Associação entre a ingestão de macronutrientes e a obesidade abdominal com a doença arterial coronária

Introdução: A incidência da doença arterial coronária é uma das principais causas de morbidade e motalidade em diversos países e o estudo dos fatores de risco têm grande importância na prevenção e no tratamento dessa enfermidade. Entre outros fatores, a obesidade e a obesidade abdominal têm sido ass...

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Bibliographic Details
Main Author: Cammerer, Magda Ambros
Other Authors: Manfroi, Waldomiro Carlos
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2007
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/7261
Description
Summary:Introdução: A incidência da doença arterial coronária é uma das principais causas de morbidade e motalidade em diversos países e o estudo dos fatores de risco têm grande importância na prevenção e no tratamento dessa enfermidade. Entre outros fatores, a obesidade e a obesidade abdominal têm sido associadas com a maior incidência de DAC. A ingestão diária de nutrientes também pode estar relacionada com essa doença, porém, uma vez que a alimentação é complexa e contém diversos nutrientes, ainda não foi possível elucidar o impacto da alimentação no risco de desenvolver a doença arterial coronária. Objetivo: Avaliar a relação entre o consumo alimentar diário, a presença de obesidade abdominal e achados angiográficos de obstrução arterial em pacientes portadores de cardiopatia isquêmica, submetidos a cateterismo cardíaco. Métodos: Foi realizado um estudo transversal, com 284 pacientes submetidos a cateterismo cardíaco, da unidade de hemodinâmica de um hospital universitário. Foi avaliada a RCQ, o IMC, a ingestão alimentar diária através de um inquérito nutricional, a análise bioquímica do sangue e a avaliação do laudo do cateterismo cardíaco. Resultados: Dos pacientes avaliados, 172 indivíduos (60,6%) apresentavam alterações em uma ou mais artérias coronárias. A ingestão média diária de calorias foi de 2450,56 Kcal/dia. O consumo de proteínas foi em média 1,66 g/Kg/dia, de carboidratos foi de 3,83 g/Kg/dia e de lipídeos foi de 1,21 g/Kg/dia. A idade, o sexo masculino, os níveis séricos de triglicerídeos, o consumo de álcool e a glicemia em jejum foram estatisticamente significativos na análise multivariada. Conclusão: Nos pacientes avaliados, o consumo diário de calorias encontra-se adequado, porém a ingestão de proteínas, carboidratos e lipídeos estão inadequados. Em relação aos fatores de risco para DAC, as mulheres apresentaram maior associação para desenvolver a síndrome metabólica do que os homens. === Introduction: the incidence of coronary heart disease (CHD) remains the main cause of morbidity and mortality among adults, and the study of risk factors is important in the prevention and treatment of this disease. Between other factors, obesity and abdominal obesity have been associated with CHD. Daily intake of nutrients can be related with this disease, however, daily diet is complex and contains several nutrients and foods, and the specific impact of diet on the risk of coronary heart disease has not yet been accurately explained or quantified . Objective: to evaluate the relation between daily intake and abdominal obesity and angiography findings of coronary obstruction in patients with isquemic cardiopatic, submitted to a cardiac catheterization. Methods: a cross study with 284 patients submitted a cardiac catheterization of the Hemodynamics Unit. It was evaluated the waist-rip-ratio, body mass index and daily intake. Results: Coronary obstruction was observed in 172 (60.6%) patients with abnormalities in one or more arteries. The analysis of macronutrient intake showed that mean protein intake was 1.66 ± 0.65 g/Kg/day, mean carbohydrate intake was 9.83 ± 1.45 g/Kg/day and mean lipid intake was 1.21 ± 0.58 g/Kg/day. Age, male sex, tryglicerides, alcohol intake and fasting glucose was statistically significant in multivariate analysis. Conclusion: the energy intake is adjust, but the protein, carbohydrate and lipids are not. In relation to the others risk factors for CHD, the women were more significantly associated with the risk to develop metabolic syndrome than in men, which confirmed findings in other studies.