Determinantes da estrutura ecológica e evolutiva das comunidades florestais no sul do Brasil

Existem muitas teorias a respeito dos processos pelos quais comunidades se organizam. Uma das questões mais importantes diz respeito às diferenças dos padrões de distribuição das espécies em relação a escalas de observação, visando entender a estrutura das comunidades. Neste contexto, aspectos evolu...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Weege, Stephanie
Other Authors: Jarenkow, Joao Andre
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2016
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/142812
id ndltd-IBICT-oai-www.lume.ufrgs.br-10183-142812
record_format oai_dc
collection NDLTD
language Portuguese
format Others
sources NDLTD
topic Ecologia vegetal : Florestas : Brasil : Regiao sul
Teses
spellingShingle Ecologia vegetal : Florestas : Brasil : Regiao sul
Teses
Weege, Stephanie
Determinantes da estrutura ecológica e evolutiva das comunidades florestais no sul do Brasil
description Existem muitas teorias a respeito dos processos pelos quais comunidades se organizam. Uma das questões mais importantes diz respeito às diferenças dos padrões de distribuição das espécies em relação a escalas de observação, visando entender a estrutura das comunidades. Neste contexto, aspectos evolutivos e históricos têm sido empregados e vêm se mostrando eficientes. O sul do Brasil possui um mosaico de vegetações florestais, assim como clima e relevo heterogêneos, levando-nos a questionar se a estrutura da vegetação é devida a filtros ambientais ou a restrições determinadas pelo conjunto regional de espécies. Utilizamos tipo de vegetação, dados climáticos, edáficos e das variações de altitude, para modelar a riqueza e composição de espécies e linhagens e o agrupamento filogenético, para 324 localidades, assim como, a frequência de mudanças de nicho entre tipos de vegetação. Testamos também o padrão de sobreposição de nichos entre espécies, em função das suas distâncias filogenéticas, para diferentes escalas geográficas e taxonômicas. Nossos resultados indicam que restrições causadas pelos conjuntos regionais de espécies e linhagens podem ser responsáveis pela maior parte das variações na estrutura das comunidades em escala local, enquanto que a colonização das diferentes formações depende da tolerância das linhagens às condições ambientais. Porém, processos de diferenciação e retenção de nichos ocorrem simultaneamente e variam de acordo com a escala de observação, a diversidade, a escala taxonômica e as variáveis utilizadas, corroborando com a constatação de que a complexidade dificulta a compreensão dos mecanismos pelos quais as comunidades se organizam e explica a divergência nos resultados presentes na bibliografia. === There are many theories about how communities are organized. One of the most important questions is related to how differences in species distribution patterns are generated and how they vary across different scales of observation, which answers would foster the understanding of community assembly. In this context, evolutionary and historical interpretation of patterns has been effective. Southern Brazil has a heterogeneous distribution of forest types, climate and terrain aspects. This led us to question whether the vegetation is assembled due either to environmental filters or restrictions determined by the regional species. We used climatic and soil data, type of vegetation and altitude to model richness, composition of species and lineages and phylogenetic clustering obtained from 324 plots. In addition we estimated the frequency of niche shifts among vegetation types. We also tested the amounts of niche overlap among species for both different geographic and taxonomic scales, correlating pairwise niche overlap estimates with species phylogenetic distances. Our results indicate that restrictions caused by regional species pools and lineage distribution may be responsible for most of the variations in community structure at local scale, while the colonization of the different formations depends on the tolerance of the lineages to environmental conditions. However, processes of niche conservatism and differentiation occur simultaneously and change accordingly to the observational scale, plot diversity, taxonomic scale and the choice of variables describing niches, therefore indicating that the complexity of these issues makes it difficult to understand the mechanisms by which communities are assembled and helps to explain divergence in results present in literature elsewhere.
