Análise da comunidade bacteriana de animais marinhos recolhidos do litoral norte do Rio Grande do Sul
O conhecimento sobre a microbiota de animais marinhos fornece uma base que pode ser usada para comparação em virtude de mudanças futuras, apesar disso pouco se sabe sobre a natureza das bactérias associadas com o intestino desses animais. Esse estudo visou a obtenção de um panorama sobre a microbiot...
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2017
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Fauna marinha Otárias Bactérias Enterococcus Medeiros, Aline Weber Análise da comunidade bacteriana de animais marinhos recolhidos do litoral norte do Rio Grande do Sul |
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O conhecimento sobre a microbiota de animais marinhos fornece uma base que pode ser usada para comparação em virtude de mudanças futuras, apesar disso pouco se sabe sobre a natureza das bactérias associadas com o intestino desses animais. Esse estudo visou a obtenção de um panorama sobre a microbiota de animais marinhos selvagens recolhidos no litoral do Rio Grande do Sul através de ferramentas independentes de cultivo, como o sequenciamento de última geração e PCR quantitativa em tempo real (qPCR), que permitem a inferência sobre as bactérias pertencentes a microbiota intestinal a partir do DNA genômico total obtido diretamente da amostra. A partir do sequenciamento parcial do gene de 16S rRNA utilizando a plataforma de alta desempenho Ion Torrent PGM, seis amostras fecais de lobo-marinho-sul-americano (Arctocephalus australis) e quatro lobo-marinho- subantártico (Arctocephalus tropicalis) foram avaliadas. Verificou-se que o filo Firmicutes (86,28%) foi mais frequente nas fezes de ambas as espécies, seguido por Actinobacteria(6,74%) e Proteobacteria (3,34%), sendo Bacteroidetes e Fusobacteria os filos menos frequente. A qPCR foi empregada para quantificar as espécies de enterococos, mais frequentemente isoladas de fezes de animais (Enterocococcus faecalis, E. hirae, E. mundtti, E. faecium, E. gallinarum e E. casseliflavus), em amostras fecais de animais marinhos selvagens. A partir de DNAs totais isolados de 24 amostras fecais de lobos marinhos, tartarugas-verdes e aves marinhas, verificou-se que E. faecalis (1,82x1012 cópias/ng) foi a espécie mais frequente em todas as amostras analisadas e E. hirae (5,89x1010), E. mundtti (7,57x1010 cópias/ng), E. faecium (4,94x1009 cópias/ng), E. casseliflavus (1,22x1009 cópias/ng) e E. gallinarum (3,84x1010 cópias/ng) também demonstraram estar presentes na microbiota desses animais. === Knowledge about the marine animals microbiota provides a base that can be used for comparison due to future changes, nevertheless little is known about the nature of the bacteria associated with the animal gut. This study aimed to obtain an overview of the microbiota of wild marine animals collected in the Rio Grande do Sul coast using cultive independent methods, as the next-generation sequencing and quantitative real-time PCR ( qPCR ), which allow the inference about the bacteria belonging to the intestinal microbiota from total genomic DNA obtained directly from the sample. Using the high performance Ion Torrent PGM platform six fecal samples of South American fur seal (Arctocephalus australis) and four Subantartic fur seals (Arctocephalus tropicalis) were evaluated. It was found that the phylum Firmicutes (86.28%) was more common in faeces of both species, followed by Actinobacteria (6.74%) and Proteobacteria (3.34%), Fusobacteria and Bacteroidetes were the least frequent. The qPCR was used to quantify the Enterococci species commonly isolated from faecal samples of animal (Enterocococcus faecalis, E. hirae, E. mundtti, E. faecium, E. gallinarum e E. casseliflavus) in faecal samples or cloacal swabs / rectal wild marine animals. From total DNA isolated of 24 fecal samples from sea lions, green turtles , sea birds, it was observed that E. faecalis (1.82x1012 copy/ng) was the most common species in all samples analyzed and E. hirae (5.89x1010), E. mundtti (7.57x1010), E. faecium (4.94x1009), E. casseliflavus (1.22x1009) and E. gallinarum (3.84x1010) also shown to be present in the microflora of these animals. |
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