Importância dos fatores de Yamanaka e NANOG na resposta ao tratamento com cisplatina ou etoposídeo em células de terato carcinoma P19

As células pluripotentes induzidas (iPSC) apresentam um grande potencial terapêutico, mas seu uso é dependente da capacidade de encontrar estratégias para suprimir o seu potencial tumorigênico. No entanto, esse risco diminui com a utilização de células num estado mais diferenciado. O uso dos fatores...

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Bibliographic Details
Main Author: Villodre, Emilly Schlee
Other Authors: Lenz, Guido
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2017
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/159087
Description
Summary:As células pluripotentes induzidas (iPSC) apresentam um grande potencial terapêutico, mas seu uso é dependente da capacidade de encontrar estratégias para suprimir o seu potencial tumorigênico. No entanto, esse risco diminui com a utilização de células num estado mais diferenciado. O uso dos fatores de transcrição OCT4, SOX2, KLF4, c-MYC e NANOG para induzir iPSC demonstraram a já conhecida importância desses genes para manter o estado pluripotente. Portanto, a hipótese do presente trabalho é que a presença desses genes seriam os responsáveis pelos teratomas formados a partir das iPSC. P19 é uma linhagem de teratocarcinoma amplamente utilizada como modelo de iPSC, uma vez que apresenta células de carcinoma embrionário (semelhantes as células tronco embrionárias, mas malignas), além de ter a capacidade de se diferenciar em células derivadas dos três folhetos embrionários. Teratocarcinomas são um dos tumores testiculares de células germinativas (TCGT) mais comuns e também um dos tumores sólidos mais curáveis. Entretanto, uma pequena parcela dos pacientes apresentam resistência ao tratamento com cisplatina ou etoposídeo. Nosso objetivo foi avaliar a importância dos fatores comumente utilizados nas iPSC tanto na indução de teratomas quanto na sua contribuição na resistência de TCGT. Desse modo, silenciamos (KD), separadamente, os fatores nas células P19 e, após a confirmação do silenciamento, caracterizamos as células quanto a sua capacidade de formar teratoma. Nossos resultados mostraram que todas as células KD foram capazes de formar tumores, mas apenas a redução de OCT4 e SOX2 geraram tumores mais diferenciados, apresentando células derivadas de todas as camadas germinativas. Os resultados in vitro demonstraram que apenas KLF4 e c-MYC KD aumentaram a sensibilidade à cisplatina sozinha ou combinada com etoposídeo. Células OCT4 KD apresentaram resistência semelhante as células controle, e SOX2 KD respondeu somente à combinação, enquanto que NANOG apenas à cisplatina. Assim, nossos resultados sugerem que análise KLF4 e c-MYC pode ser útil para detectar uma possível resistência ao tratamento em TCGT. === Induced pluripotent cells (iPSC) have a great potential for therapeutic use, which is dependent on the ability to abolish their tumorigenic potential. However, this risk decreases with the use of cells in a more differentiated state. The use of OCT4, SOX2, KLF4, c-MYC and NANOG to induce iPSC demonstrated the already known importance of these genes to maintain stemness. Therefore, our working hypothesis is that the presence of these genes is responsible for iPSC-derived teratomas. P19 teratocarcinoma cell line is widely used as an iPSC model, since it presents embryonic carcinoma cells (similar to embryonic stem cells, but are malignant), besides having the capacity to differentiate into cells derived from the three embryonic germ layers. Teratocarcinomas are one of the most common type of testicular germ cell tumors (TGCT), and also the most curable solid tumors. However, a small proportion of patients present resistance to cisplatin or etoposide. Our aim was to evaluate the importance of the transcriptions factor commonly used to induce iPSC in the induction of teratoma and also their contribution in the resistance induction. Therefore, we separately knocked down (KD) the transcription factors in P19 cells and after the silencing confirmation we characterized them for their capacity to form a mature teratoma. Our results showed that all KD cells were able to form tumors, but only reduction of OCT4 and SOX2 generated a more differentiated tumor, presenting cells from all embryonic germ layers. In vitro results showed that only the absence of KLF4 and c-MYC increased sensitivity for cisplatin alone or combined with etoposide. OCT4 KD results were similar to control cells, and SOX2 KD only responded to combination, while NANOG to cisplatin. Taken together, our results suggest that KLF4 and c- MYC analysis might be helpful to detect possible TGCT treatment resistance.