Navegando na leitura, entre o mundo e a palavra

Esta pesquisa propõe uma leitura a partir do comportamento do leitor e suas rela-ções com o ato de ler, no sentido de reconhecer os efeitos que este provoca no de-senvolvimento da sua consciência. Para tanto, estabelecemos uma analogia entre os elementos que integram o ato da leitura e instrumentos...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Cyrino, Lucas Antônio de Carvalho
Other Authors: Zilberman, Regina
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/184934
Description
Summary:Esta pesquisa propõe uma leitura a partir do comportamento do leitor e suas rela-ções com o ato de ler, no sentido de reconhecer os efeitos que este provoca no de-senvolvimento da sua consciência. Para tanto, estabelecemos uma analogia entre os elementos que integram o ato da leitura e instrumentos de navegação, partindo do pressuposto lúdico de que, quando lendo, o leitor empreende uma viagem que atraca diretamente na transformação de si e da sua percepção sobre o seu entorno. Assim, esta dissertação está organizada em quatro etapas: i. mapeamento do com-portamento de leitores e leitoras no país, tendo como base os levantamentos da pesquisa Retratos da leitura no Brasil (2008, 2012, 2016); ii. expansão do conceito de leitura a partir do pensamento de Paulo Freire (1983), de que a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra, o que nos faz pensar que a leitura envolve uma multivariedade de sentidos e sensações; iii. análise dos efeitos que a leitura como ato comunicativo, especialmente a leitura da literatura, provocam à consciência do leitor, buscando amadurecê-la constantemente rumo à compreensão da sua exis-tência, a partir do pensamento de Walter Benjamin (1992), Wolfgang Iser (1996a, 1996b, 1999) e Georges Gusdorf (1960); e iv. observação de como se dá a relação do leitor com os diferentes suportes em que realiza a leitura (ou nos quais navega), da leitura do mundo – apoiada na voz e no corpo, consoante aos estudos de Émile Benveniste (1991) e Alckmar Santos (2016) – e do livro, do impresso ao digital – apoiada especialmente em Roger Chartier (1999, 2017) e Regina Zilberman (2001). O produto final desse trabalho pode ser sintetizado como a defesa de um processo que busque não a formação de leitores, mas o desenvolvimento de suas consciên-cias, pautado especialmente no reconhecimento de seu comportamento livre e autô-nomo na cartografia da leitura. === Esta investigación propone una lectura a partir del comportamiento del lector y sus relaciones con el acto de leer, en el sentido de reconocer los efectos que éste pro-voca en el desarrollo de su consciencia. Para ello, establecemos una analogía entre los elementos que integran el acto de la lectura e instrumentos de navegación, par-tiendo del supuesto lúdico de que, cuando leyendo, el lector emprende un viaje que atraca directamente en la transformación de si mismo y de su percepción sobre su entorno. Así, esta disertación está organizada en cuatro etapas: i. cartografía del comportamiento de lectores y lectoras en el país, teniendo como base las encuestas de la pesquisa Retratos da leitura no Brasil (2008, 2012, 2016); ii. expansión del concepto de lectura desde el pensamiento de Paulo Freire (1983), de que la lectura del mundo precede a la lectura de la palabra, lo que nos hace pensar que la lectura envuelve una multivariedad de sentidos y sensaciones; iii. análisis de los efectos que la lectura como acto comunicativo, especialmente la lectura de la literatura, provocan a la consciencia del lector, buscando madurecerla constantemente rumbo a la com-prensión de su existencia, a partir del pensamiento de Walter Benjamín (1992), Wolfgang Iser (1996a, 1996b, 1999) y Georges Gusdorf (1960); y iv. observación de cómo se da la relación del lector con los distintos soportes en los cuales realiza la lectura (o en los cuales navega), de la lectura del mundo – apoyada en la voz y en el cuerpo, consonante a los estudios de Émile Benveniste (1991) y Alckmar Santos (2016) – y del libro, del impreso al digital – apoyada especialmente en Roger Char-tier (1999, 2017) y Regina Zilberman (2001). El producto final de este trabajo puede ser sintetizado como la defensa de un proceso que busque no a la formación de lec-tores, sino el desarrollo de sus consciencias, pautado especialmente en el recono-cimiento de su comportamiento libre y autónomo en la cartografía de la lectura.