Validação da triagem de macroprolactinemia utilizando precipitação com polietilenoglicol e ensaio quimioluminescente

A prolactina(PRL) humana circula em múltiplas formas de diferentes tamanhos moleculares, das quais três são detectadas na cromatografia por filtração em gel(CFG): Little ou monomérica(mPRL), Big( bPRL) e Big-Big ou macroprolactina( bbPRL ou macroPRL). Em pessoas normais, a principal forma é a mPRL(8...

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Bibliographic Details
Main Author: Pereira, Claudio Eduardo Farias Nunes
Other Authors: Czepielewski, Mauro Antonio
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2007
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/5545
Description
Summary:A prolactina(PRL) humana circula em múltiplas formas de diferentes tamanhos moleculares, das quais três são detectadas na cromatografia por filtração em gel(CFG): Little ou monomérica(mPRL), Big( bPRL) e Big-Big ou macroprolactina( bbPRL ou macroPRL). Em pessoas normais, a principal forma é a mPRL(85 a 90% do total) com uma pequena proporção de macroPRL. Em algumas pessoas, porém, ocorre uma maior quantidade de macroPRL, um fenômeno denominado Macroprolactinemia, que se sabe estar presente entre 10-25% dos soros hiperprolactinêmicos. É importante a sua identificação para evitar investigação e tratamento desnecessário. O método padrão para sua detecção é a cromatografia por filtração em gel( CFG); porém, a precipitação com polietilenoglicol( PEG) é um método de triagem simples, confiável e de baixo custo. Os testes com PEG originais foram feitos com o ensaio imunofluorimétrico( IFMA) Delfia para PRL. Objetivo: Validar um teste sensível e específico para a triagem de macroPRL baseado no ensaio de PRL quimioluminescente Immulite DPC. Resultados e métodos: Analisamos amostras séricas de 142 pessoas de ambos sexos. Baseado nessas amostras de rotina, dosamos a PRL seguida da precipitação com PEG e cálculo da recuperação de PRL( %R de PRL). Destes soros, 88 foram submetidos a cromatografia com filtração em Gel. Foi definido um ponto-de-corte para a presença de macroPRL, baseado numa curva ROC, ao comparar-se os resultados do teste de precipitação com PEG e os da CFG. O ponto-de-corte foi definido em 60%, com o achado de um teste com sensibilidade de 88,9% e especificidade de 98,6%. Correlacionou-se a dosagem de mPRL com a presença de macroPRL na cromatografia. Conclusão: Validamos um teste de triagem para macroPRL baseado no ensaio quimioluminescente DPC Immulite com sensibilidade de 88,9% e especificidade de 98,6 % para a porcentagem de recuperação PRL de 60%. O achado de uma valor de mPRL menor ou igual a 20 depois da precipitação com PEG vai suportar este diagnóstico. A prevalência( 20,4%) de macroPRL encontrada em nosso estudo, utilizando a metodologia proposta, é semelhante à encontrada na literatura. === Summary: Human serum prolactin (PRL) circulates in multiple forms of different molecular sizes of which three major species are identifiable on gel filtration chromatography (GFC). These are Little or monomeric (mPRL), big (bPRL) and big, big (bbPRL). In normal sera there’s a small percentage of bbPRL. There are some individuals whose sera contain increased amounts of bbPRL, a phenomenon termed macroprolactinemia, which is known to be present in 10 to 25 % of hyperprolactinemic sera. It is important to identify it for avoiding unnecessary investigation and treatment. The standard method of detecting macroprolactinemia is the Gel Filtration Chromatography( GFC) but the Polyethylene glycol (PEG) precipitation test is a simple, reliable and inexpensive screening test. The original PEG precipitation test was performed with Delfia immunofluorometric assay (IFMA). Objective: Validate a sensitive and specific screening test for the bbPRL based on the DPC Immulite PRL assay. Results and methods: Serum samples from 142 subjects of both sexes were analyzed. Based on these routine samples, we performed PRL measurements followed by PEG precipitation and PRL recovery percentage (PRL R %) was estimated. Within this sample, 88 cases were submitted to GFC. The definition of a cut-off value for the presence of bbPRL was based on a ROC curve when compared to GFC results. The cut-off was set at 60% with the finding of an 88.9 % sensitive and 98.6 % specificity test. We correlated the estimate of mPRL with the chromatographic finding of the bbPRL. Conclusion: We validated the bbPRL screening employing the DPC Immulite chemiluminescent immunoassay with the finding of a 88.9% sensitive and 98.6% specificity test at the 60% of PRL recovery. The finding of a mPRL lesser or equal to 20 after PEG precipitation will support the diagnosis. The prevalence (20.4%) of the bbPRL found in our study is similar to the literature.