Summary: | This paper has as object of study the Occupational Therapy profession in its relations with the work category and the social public politics. The research aimed, in general, to analyze the insertion of the occupational therapist in the social division of work, as a salaried professional, and its relation to the capitalist State. To do so, it was necessary to analyze the foundations of the division of work and the process of wage in the professions within the capitalist society; understanding the foundations of the State and its role in managing social conflicts, through the addition of professionals for executing social politics; as well as reflecting over the process of building and developing of Occupational Therapy as a profession in the context of changing in work and social politics. For the developing of the investigation, bibliographic and documental research were made, having as basis the Marxian and Marxist referential in order to reflect about the object in an ontological perspective. In the literature of Occupational Therapy, it was possible to identify different ways of analyzing and conceiving the historical foundations of the profession, being possible to categorize this production in: endogenist and historical-critical. Aiming to strengthen the historical-critical field, we effort to retake the genesis and development of occupational therapy, in a radically critical perspective, using as basis the work as the founding category of the social being. The study allowed to identify that the insertion of Occupational Therapy in the work social division is configured as result of a historical process, dependent of the forms that the State acts over the expression of the social matter and, consequently, of the configuration of the classes fight and the conformation of the State social politics in the context of the monopolist capitalism. It was possible to notice that in the Brazilian context, the Occupational Therapy has been through a reconfiguration of the professional process, with the addition of new professional attributions and areas, as result of the societal Brazilian changes. In this configuration, the occupational therapist is gradually quitting being an exclusively professional of the physical rehabilitation and the mental health area, and inserting in the public politics area, social assistance and also in the social-juridical field, in the prison system and in social-educative measurements for children and teenagers. This way, we found that it is in course the beginning of a larger range of its functions in the reproduction of the social relations, maintaining, however, the emphasis in the acting over the problems concerned to the occupational dimension of the social subjects. === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === Este trabalho tem como objeto de estudo a profissão de Terapia Ocupacional, em suas relações com o trabalho e as políticas sociais públicas. A pesquisa teve como objetivo geral analisar a inserção do terapeuta ocupacional na divisão social do trabalho, enquanto profissional assalariado, e a relação entre este e o Estado capitalista. Para isso, foi necessário analisar os fundamentos da divisão do trabalho e o processo de assalariamento das profissões, na sociedade capitalista; entender os fundamentos do Estado e seu papel na administração dos conflitos sociais, através da incorporação de profissionais, para execução das políticas sociais; bem como, refletir sobre o processo de constituição e desenvolvimento da Terapia Ocupacional, enquanto profissão, no contexto de transformações no trabalho e nas políticas sociais. Para o desenvolvimento da investigação realizamos pesquisas bibliográfica e documental, tomando como base os referenciais marxiano e marxista, com o intuito de refletir sobre o objeto em questão, numa perspectiva ontológica. Na literatura da Terapia Ocupacional, identificamos diferentes modos de analisar e conceber os fundamentos históricos da profissão, o que tornou possível categorizar essa produção em endogenista e histórico-crítica. Foi no sentido de fortalecer a corrente histórico-crítica, que buscamos retomar a gênese e desenvolvimento da Terapia Ocupacional, numa perspectiva radicalmente crítica, tomando o trabalho, como categoria fundante do ser social. O estudo permitiu-nos identificar que a inserção da Terapia Ocupacional, na divisão social do trabalho, configura-se como resultado de um processo histórico, dependente das formas de intervenção estatal sobre as expressões da questão social e, conseqüentemente, da configuração da luta de classes e da conformação das políticas sociais do Estado, no contexto do capitalismo monopolista. Notamos também, que no contexto brasileiro, a Terapia Ocupacional vem passando por um processo de reconfiguração profissional, com a incorporação de novas atribuições profissionais e novas áreas de atuação, decorrentes das transformações societárias brasileiras. Nessa reconfiguração, o terapeuta ocupacional vem deixando de ser um profissional exclusivamente da reabilitação física e da saúde mental, passando a inserir-se nas políticas de saúde, assistência social e, também, no campo sociojurídico, notadamente no sistema prisional e no sistema de medidas socioeducativas, para crianças e adolescentes. Dessa forma, constatamos que está em curso uma ampliação de sua função, na reprodução das relações sociais, mantendo-se, porém, a ênfase de atuação nas problemáticas voltadas para a dimensão ocupacional dos sujeitos sociais.
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