A comunicação profissional-paciente em oncologia: uma compreensão psicanalítica

Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2016-02-15T15:20:03Z No. of bitstreams: 1 Daniela Cristina Silva Bianchini_.pdf: 718572 bytes, checksum: a96f287904a4545e0ab4534c47f2282c (MD5) === Made available in DSpace on 2016-02-15T15:20:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dan...

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Bibliographic Details
Main Author: Bianchini, Daniela Cristina Silva
Other Authors: http://lattes.cnpq.br/1884508423298536
Language:Portuguese
Published: Universidade do Vale do Rio dos Sinos 2016
Subjects:
Online Access:http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5005
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Oncologia
Satisfação do paciente
Qualidade de vida
Oncology
Patient satisfaction
Quality of life
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Bianchini, Daniela Cristina Silva
A comunicação profissional-paciente em oncologia: uma compreensão psicanalítica
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O segundo estudo apresenta a percepção dos profissionais que atendem pacientes com câncer no que tange o processo de comunicação. Foram entrevistados 14 profissionais de diferentes áreas que trabalham com pacientes com câncer, entre elas: medicina, psicologia, enfermagem, terapia ocupacional, odontologia, fisioterapia e nutrição. Ambos os estudos foram qualitativos exploratórios. Os instrumentos utilizados foram uma ficha de dados sociodemográficos, clínicos e profissionais e um roteiro de entrevista semi-estruturada elaborado para cada grupo de entrevistados. As entrevistas foram gravadas em áudio e transcritas na íntegra. Os dados foram analisados em três etapas: a) leitura inicial sem julgamentos (“naive”); b) análise estrutural e categorização do conteúdo; e c) interpretação crítica e discussão. Por fim, dois juízes independentes avaliaram os conteúdos da entrevista quanto às categorias emergentes. Obteve-se um índice Kappa de 0,834, para análise do estudo 1 e 0,842 para o estudo 2, representando alta concordância. Foram criadas três categorias, que foram utilizadas nos dois estudos: 1) Comunicação Técnica: provisão de informação sobre o diagnóstico, tratamento e/ou prognóstico, de forma técnica, orientada para a doença do paciente; 2) Comunicação Técnica com Suporte Emocional: provisão de informação orientada para a doença e também suporte emocional; 3) Comunicação Insuficiente: comunicação com falhas ou que carece de informações, deixando o paciente com dúvidas e/ou inseguro. No estudo 1, os resultados evidenciaram que a comunicação com suporte emocional contribuiu para uma maior satisfação e saúde psicológica do paciente durante o tratamento oncológico. Percepções mais negativas em relação à comunicação com os profissionais de saúde estavam vinculadas às falhas na troca de informações, sensação de distanciamento emocional e ausência de interesse por aspectos pessoais do paciente. No estudo 2, os resultados apontaram para a importância do trabalho interdisciplinar e, a partir disso, à maior facilidade em estabelecer uma comunicação efetiva que contemple as complexas demandas do paciente oncológico. Ademais, a empatia, a provisão de esperança e a escuta ativa foram apontadas como qualidades essenciais para a comunicação efetiva entre profissional-paciente em oncologia. Os achados de ambos os estudos podem ser úteis no planejamento de estratégias comunicacionais que favoreçam o aumento da satisfação e bem-estar do paciente com câncer. === This dissertation consists of two empirical articles written from the survey conducted about professional-patient communication in oncology. The first study is about the perception of professional-patient communication from the standpoint of cancer patients. Fourteen adult patients who were taken chemotherapy were interviewed. They were in different stages of the disease (seven metastatic) and eight were men. The second study presents the perceptions of professionals who treat cancer patients regarding the communication process. Fourteen different professionals who work with cancer patients were interviewed, including: medicine, psychology, nursing, occupational therapy, dentistry, physiotherapy and nutrition. Both studies were qualitative and exploratory. The instruments used were: a sociodemographic, clinic and professional data questionnaire and a semi-structured interview designed for each group of respondents. The interviews were audio-recorded and transcribed. The data were analyzed in three stages: a) initial reading without judgment (“naive”); b) structural analysis and categorization of content; and c) critical interpretation and discussion. Finally, two independent judges evaluated the interview content as emerging categories. The Kappa index were 0,834 in the first study and 0,842 in the second study, representing strong agreement. Three categories were created and used in both studies: 1) Technical Communication: information provision about diagnosis, treatment and/or prognosis in a technical way oriented for the disease; 2) Technical Communication with Emotional Support: information provision oriented to disease and emotional support; 3) Insufficient Communication: failed communication which leaves the patient with questions and/or unsafe. In study 1, results showed that communication with emotional support contributed improving satisfaction and psychological health during cancer treatment. Negative perceptions regarding communication with health professionals were linked with failures in the exchange of information, sense of emotional detachment and lack of interest on personal aspects. In study 2, results point the importance of interdisciplinary work and the establishment of an effective communication that incorporates the complex demands of cancer patients. Moreover, empathy, providing hope and active listening were identified as essential qualities for effective communication between professional-patient. The findings of both studies may be useful in planning communication strategies to encourage an increase of satisfaction and well-being of patients with cancer.
