Summary: | Ce travail traverse de variations historiques, scientifiques et poétiques possiblement situées et, notamment, imaginées sur le bord où un cours est fait et où celui-ci existe comme limitrophe: un lieu de rupture et de conflit, de variation et de foule, d’ouverture et d’actualité. Selon cette perspective, le contour n’est pas conçu comme la finition de quelque chose, mais le lieu où justement il arrive ce quelque chose: c’est ce qui le rend accessible à autrui, avec son extériorité, sa densité et son voisinage. De même, la marge créatrice d’un cours comprend la limite qui le fait perdurer dans le temps, tout comme se développer à partir de la pensée, dans le sens éthique de la vie qui s’élargit. Le texte-thèse est traversé par le dessin d’une surface nietzschéenne concernant la conception (marginal) du cours comme une traversé: un lieu de métamorphoses de l’esprit et des valeurs; une instance qui se met à jour, à chaque fois, par rapport à la politique, la pensée, la fabulation et à la recherche dans la contemporanéité. Dans le sens d’une philosophie de la différence, il est important surtout, le problème de la puissance d’un cours dans un rapport direct avec ce qui est répété/produit/créé pendant son parcours. Ainsi, en ce qui concerne le concept deleuzien de répétition, l’exercice de la recherche est traité comme une action créatrice: un acte extensif-intensif, virtuellement produit dans un plan qui se diffère dans lui-même, le Plan Politique de Cous (PPA). À la limite, la recherche est comprise comme une procédure de cours, dont la puissance (fabulatrice) est à l’ouverture des inventions et des inventeurs qui le traversent, parmi des formes de contenu et de possibilités d’expression, c’est-à-dire, nous partons de l’idée qu’un cours met en pratique un type de rapport traducteur inventif avec la vie, avec le monde et son enfance, provocant des mouvements (intensifs) de retour à ce qu’il y a d’inattendu et d’improbable autour de nous, une fois que, éthiquement, il permet une traversée et une mis à jour de la naissance des sens et des problèmes qui ont fait et qui font vivre. === Este trabalho percorre variações históricas, científicas e poéticas possivelmente localizadas e, especialmente, imaginadas na borda sobre a qual uma aula se faz e na qual existe como limítrofe: espaço de ruptura e conflito, variação e tumulto, abertura e atualidade. Em tal perspectiva, o contorno não é concebido como o acabamento de algo, mas o próprio acontecimento desse algo: é o que o torna acessível ao outrem, com sua exterioridade, densidade e vizinhança. Do mesmo modo, a margem criadora de uma aula compreende o limite que a faz durar no tempo, bem como dobrar-se e desdobrar-se com o pensamento, no sentido ético da vida que se expande. O texto-tese é atravessado pelo desenho de uma superfície nietzschiana no que se refere à concepção (marginal) de aula como travessia: lugar de metamorfoses do espírito e dos valores; instância que se atualiza, a cada vez, em relação à política, ao pensamento, à fabulação e à pesquisa na contemporaneidade. No sentido de uma filosofia da diferença, importa, principalmente, o problema da potência de uma aula em relação direta ao que é repetido/produzido/criado durante o seu percurso. Assim, concernente ao conceito deleuziano de repetição, o exercício da pesquisa é tratado como ação criadora: ato extenso-intensivo, virtualmente produzido num plano que se difere nele próprio, o Plano Político de Aula (PPA). Fronteiriçamente, a pesquisa é entendida como um procedimento de aula, cuja potência (fabuladora) está na abertura aos inventos e inventores que a atravessam, entre formas de conteúdo e possibilidades de expressão. Ou seja, parte-se da ideia de que uma aula opera um tipo de relação tradutória inventiva com a vida, com o mundo e sua infância, provocando movimentos (intensivos) de retorno ao que há de inusitado e improvável ao nosso redor, uma vez que, eticamente, transversaliza e atualiza o nascimento de sentidos e de problemas que fizeram e fazem viver.
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