author2 Jarenkow, Joao Andre
author_facet Jarenkow, Joao Andre
Weege, Stephanie
author Weege, Stephanie
author_sort Weege, Stephanie
title Determinantes da estrutura ecológica e evolutiva das comunidades florestais no sul do Brasil
title_short Determinantes da estrutura ecológica e evolutiva das comunidades florestais no sul do Brasil
title_full Determinantes da estrutura ecológica e evolutiva das comunidades florestais no sul do Brasil
title_fullStr Determinantes da estrutura ecológica e evolutiva das comunidades florestais no sul do Brasil
title_full_unstemmed Determinantes da estrutura ecológica e evolutiva das comunidades florestais no sul do Brasil
title_sort determinantes da estrutura ecológica e evolutiva das comunidades florestais no sul do brasil
publishDate 2016
url http://hdl.handle.net/10183/142812
work_keys_str_mv AT weegestephanie determinantesdaestruturaecologicaeevolutivadascomunidadesflorestaisnosuldobrasil
AT weegestephanie driversofevolutionaryandecologicalstructureoftreecommunitiesinsouthernbrazil
_version_ 1718944952879153152
spelling ndltd-IBICT-oai-www.lume.ufrgs.br-10183-1428122019-01-22T02:00:54Z Determinantes da estrutura ecológica e evolutiva das comunidades florestais no sul do Brasil Drivers of evolutionary and ecological structure of tree communities in southern Brazil Weege, Stephanie Jarenkow, Joao Andre Ecologia vegetal : Florestas : Brasil : Regiao sul Teses Existem muitas teorias a respeito dos processos pelos quais comunidades se organizam. Uma das questões mais importantes diz respeito às diferenças dos padrões de distribuição das espécies em relação a escalas de observação, visando entender a estrutura das comunidades. Neste contexto, aspectos evolutivos e históricos têm sido empregados e vêm se mostrando eficientes. O sul do Brasil possui um mosaico de vegetações florestais, assim como clima e relevo heterogêneos, levando-nos a questionar se a estrutura da vegetação é devida a filtros ambientais ou a restrições determinadas pelo conjunto regional de espécies. Utilizamos tipo de vegetação, dados climáticos, edáficos e das variações de altitude, para modelar a riqueza e composição de espécies e linhagens e o agrupamento filogenético, para 324 localidades, assim como, a frequência de mudanças de nicho entre tipos de vegetação. Testamos também o padrão de sobreposição de nichos entre espécies, em função das suas distâncias filogenéticas, para diferentes escalas geográficas e taxonômicas. Nossos resultados indicam que restrições causadas pelos conjuntos regionais de espécies e linhagens podem ser responsáveis pela maior parte das variações na estrutura das comunidades em escala local, enquanto que a colonização das diferentes formações depende da tolerância das linhagens às condições ambientais. Porém, processos de diferenciação e retenção de nichos ocorrem simultaneamente e variam de acordo com a escala de observação, a diversidade, a escala taxonômica e as variáveis utilizadas, corroborando com a constatação de que a complexidade dificulta a compreensão dos mecanismos pelos quais as comunidades se organizam e explica a divergência nos resultados presentes na bibliografia. There are many theories about how communities are organized. One of the most important questions is related to how differences in species distribution patterns are generated and how they vary across different scales of observation, which answers would foster the understanding of community assembly. In this context, evolutionary and historical interpretation of patterns has been effective. Southern Brazil has a heterogeneous distribution of forest types, climate and terrain aspects. This led us to question whether the vegetation is assembled due either to environmental filters or restrictions determined by the regional species. We used climatic and soil data, type of vegetation and altitude to model richness, composition of species and lineages and phylogenetic clustering obtained from 324 plots. In addition we estimated the frequency of niche shifts among vegetation types. We also tested the amounts of niche overlap among species for both different geographic and taxonomic scales, correlating pairwise niche overlap estimates with species phylogenetic distances. Our results indicate that restrictions caused by regional species pools and lineage distribution may be responsible for most of the variations in community structure at local scale, while the colonization of the different formations depends on the tolerance of the lineages to environmental conditions. However, processes of niche conservatism and differentiation occur simultaneously and change accordingly to the observational scale, plot diversity, taxonomic scale and the choice of variables describing niches, therefore indicating that the complexity of these issues makes it difficult to understand the mechanisms by which communities are assembled and helps to explain divergence in results present in literature elsewhere. 2016-06-21T02:09:59Z 2012 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/10183/142812 000856079 por info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul instacron:UFRGS