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No. of bitstreams: 1 Daniela Cristina Silva Bianchini_.pdf: 718572 bytes, checksum: a96f287904a4545e0ab4534c47f2282c (MD5) Previous issue date: 2015-04-24 UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos Esta dissertação é composta por dois artigos empíricos escritos a partir da pesquisa realizada sobre a comunicação profissional–paciente em oncologia. O primeiro estudo refere-se à percepção da comunicação profissional-paciente sob o enfoque dos pacientes com câncer. Foram entrevistados 14 pacientes adultos que estavam realizando quimioterapia, em diferentes estágios da doença (sete metastáticos). Destes, oito eram homens. O segundo estudo apresenta a percepção dos profissionais que atendem pacientes com câncer no que tange o processo de comunicação. Foram entrevistados 14 profissionais de diferentes áreas que trabalham com pacientes com câncer, entre elas: medicina, psicologia, enfermagem, terapia ocupacional, odontologia, fisioterapia e nutrição. Ambos os estudos foram qualitativos exploratórios. Os instrumentos utilizados foram uma ficha de dados sociodemográficos, clínicos e profissionais e um roteiro de entrevista semi-estruturada elaborado para cada grupo de entrevistados. As entrevistas foram gravadas em áudio e transcritas na íntegra. Os dados foram analisados em três etapas: a) leitura inicial sem julgamentos (“naive”); b) análise estrutural e categorização do conteúdo; e c) interpretação crítica e discussão. Por fim, dois juízes independentes avaliaram os conteúdos da entrevista quanto às categorias emergentes. Obteve-se um índice Kappa de 0,834, para análise do estudo 1 e 0,842 para o estudo 2, representando alta concordância. Foram criadas três categorias, que foram utilizadas nos dois estudos: 1) Comunicação Técnica: provisão de informação sobre o diagnóstico, tratamento e/ou prognóstico, de forma técnica, orientada para a doença do paciente; 2) Comunicação Técnica com Suporte Emocional: provisão de informação orientada para a doença e também suporte emocional; 3) Comunicação Insuficiente: comunicação com falhas ou que carece de informações, deixando o paciente com dúvidas e/ou inseguro. No estudo 1, os resultados evidenciaram que a comunicação com suporte emocional contribuiu para uma maior satisfação e saúde psicológica do paciente durante o tratamento oncológico. Percepções mais negativas em relação à comunicação com os profissionais de saúde estavam vinculadas às falhas na troca de informações, sensação de distanciamento emocional e ausência de interesse por aspectos pessoais do paciente. No estudo 2, os resultados apontaram para a importância do trabalho interdisciplinar e, a partir disso, à maior facilidade em estabelecer uma comunicação efetiva que contemple as complexas demandas do paciente oncológico. Ademais, a empatia, a provisão de esperança e a escuta ativa foram apontadas como qualidades essenciais para a comunicação efetiva entre profissional-paciente em oncologia. Os achados de ambos os estudos podem ser úteis no planejamento de estratégias comunicacionais que favoreçam o aumento da satisfação e bem-estar do paciente com câncer. This dissertation consists of two empirical articles written from the survey conducted about professional-patient communication in oncology. The first study is about the perception of professional-patient communication from the standpoint of cancer patients. Fourteen adult patients who were taken chemotherapy were interviewed. They were in different stages of the disease (seven metastatic) and eight were men. The second study presents the perceptions of professionals who treat cancer patients regarding the communication process. Fourteen different professionals who work with cancer patients were interviewed, including: medicine, psychology, nursing, occupational therapy, dentistry, physiotherapy and nutrition. Both studies were qualitative and exploratory. The instruments used were: a sociodemographic, clinic and professional data questionnaire and a semi-structured interview designed for each group of respondents. The interviews were audio-recorded and transcribed. The data were analyzed in three stages: a) initial reading without judgment (“naive”); b) structural analysis and categorization of content; and c) critical interpretation and discussion. Finally, two independent judges evaluated the interview content as emerging categories. The Kappa index were 0,834 in the first study and 0,842 in the second study, representing strong agreement. Three categories were created and used in both studies: 1) Technical Communication: information provision about diagnosis, treatment and/or prognosis in a technical way oriented for the disease; 2) Technical Communication with Emotional Support: information provision oriented to disease and emotional support; 3) Insufficient Communication: failed communication which leaves the patient with questions and/or unsafe. In study 1, results showed that communication with emotional support contributed improving satisfaction and psychological health during cancer treatment. Negative perceptions regarding communication with health professionals were linked with failures in the exchange of information, sense of emotional detachment and lack of interest on personal aspects. In study 2, results point the importance of interdisciplinary work and the establishment of an effective communication that incorporates the complex demands of cancer patients. Moreover, empathy, providing hope and active listening were identified as essential qualities for effective communication between professional-patient. The findings of both studies may be useful in planning communication strategies to encourage an increase of satisfaction and well-being of patients with cancer. 2016-02-15T15:20:03Z 2016-02-15T15:20:03Z 2015-04-24 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5005 por info:eu-repo/semantics/openAccess Universidade do Vale do Rio dos Sinos Programa de Pós-Graduação em Psicologia Unisinos Brasil Escola de Saúde reponame:Repositório Institucional da UNISINOS instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos instacron:UNISINOS