Jovens e escola : trajetórias, sentidos e significados : um estudo em escolas públicas de ensino médio

Esta tese trata de trajetórias, sentidos e significados que os jovens constroem no ensino médio. Parto da constatação de que os estudantes que chegam a esse grau de escolarização se deparam com vários desafios que emanam de uma matriz negativa e negativizante: o desconhecimento dos jovens e suas juv...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Caierão, Iara Salete
Other Authors: Fischer, Nilton Bueno
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2008
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/14848
id ndltd-IBICT-oai-www.lume.ufrgs.br-10183-14848
record_format oai_dc
collection NDLTD
language Portuguese
format Others
sources NDLTD
topic Juventude
Identidade
Periferia urbana
Escolarização
História de vida
Ensino médio
Ensino público
Educação
Passo Fundo (RS)
Jóvenes
Escuela
Estudiantes de la enseñanza secundaria
Sentidos y significados de la vivencia escolar
spellingShingle Juventude
Identidade
Periferia urbana
Escolarização
História de vida
Ensino médio
Ensino público
Educação
Passo Fundo (RS)
Jóvenes
Escuela
Estudiantes de la enseñanza secundaria
Sentidos y significados de la vivencia escolar
Caierão, Iara Salete
Jovens e escola : trajetórias, sentidos e significados : um estudo em escolas públicas de ensino médio
description Esta tese trata de trajetórias, sentidos e significados que os jovens constroem no ensino médio. Parto da constatação de que os estudantes que chegam a esse grau de escolarização se deparam com vários desafios que emanam de uma matriz negativa e negativizante: o desconhecimento dos jovens e suas juventudes. Em decorrência disso, os estudantes são vistos e tratados na limitada, parcelar e efêmera condição de aluno, ignorando-se o que está para além desse papel, um ator social, um sujeito, um trabalhador. A fundamentação teórica e metodológica ancorase em Melucci, Spósito, Dávila León, Oyarzún e Baeza, dentre outros. Apóio-me em outros pesquisadores que tratam do jovem e das juventudes, comprometidos em dar visibilidade aos sujeitos jovens, às suas possibilidades e às suas intensas e ricas trajetórias de vida dentro e fora da escola. Para melhor compreensão dos dados é importante destacar que o estudo realizou-se numa cidade do interior do Rio Grande do Sul (Passo Fundo), no ano 2006 e parte de 2007, em duas escolas públicas de ensino médio: uma situada na periferia, entre o rural e o urbano (escola da Vila) e a outra é da zona urbana (escola da Avenida). Os sujeitos têm idade entre 15 a 24 anos e, no geral, são os que mais escolarizados da família. A coleta dos dados deuse por observação participante, diálogos com os estudantes nas salas de aula, grupos de diálogos e entrevistas individuais além de um questionário de questões objetivas e subjetivas aplicado a 132 estudantes, que possibilitou colher dados esclarecedores no conhecimento e na compreensão dos múltiplos modos de ser e de viver dos/das jovens. A análise concentrou-se nos sentido e significados que os estudantes atribuem à experiência escolar além de suas singulares trajetórias para chegar no ensino médio e nele permanecer já que o desejado e escasso trabalho transforma a vida estudantil numa relação fraca e fragmentada com a escola e com o estudo. A palavra dos jovens escrita ou de viva-voz construiu as categorias que se desdobram neste trabalho. A tese de que os jovens atribuem muitos e múltiplos sentidos à escola, apesar de sua cultura refratária e aplainadora, confirma-se e é adensada pelos sensíveis depoimentos dos estudantes, que fazem do tempoespaço escolar uma experiência também lúdica como podemos ver na expressão do jovem-estudante-trabalhador: “vir pra escola é bala”, “é bem dizer, um lazer”. === La presente tesis trata de trayectorias, sentidos y significados que los jóvenes construyen en la enseñanza secundaria. Parto de la constatación de que los estudiantes que alcanzan ese grado de estudios se encuentran con varios desafíos que resultan de una matriz negativa y negativista: el desconocimiento de los jóvenes y sus juventudes. Como consecuencia de ello, los estudiantes son vistos y tratados en la limitada, encasillada y efímera condición de alumno, sin atenerse a lo que se encuentra presente más allá de ese papel, un actor social, un sujeto, un trabajador. La justificativa teórica