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Previous issue date: 2016-08-30 === CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === Gadamer desenvolve sua ontologia da obra de arte recorrendo ao conceito de jogo para expressar o modo de ser obra da arte, salientando a importância de libertar o conceito do significado subjetivo que, desde a estética de Kant, prevaleceu para a abordagem da arte bela. A julgar pela natureza hermenêutica da sua investigação, ele parece ter em vista a intenção de contrapor a necessidade de uma mediação histórica do conteúdo da arte diante da noção estética que privilegia a simples distinção formal da arte. De fato, isto sugere um confronto com a noção de jogo livre das faculdades da imaginação e do entendimento de Kant que se refere ao estado ideal do ânimo quando este está inclinado a reconhecer algo como belo e que é
autônomo de questões de conteúdo na perspectiva de uma distinção formal. Além disso, para Kant, no caso das obras de arte, a possibilidade de ajuizamento da beleza seria mediada pelo conceito de forma da arte em questão, onde a música acaba sendo definida como o “belo jogo das sensações do ouvido”. Cabe perceber, desta forma, que na música encontramos uma confluência das dimensões estética,
hermenêutica e formal através do mesmo conceito de jogo, o que permite considerar a leitura gadameriana do juízo estético sob as peculiaridades da arte musical. Assim, o propósito deste estudo é averiguar a tensão existente entre uma consideração do belo musical enquanto dependente de uma autonomia estética ou enquanto dotado
de questões de conteúdo para o qual a forma tem que ser referente. Esta situação problema será apresentada a partir da forma musical de um exemplo específico – a saber: o final da primeira sonata Royal Winter Music de Hans Werner Henze – para mostrar como aspectos da teoria kantiana e gadameriana podem ser significativos para a compreensão da experiência musical. === Gadamer develops its ontology of the artwork using the play concept to express the mode of being of the work of art, stressing the importance of freeing the concept from the subjective meaning that, since Kant's aesthetics, prevailed in the approach the beautiful art. Judging by the hermeneutic nature of his research, he seems to have in mind the intention of counteracting the need for a art content's historical mediation on the aesthetic notion that favors simple formal distinction of art. In fact, this suggests a confrontation with Kant's notion of free play of the faculties of imagination and understanding, referred to the ideal state of mind when it is inclined to recognize
something as beautiful and autonomous from content issues in a perspective of formal distinction. Moreover, for Kant, in the case of works of art, the possibility of beauty judgment would be mediated by the concept of art form in question, where the music ends up being defined as the "beautiful play of ear sensations”. In this way, it should be noted that in music we find a confluence of aesthetic, hermeneutics and formal's dimensions through the same play concept, what allowing the consideration of Gadamer's reading of aesthetic judgment under the peculiarities of musical art. Thus, the purpose of this study is to ascertain the tension between a consideration of the musical beautiful as dependent on an aesthetic autonomy or as endowed with content issues for which the musical form has to be related. This problem situation is presented from the musical form of a specific example – namely: the end of the Hans Werner Henze's Royal Winter Music first sonata – to show how aspects of the theories of Kant and Gadamer can be significant for understanding the musical experience.
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