Vestígios do processo de medicalização da vida na atenção básica

A presente dissertação aborda a temática da medicalização social a partir da problematização do cuidado, permeado pela noção de promoção à saúde, praticado no âmbito da Atenção Básica pela Estratégia de Saúde da Família e o Núcleo de Apoio à Saúde da Família. A medicalização seria uma forma de poder...

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Bibliographic Details
Main Author: Amaral Júnior, Alpheu Ferreira do
Other Authors: Damico, José Geraldo Soares
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/173172
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spelling ndltd-IBICT-oai-www.lume.ufrgs.br-10183-1731722019-01-22T02:09:02Z Vestígios do processo de medicalização da vida na atenção básica Amaral Júnior, Alpheu Ferreira do Damico, José Geraldo Soares Medicalização Atenção primária à saúde Estratégia saúde da família Promoção da saúde Medicalization Family Health Strategy Primary Health Care Health Promotion A presente dissertação aborda a temática da medicalização social a partir da problematização do cuidado, permeado pela noção de promoção à saúde, praticado no âmbito da Atenção Básica pela Estratégia de Saúde da Família e o Núcleo de Apoio à Saúde da Família. A medicalização seria uma forma de poder que atua sobre a população, no âmbito coletivo e individual, a partir de uma certa racionalidade médica imbricada nas estruturas da sociedade que é potente o suficiente para formular noções sobre os comportamentos desviantes que colocariam em risco a saúde bem como propor a adoção de certos modos de vida para serem seguidos individualmente e coletivamente. Para problematizar essa prática, apresento como questão central: como as equipes das unidades de saúde da Atenção Básica, em especial a Estratégia de Saúde da Família e o Núcleo de Apoio a Saúde da Família, direcionam determinadas práticas de cuidado que podem ser posicionadas como processos e estratégias de medicalização da vida dos sujeitos e grupos atendidos? Como material empírico, utilizei narrativas de experiências vividas no dia a dia como trabalhador do Sistema Único de Saúde que atua no Núcleo de Apoio a Saúde da Família. A escolha das histórias narradas ocorreu a partir da minha percepção de que contribuiriam para tratar da temática da medicalização. Buscam apontar marcas do processo de medicalização que almejariam a gestão do corpo social, mesmo quando esse cuidado está arraigado em dispositivos aparentemente contra hegemônicos. This dissertation approaches the theme of social medicalization, based on the problematization of care permeated by the notion of health promotion, which is practiced in the scope of Primary Care, the Family Health Strategy and the Family Health Support Unit. In order to do so, it presents as a central question: how the teams of the Primary Care health units, especially the Family Health Strategy and the Family Health Support Center, direct certain care practices that can be positioned as medicalization processes and strategies of the lives of the subjects and groups served? In order to explain this issue, I used as narrative material narratives of experiences lived in the day-day of Health Unic System worker who works in the Family Health Support Unit. The choice of stories that are problematized occurred from the author's perception of the power they carried with them to deal with the topic of medicalization. The narratives as a background were used to problematize care in Primary Health Care, mediated by the Family Health Strategy and Family Health Support Unit, with the intention of locating and searching for the brands of the medicalization process, which would aim at the management of the social body, even when such care is rooted in seemingly counter-hegemonic devices. In this research the medicalization was understood as a form of power that acts on the population, in the collective and individual scope, from a certain medical rationality imbricated in the structures of the society that is powerful enough to formulate notions on the deviant behaviors that would put in health risk, as well as proposing the adoption of certain lifestyles to be followed individually and collectively. 2018-03-07T02:27:12Z 2017 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/10183/173172 001060284 por info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul instacron:UFRGS
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Vestígios do processo de medicalização da vida na atenção básica
description A presente dissertação aborda a temática da medicalização social a partir da problematização do cuidado, permeado pela noção de promoção à saúde, praticado no âmbito da Atenção Básica pela Estratégia de Saúde da Família e o Núcleo de Apoio à Saúde da Família. A medicalização seria uma forma de poder que atua sobre a população, no âmbito coletivo e individual, a partir de uma certa racionalidade médica imbricada nas estruturas da sociedade que é potente o suficiente para formular noções sobre os comportamentos desviantes que colocariam em risco a saúde bem como propor a adoção de certos modos de vida para serem seguidos individualmente e coletivamente. Para problematizar essa prática, apresento como questão central: como as equipes das unidades de saúde da Atenção Básica, em especial a Estratégia de Saúde da Família e o Núcleo de Apoio a Saúde da Família, direcionam determinadas práticas de cuidado que podem ser posicionadas como processos e estratégias de medicalização da vida dos sujeitos e grupos atendidos? Como material empírico, utilizei narrativas de experiências vividas no dia a dia como trabalhador do Sistema Único de Saúde que atua no Núcleo de Apoio a Saúde da Família. A escolha das histórias narradas ocorreu a partir da minha percepção de que contribuiriam para tratar da temática da medicalização. Buscam apontar marcas do processo de medicalização que almejariam a gestão do corpo social, mesmo quando esse cuidado está arraigado em dispositivos aparentemente contra hegemônicos. === This dissertation approaches the theme of social medicalization, based on the problematization of care permeated by the notion of health promotion, which is practiced in the scope of Primary Care, the Family Health Strategy and the Family Health Support Unit. In order to do so, it presents as a central question: how the teams of the Primary Care health units, especially the Family Health Strategy and the Family Health Support Center, direct certain care practices that can be positioned as medicalization processes and strategies of the lives of the subjects and groups served? In order to explain this issue, I used as narrative material narratives of experiences lived in the day-day of Health Unic System worker who works in the Family Health Support Unit. The choice of stories that are problematized occurred from the author's perception of the power they carried with them to deal with the topic of medicalization. The narratives as a background were used to problematize care in Primary Health Care, mediated by the Family Health Strategy and Family Health Support Unit, with the intention of locating and searching for the brands of the medicalization process, which would aim at the management of the social body, even when such care is rooted in seemingly counter-hegemonic devices. In this research the medicalization was understood as a form of power that acts on the population, in the collective and individual scope, from a certain medical rationality imbricated in the structures of the society that is powerful enough to formulate notions on the deviant behaviors that would put in health risk, as well as proposing the adoption of certain lifestyles to be followed individually and collectively.
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