Summary: | O presente estudo apresenta indícios de um aprender como ato a partir de um trajetar da pesquisadora nos ambientes escolares e, em especial, em turmas do segundo ano do Ensino Fundamental, numa escola municipal localizada no Vale do Rio dos Sinos, Rio Grande do Sul, Brasil. Com uma proposta vinculada ao projeto Civitas – LELIC/PPGEDU/UFRGS, as tessituras do escrito dialogam com a produção do filósofo russo Mikhail Bakhtin, tendo como objeto de análise os enunciados produzidos pelos sujeitos atuantes na pesquisa (alunos/as; professorapesquisadora). Nessa perspectiva, a metodologia utilizada, singularmente, se apresenta como um ato ético-estético que se entrelaça, acolhe e enuncia modos singulares de ver, conceber e sentir o processo de aprendizagem e, mais precisamente, ao ato de aprender, revelando o inusitado de novas vizinhanças: e, neste sentido, aponta para as possibilidades da invenção fugindo do hábito para leituras originais do que se dá “às vistas” e “às escutas”, aos acabamentos estéticos provisórios possibilitados pelos excedentes de visão, também, como plano de produção de si numa arquitetônica coletiva de produção do conhecimento. Uma tessitura ao mesmo tempo ética (pelo encontro com o outro) e estética (na busca de lhe dar, à experiência, um acabamento) pelos quais os sujeitos situados se relacionam e produzem a sala de aula como lugar coletivo. === This study presents evidence of learning as an act from the researcher's transit in school environments and in particular in the second year classes of an elementary school, a public school located in the Vale do Rio dos Sinos, Rio Grande do Sul, Brazil. With a proposal linked to the Civitas project - LELIC / PPGEDU / UFRGS, the interwoven of the written dialogues with the production of the Russian philosopher Mikhail Bakhtin, which has as object of analysis the utterances produced by the acting subjects in this research (students; the teacher-researcher). From this perspective, the methodology used is uniquely presented as an ethic-aesthetic act that intertwines, welcomes and sets unique ways of seeing, and feeling the learning process development, and more specifically the act of revealing the unusual learning of new neighborhoods. And in this sense it points to possibilities of the invention escaping from the current, original readings of what gives "the sights" and "the listenings" the provisional aesthetic completion made possible by the exceding vision as well as a production plan in itself, an architectural collective production of knowledge. A fabric that is at the same time ethic (in the meeting with the other) and aesthetic (in the quest of giving the other the experience, a completion) in which situated subjects relate and produce a classroom as a collective place.
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