A maquinaria escolar na produção de subjetividades para uma sociedade inclusiva

Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2015-05-15T13:49:10Z No. of bitstreams: 1 ElianaMenezesEducacao.pdf: 1555677 bytes, checksum: de1ef75d7d65a6f8b08890c3b0b08438 (MD5) === Made available in DSpace on 2015-05-15T13:49:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 ElianaMenezesE...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Menezes, Eliana da Costa Pereira de
Other Authors: http://lattes.cnpq.br/3876751682370290
Language:Portuguese
Published: Universidade do Vale do Rio dos Sinos 2015
Subjects:
Online Access:http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3544
Description
Summary:Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2015-05-15T13:49:10Z No. of bitstreams: 1 ElianaMenezesEducacao.pdf: 1555677 bytes, checksum: de1ef75d7d65a6f8b08890c3b0b08438 (MD5) === Made available in DSpace on 2015-05-15T13:49:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 ElianaMenezesEducacao.pdf: 1555677 bytes, checksum: de1ef75d7d65a6f8b08890c3b0b08438 (MD5) Previous issue date: 2011-02-23 === CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === A presente Tese, a partir das teorizações de Michel Foucault, busca empreender uma análise de inspiração genealógica sobre as práticas operadas pela escola, compreendida como maquinaria de normalização a serviço do Estado para a produção de subjetividades inclusivas. Para tanto, operando com as conceituações de governamentalidade, normalização e subjetivação, faz uma análise de dois grupos de materiais: um primeiro constituído pelo conjunto de políticas educacionais na perspectiva inclusiva, produzidas nos últimos anos no Brasil, e um segundo composto por registros de práticas escolares arquivados no acervo de uma escola pública estadual. Da análise empreendida, foi possível compreender a inclusão como um imperativo da atual racionalidade política que encontra na aliança com a escola possibilidades de produção de subjetividades adequadas ao modo de vida da sociedade contemporânea, gestada pela governamentalidade neoliberal. Tais subjetividades são produzidas, entre outras instâncias, pela escola, a partir do deslocamento das ações disciplinares, quando se vê o exercício da subjetivação focado na disciplina e nas relações de saber poder, para as ações de seguridade, quando é possível perceber a emergência de uma subjetivação focada também no sujeito e na sua capacidade de autogestão, auto investimento, autoanálise, etc. De um tipo específico de sujeito, produzido em uma lógica moderna, subjetivado à passividade, à obediência e ao disciplinamento, passa se a precisar de um tipo de sujeito criativo, ativo, empreendedor, produzido na lógica contemporânea. Nesse sentido, toma se tal deslocamento como condição de possibilidade para a produção de subjetividades inclusivas que, pelas práticas escolares, deverão aprender como se autogestar, cada vez mais e melhor, desenvolvendo condições de inclusão e permanência no jogo econômico do neoliberalismo. Considerando que, por uma questão de seguridade, todos devem participar das tramas da economia, a preocupação com o outro, naturalizada como uma questão de princípios morais, passa a ser compreendida como uma questão de investimento do sujeito em si mesmo. Uma vez que todos tenham desenvolvido condições de inclusão (e permanência) nas tramas econômicas do neoliberalismo, a operação da seguridade, pela aliança entre Estado e escola, terá conquistado seus objetivos. === Grounded on Michel Foucault’s theorizations, this thesis aims at carrying out a genealogically inspired analysis of practices operated by school, which is here understood as a normalization machine working for the State in the production of inclusive subjectivities. By operating with the concepts of governmentality, normalization, and subjectivation, it analyzes two sets of materials: the first is constituted of education policies in the inclusion perspective, as they have been produced in Brazil in recent years; the second is composed of records of school practices belonging to a State public school. From the analysis, it has been possible to understand inclusion as an imperative in the current political rationale, which, in its alliance with school, finds possibilities of production of subjectivities that fit the life style of contemporary society, which has been generated by the neoliberal governmentality. The school is one of the several places in which such subjectivities are produced, in adisplacement from disciplinary actions, where the exercise of subjectivation is focused on both discipline and knowledge power relations, to security actions, where it is possible to notice the emergence of a subjectivation focused both on the subject and on one’s capacity for self management, self investment, self analysis, etc. From a specific kind of subject, produced in a modern logic, one that is subjectivated for passivity, obedience, and self discipline, another kind of subject becomes necessary, one that is creative, active, entrepreneur, produced in the contemporary logic. In this sense, this displacement is taken as a possibility condition for the production of inclusive subjectivities that, through school practices, must learn how to manage themselves, increasingly better, thus developing conditions for inclusion and permanence in the economic game of neo liberalism. Considering that due to a security issue everybody should participate in the economy weavings, the concern about the other, which has been naturalized as a matter of moral principles, starts to be understood as a matter of subjects’ self investment. Once everybody develops conditions for inclusion (and permanence) in the economic weavings of neo liberalism, the operation of security, through the alliance between State and school, will have attained its objectives.