo linguístico (HOPPER, 1991; HOPPER; THOMPSON, 1980; HALLIDAY, 1985; HOPPER; TRAUGOTT, 1993; GIVÓN, 1971, 1991, 1995, 2001) e da articulação teórica entre as duas correntes, denominada Sociofuncionalismo (TAVARES, 2003). Quanto aos procedimentos metodológicos, 24 entrevistas foram analisadas e, delas, extraídas as orações que compuseram esta análise. Ao total, um número de 389 dados de temporais em diversas posições foram codificados de acordo com a atuação de fatores linguísticos (relação cronológico-temporal, tipo de oração e de conectivo, extensão da oração temporal, paralelismo sintático, topicidade, estatuto informacional dos sujeitos da oração principal e da temporal, relações lógico-semânticas e funções textual-discursivas) e extralinguísticos (idade do falante e escolaridade do falante). Após a codificação, os dados passaram por análise estatística através do software Goldvarb, que calculou frequências e pesos relativos, atestando maior ou menor relevância dos fatores em cada uma das três posições que a temporal pode assumir. Os resultados mostram que a anteposição está se convertendo na posição mais comum da temporal em relação à principal (220 dos 389 dados ao todo – 56.6%). Além do mais, também pode ser condicionada pelos seguintes fatores, em cada grupo: funções textual-discursivas (fator guia), estatuto informacional dos sujeitos da oração principal e da temporal (fator temporal com sujeito dado e principal com sujeito novo), paralelismo sintático (fator anteposição), escolaridade do falante (fator nível médio) e relação cronológico-temporal (fatores simultaneidade e anterioridade), nessa ordem. Quanto à posposição, com 101 dos 389 dados no total (26%), os seguintes grupos, com seus fatores, nessa ordem, mostraram-se extremamente relevantes para explicá-la: relação cronológico-temporal (fator posterioridade), funções textual-discursivas (fator figura/temporal atípica), idade do falante (fator maiores de 55 anos), relações lógico-semânticas (fatores tempo e concessão e tempo prototípico) e paralelismo sintático (fatores intercalação e posposição). Em relação à intercalação, que se apresentou em 68 dos 389 dados gerais (17.5%), seus condicionamentos mais relevantes foram, nessa ordem: paralelismo sintático (fator posposição), funções textual-discursivas (fatores fundo guia e figura/temporal atípica) e relação cronológico-temporal (fator simultaneidade). Conclui-se que os grupos funções textual-discursivas, paralelismo sintático e relação cronológico-temporal são extremamente importantes no que diz respeito à explicação da ordem das temporais, pois foram selecionados nas rodadas das três variantes em análise. Notou-se, também, que a temporal assume, com frequência, novas funções para além de fundo cenário/moldura, a saber: figura e guia. Além disso, apresenta o valor semântico de tempo amalgamado a outros, a saber: motivo, condição, concessão. Essas funções e relações semânticas motivam ordens alternativas. Quanto à idade dos falantes, percebeu-se que os mais jovens estão sendo a parcela da sociedade que motiva a variante inovadora anteposição, enquanto os mais velhos ainda mantêm o padrão normativo-tradicional da posposição. === El trabajo en cuestión tiene como objetivo verificar la actuación de factores lingüísticos y extralingüísticos en la ordenación de oraciones subordinadas adverbiales temporales en Lengua Española (LE), específicamente, en el Español mexicano oral. A pesar del posicionamiento normativo de gramáticas tradicionales de LE (NEBRIJA, 1492; REAL ACADEMIA ESPAÑOLA, 1781), que prescriben la posposición, esas oraciones también aparecen, comúnmente, antepuestas o intercaladas a la principal. La investigación cuenta con aporte teórico de la Sociolingüística variacionista (LABOV, 1972a, 1978, 1994, 2001, 2003, 2010), del Funcionalismo lingüístico (HOPPER, 1991; HOPPER; THOMPSON, 1980; HALLIDAY, 1985; HOPPER; TRAUGOTT, 1993; GIVÓN, 1971, 1991, 1995, 2001) y de la articulación teórica entre las dos corrientes, nombrada Sociofuncionalismo (TAVARES, 2003). En cuanto a los procedimientos metodológicos, se analizaron 24 entrevistas y, de ellas, extraídas las oraciones que compusieron este análisis. En el total, un número de 389 datos de temporales en diversas posiciones se han codificado de acuerdo con la actuación de factores lingüísticos (relación temporal, tipo de oración y de conector, extensión de la oración temporal, paralelismo sintáctico, topicidad, estatuto informacional de los sujetos de la oración principal y de la temporal, relaciones lógico-semánticas y funciones textual-discursivas) y extralingüísticos (edad del hablante y escolaridad del hablante). Después de la codificación, los datos pasaron por análisis estadístico a través del software Goldvarb, que calculó frecuencias y probabilidades, atestando más grande o más pequeña relevancia de los factores en cada una de las tres posiciones que la temporal puede asumir. Los resultados muestran que la anteposición está convirtiéndose en la posición más común de la temporal en relación con la principal (220 de los 389 datos en el total – 56.6%). Además, también puede ser condicionada por los siguientes factores, en cada grupo: funciones textual-discursivas (factor guía), estatuto informacional de los sujetos de la oración principal y de la temporal (factor temporal con sujeto dado y principal con sujeto nuevo), paralelismo sintáctico (factor anteposición), escolaridad del hablante (factor nivel medio) y relación cronológico-temporal (factores simultaneidad y anterioridad), en este orden. En cuanto a la posposición, con 101 datos en el total (26%), los siguientes grupos, con sus factores, en este orden, se revelaron extremamente relevantes para explicarla: relación cronológico-temporal (factor posterioridad), funciones textual-discursivas (factor información prominente/temporal atípica), edad del hablante (factor mayores de 55 años), relaciones lógico-semánticas (factores tiempo y concesión y sólo tiempo) y paralelismo sintáctico (factores intercalación y posposición). En relación con la intercalación, que se presentó en 68 de los 389 datos generales (17.5%), sus condicionamientos más relevantes fueron, en este orden: paralelismo sintáctico (factor posposición), funciones textual-discursivas (factores trasfondo guía e información prominente/temporal atípica) y relación cronológico-temporal (factor simultaneidad).Se concluye que los grupos funciones textual-discursivas, paralelismo sintáctico y relación cronológico-temporal son extremadamente importantes en lo que respecta a la explicación del orden de las temporales, pues se seleccionaron en las rondas de las tres variantes en análisis. Se percibió, también, que la temporal asume, con frecuencia, nuevas funciones además de trasfondo escenario/moldura, a saber: trasfondo y guía. Además de eso, se presenta el valor semántico de tiempo amalgamado a otros, a saber: motivo, condición, concesión. Esas funciones y relaciones semánticas motivan posiciones alternativas. En cuanto a la edad de los hablantes, se percibió que los más jóvenes son la parcela que más motiva la variante innovadora anteposición, mientras los más viejos aún mantienen el patrón normativo-tradicional de la posposición.