O acontecer na clínica : quando o criar resiste ao cotidiano
Este trabalho consiste numa cartografia de mapas afetivos do fazer clínico contemporâneo a partir de encontros do autor com experimentações clínicas e paisagens artísticas que componham brechas instituintes nos mecanismos disciplinares e de controle do capitalismo atual. Sociedade capitalista que re...
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2011
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ndltd-IBICT-oai-www.lume.ufrgs.br-10183-320092019-01-22T01:40:43Z O acontecer na clínica : quando o criar resiste ao cotidiano Londero, Mário Francis Pettry Paulon, Simone Mainieri Cotidiano Ansiedade Resistência Capitalismo Individuação Psicologia clínica Clinical work Everyday life Happening Individuation Creative act Este trabalho consiste numa cartografia de mapas afetivos do fazer clínico contemporâneo a partir de encontros do autor com experimentações clínicas e paisagens artísticas que componham brechas instituintes nos mecanismos disciplinares e de controle do capitalismo atual. Sociedade capitalista que repele de si o contato angustiante com o que sai fora de suas normatizações postas perante o viver, cotidianizando-o na intenção de anestesiar qualquer inusitado que se apresente. Ao partir dessa lógica que não suporta o inesperado, tentando a todo o momento controlá-lo, passamos a pensar a contribuição da clínica nessa produção social que impede qualquer um de alçar vôos distantes de uma vida tornada normativa e burocrática. Diante desse panorama, se problematiza a clínica no que ela pode se fazer enquanto prática que resista a tal sistema anestesiador da vida. Assim, discutimos ao longo do trabalho as relações de poder que ocorrem nessa sociedade de controle e no que elas possibilitam movimentos de resistência. Para pensar a clínica enquanto resistência ao cotidianizar-se, percorremos algumas ferramentas conceituais desdobrando os seguintes conceitos: acontecimento, individuação e ato criativo. Com eles trabalharemos o tema do fazer clínico e os possíveis caminhos que elevam a clínica a uma condição de recusa perante os mecanismos de controle utilizados em nossa sociedade. O impensável entra em jogo para daí poder criar existências que resistam ao cotidiano. This work expounds cartography of affective maps about the clinical job in contemporaneity. It was produced from author‟s clinical trials and artistic landscapes that would be able to built instituting gaps in disciplinary and control mechanisms of modern capitalism. The Capitalist society rejects from itself the anguishing touch with what goes out of its normalizations. Capitalism banalizes the everyday life an attempt to anesthetize any unusual that presents itself. Admitting this logic that does not support the unexpected and that try really hard to control the unannounced, we will try to think about the contributions of clinical work in this social production that prevents anyone from lift away from a life made legislative and bureaucratic control. Using as starting point this context, this works discusses what the clinical work could do as a practice that is able to resists in a system that anesthetizes the life itself. So, during the work we discuss the power relations in this control society, but we do it focused in what enable resistance moves. To think the clinical work as a piece of resistance in the way to do banalise the everyday life, we use some conceptual tools and unfold these concepts: happening, individuation and creative act. Using this we will formulate the theme of clinical work and the possible roads that put this experience in a refuse condition to the disciplinary and control mechanisms used in our society. The unthinkable then comes into play to create power existences that are able to resist to the banalization of the everyday life. 2011-09-24T01:18:39Z 2011 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/10183/32009 000786174 por info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul instacron:UFRGS |
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Este trabalho consiste numa cartografia de mapas afetivos do fazer clínico contemporâneo a partir de encontros do autor com experimentações clínicas e paisagens artísticas que componham brechas instituintes nos mecanismos disciplinares e de controle do capitalismo atual. Sociedade capitalista que repele de si o contato angustiante com o que sai fora de suas normatizações postas perante o viver, cotidianizando-o na intenção de anestesiar qualquer inusitado que se apresente. Ao partir dessa lógica que não suporta o inesperado, tentando a todo o momento controlá-lo, passamos a pensar a contribuição da clínica nessa produção social que impede qualquer um de alçar vôos distantes de uma vida tornada normativa e burocrática. Diante desse panorama, se problematiza a clínica no que ela pode se fazer enquanto prática que resista a tal sistema anestesiador da vida. Assim, discutimos ao longo do trabalho as relações de poder que ocorrem nessa sociedade de controle e no que elas possibilitam movimentos de resistência. Para pensar a clínica enquanto resistência ao cotidianizar-se, percorremos algumas ferramentas conceituais desdobrando os seguintes conceitos: acontecimento, individuação e ato criativo. Com eles trabalharemos o tema do fazer clínico e os possíveis caminhos que elevam a clínica a uma condição de recusa perante os mecanismos de controle utilizados em nossa sociedade. O impensável entra em jogo para daí poder criar existências que resistam ao cotidiano. === This work expounds cartography of affective maps about the clinical job in contemporaneity. It was produced from author‟s clinical trials and artistic landscapes that would be able to built instituting gaps in disciplinary and control mechanisms of modern capitalism. The Capitalist society rejects from itself the anguishing touch with what goes out of its normalizations. Capitalism banalizes the everyday life an attempt to anesthetize any unusual that presents itself. Admitting this logic that does not support the unexpected and that try really hard to control the unannounced, we will try to think about the contributions of clinical work in this social production that prevents anyone from lift away from a life made legislative and bureaucratic control. Using as starting point this context, this works discusses what the clinical work could do as a practice that is able to resists in a system that anesthetizes the life itself. So, during the work we discuss the power relations in this control society, but we do it focused in what enable resistance moves. To think the clinical work as a piece of resistance in the way to do banalise the everyday life, we use some conceptual tools and unfold these concepts: happening, individuation and creative act. Using this we will formulate the theme of clinical work and the possible roads that put this experience in a refuse condition to the disciplinary and control mechanisms used in our society. The unthinkable then comes into play to create power existences that are able to resist to the banalization of the everyday life. |
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