Summary: | Sant'Ana do Livramento surge e cresce numa vinculação estreita com a fronteira, na qual se estabelece sua individualidade. Sua estrutura e sua dinâmica expressam, num certo nível,os vínculos mantidos com a linha limite e a cidade de Rivera e, em outro, com as metrópoles platinas. A expansão física da cidade, a produção das áreas de uso residencial, tiveram esta conotação. O espaço construído prendia-se à linha divisória e era cercado por áreas rurais produtivas. As transrormações verificadas no curso de uma geração, a partir de meados da década de 60, apontam uma outra direção no processo de produção da cidade: a ruptura do espaço agrário circundante, a incorporação do mesmo ao uso urbano. A cidade rompe seus limites tradicionais e aproxima as práticas de seus agentes àquelas referidas à urbanização brasileira. A extensão da área construída, através da implantação de loteamentos destinados aos segmentos de menor renda e da formalização de espaços de melhor padrão construtivo, indica os processos de segregação e de acumulação que sustentam este novo momento. O trabalho procura identificar as transrormações na constituição dos espaços de uso residencial e analisar os procedimentos que, no âmbito do Est.ado e dos agentes privados, explicam sua expansão.
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