y metodológica se ampara en Melucci, Sposito, Dávila León, Oyarzún y Baeza, entre otros. Me apoyo en otros investigadores que estudian al joven y las juventudes, comprometidos en dar visibilidad a los sujetos, sus posibilidades y sus intensas y ricas trayectorias de vida dentro y fuera de la escuela. Para mejor comprender los datos es importante destacar que el estudio se realizó en una ciudad del interior de Río Grande del Sur (Passo Fundo), durante el año 2006 y parte del 2007, en dos escuelas públicas de enseñanza secundaria: una ubicada en zona periférica, entre lo rural y lo urbano (escuela de arrabal), y la otra en zona urbana (escuela del centro). Los sujetos tienen edades entre 15 y 24 años y, en general, son los que poseen un mayor grado de instrucción en el núcleo familiar. La recopilación de datos fue efectuada mediante observación participante, diálogos en aulas y en el ámbito de pequeños grupos y encuestas individuales, además de un cuestionario de cuestiones objetivas y subjetivas aplicado a 132 estudiantes, lo que hizo posible el conocimiento y la comprensión de las múltiples maneras de ser y de vivir de los / las jóvenes. El análisis se concentró en los sentidos y significados que los estudiantes le atribuyen a la experiencia escolar, además de sus singulares trayectorias para llegar a la enseñanza secundaria y allí permanecer, ya que el tan deseado y escaso trabajo transforma la vida estudiantil en una débil y fragmentada relación con la escuela y con el estudio. La palabra de los jóvenes, escrita o en alta voz, construyó las categorías que componen el presente trabajo. La tesis de que los jóvenes le atribuyen muchos y múltiples sentidos a la escuela, a pesar de su cultura refractaria y allanadora, se confirma y se adensa a través de los sensibles testimonios de los estudiantes, que hacen del tiempo-espacio escolar una experiencia también lúdica, como se puede observar en la expresión del jovenestudiante- trabajador: “ir a la escuela es guay, es, por así decirlo, una diversión”.
author2 Fischer, Nilton Bueno
author_facet Fischer, Nilton Bueno
Caierão, Iara Salete
author Caierão, Iara Salete
author_sort Caierão, Iara Salete
title Jovens e escola : trajetórias, sentidos e significados : um estudo em escolas públicas de ensino médio
title_short Jovens e escola : trajetórias, sentidos e significados : um estudo em escolas públicas de ensino médio
title_full Jovens e escola : trajetórias, sentidos e significados : um estudo em escolas públicas de ensino médio
title_fullStr Jovens e escola : trajetórias, sentidos e significados : um estudo em escolas públicas de ensino médio
title_full_unstemmed Jovens e escola : trajetórias, sentidos e significados : um estudo em escolas públicas de ensino médio
title_sort jovens e escola : trajetórias, sentidos e significados : um estudo em escolas públicas de ensino médio
publishDate 2008
url http://hdl.handle.net/10183/14848
work_keys_str_mv AT caieraoiarasalete jovenseescolatrajetoriassentidosesignificadosumestudoemescolaspublicasdeensinomedio
_version_ 1718937720689000448
spelling ndltd-IBICT-oai-www.lume.ufrgs.br-10183-148482019-01-22T01:31:06Z Jovens e escola : trajetórias, sentidos e significados : um estudo em escolas públicas de ensino médio Caierão, Iara Salete Fischer, Nilton Bueno Juventude Identidade Periferia urbana Escolarização História de vida Ensino médio Ensino público Educação Passo Fundo (RS) Jóvenes Escuela Estudiantes de la enseñanza secundaria Sentidos y significados de la vivencia escolar Esta tese trata de trajetórias, sentidos e significados que os jovens constroem no ensino médio. Parto da constatação de que os estudantes que chegam a esse grau de escolarização se deparam com vários desafios que emanam de uma matriz negativa e negativizante: o desconhecimento dos jovens e suas juventudes. Em decorrência disso, os estudantes são vistos e tratados na limitada, parcelar e efêmera condição de aluno, ignorando-se o que está para além desse papel, um ator social, um sujeito, um trabalhador. A fundamentação teórica e metodológica ancorase em Melucci, Spósito, Dávila León, Oyarzún e Baeza, dentre outros. Apóio-me em outros pesquisadores que tratam do jovem e das juventudes, comprometidos em dar visibilidade aos sujeitos jovens, às suas possibilidades e às suas intensas e ricas trajetórias de vida dentro e fora da escola. Para melhor compreensão dos dados é importante destacar que o estudo realizou-se numa cidade do interior do Rio Grande do Sul (Passo Fundo), no ano 2006 e parte de 2007, em duas escolas públicas de ensino médio: uma situada na periferia, entre o rural e o urbano (escola da Vila) e a outra é da zona urbana (escola da Avenida). Os sujeitos têm idade entre 15 a 24 anos e, no geral, são os que mais escolarizados da família. A coleta dos dados deuse por observação participante, diálogos com os estudantes nas salas de aula, grupos de diálogos e entrevistas individuais além de um questionário de questões objetivas e subjetivas aplicado a 132 estudantes, que possibilitou colher dados esclarecedores no conhecimento e na compreensão dos múltiplos modos de ser e de viver dos/das jovens. A análise concentrou-se nos sentido e significados que os estudantes atribuem à experiência escolar além de suas singulares trajetórias para chegar no ensino médio e nele permanecer já que o desejado e escasso trabalho transforma a vida estudantil numa relação fraca e fragmentada com a escola e com o estudo. A palavra dos jovens escrita ou de viva-voz construiu as categorias que se desdobram neste trabalho. A tese de que os jovens atribuem muitos e múltiplos sentidos à escola, apesar de sua cultura refratária e aplainadora, confirma-se e é adensada pelos sensíveis depoimentos dos estudantes, que fazem do tempoespaço escolar uma experiência também lúdica como podemos ver na expressão do jovem-estudante-trabalhador: “vir pra escola é bala”, “é bem dizer, um lazer”. La presente tesis trata de trayectorias, sentidos y significados que los jóvenes construyen en la enseñanza secundaria. Parto de la constatación de que los estudiantes que alcanzan ese grado de estudios se encuentran con varios desafíos que resultan de una matriz negativa y negativista: el desconocimiento de los jóvenes y sus juventudes. Como consecuencia de ello, los estudiantes son vistos y tratados en la limitada, encasillada y efímera condición de alumno, sin atenerse a lo que se encuentra presente más allá de ese papel, un actor social, un sujeto, un trabajador. La justificativa teórica y metodológica se ampara en Melucci, Sposito, Dávila León, Oyarzún y Baeza, entre otros. Me apoyo en otros investigadores que estudian al joven y las juventudes, comprometidos en dar visibilidad a los sujetos, sus posibilidades y sus intensas y ricas trayectorias de vida dentro y fuera de la escuela. Para mejor comprender los datos es importante destacar que el estudio se realizó en una ciudad del interior de Río Grande del Sur (Passo Fundo), durante el año 2006 y parte del 2007, en dos escuelas públicas de enseñanza secundaria: una ubicada en zona periférica, entre lo rural y lo urbano (escuela de arrabal), y la otra en zona urbana (escuela del centro). Los sujetos tienen edades entre 15 y 24 años y, en general, son los que poseen un mayor grado de instrucción en el núcleo familiar. La recopilación de datos fue efectuada mediante observación participante, diálogos en aulas y en el ámbito de pequeños grupos y encuestas individuales, además de un cuestionario de cuestiones objetivas y subjetivas aplicado a 132 estudiantes, lo que hizo posible el conocimiento y la comprensión de las múltiples maneras de ser y de vivir de los / las jóvenes. El análisis se concentró en los sentidos y significados que los estudiantes le atribuyen a la experiencia escolar, además de sus singulares trayectorias para llegar a la enseñanza secundaria y allí permanecer, ya que el tan deseado y escaso trabajo transforma la vida estudiantil en una débil y fragmentada relación con la escuela y con el estudio. La palabra de los jóvenes, escrita o en alta voz, construyó las categorías que componen el presente trabajo. La tesis de que los jóvenes le atribuyen muchos y múltiples sentidos a la escuela, a pesar de su cultura refractaria y allanadora, se confirma y se adensa a través de los sensibles testimonios de los estudiantes, que hacen del tiempo-espacio escolar una experiencia también lúdica, como se puede observar en la expresión del jovenestudiante- trabajador: “ir a la escuela es guay, es, por así decirlo, una diversión”. 2008-12-17T04:12:35Z 2008 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis http://hdl.handle.net/10183/14848 000669975 por info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul instacron:UFRGS