Interações em ambientes virtuais de aprendizagem envolvendo sujeitos com Síndrome de Down : constituição social das dimensões afetivas

O presente estudo teve como objetivo acompanhar e observar de que maneira ocorrem as interações dos jovens com Síndrome de Down (SD) no Ambiente Virtual de Aprendizagem Eduquito, considerando as dimensões afetivas como foco principal da pesquisa. Este estudo partiu de uma concepção sócio-histórica,...

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Bibliographic Details
Main Author: Machado, Berenice Corrêa
Other Authors: Santarosa, Lucila Maria Costi
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2008
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/13267
Description
Summary:O presente estudo teve como objetivo acompanhar e observar de que maneira ocorrem as interações dos jovens com Síndrome de Down (SD) no Ambiente Virtual de Aprendizagem Eduquito, considerando as dimensões afetivas como foco principal da pesquisa. Este estudo partiu de uma concepção sócio-histórica, a partir da teoria vygotskiana. Na qual a organização e a estruturação das funções psíquicas superiores se formam no processo do desenvolvimento social do sujeito a partir das interações e colaborações com o meio social. Atualmente podemos relacionar o enfoque teórico do desenvolvimento social do ser humano com propostas de aprendizagem coletiva. Alguns ambientes virtuais de aprendizagem valorizam a abordagem colaborativa, pautada nas teorias do desenvolvimento sócio-cognitivo e afetivo das pessoas. As ferramentas de comunicação síncronas e assíncronas, que suportam as interações privilegiam a colaboração entre os participantes, possibilitando trocas afetivas, discussão, compartilhamento e o acesso às informações. Para os jovens com Síndrome de Down, a possibilidade de trabalhar no ambiente de aprendizagem Eduquito, numa perspectiva colaborativa, fomentando a interação social com outros jovens, assume um caráter fundamental. Nestas pessoas o desafio da adolescência se intensifica e mesmo quando atinge a vida adulta, muitas vezes ainda são tratados com o estereótipo de “eternas crianças”. As questões relativas à auto-estima, relacionamentos, processos de escolarização, competências e confiança, emprego, assim como os aspectos significativos da vida desses sujeitos devem ser valorizadas e trabalhadas numa perspectiva social. A presente pesquisa de cunho qualitativo embasou-se no estudo de caso. A análise das interações dos sujeitos no ambiente Eduquito a partir dos registros das observações foi organizada em torno das seguintes categorias: Estabelecimento de vínculos, Fortalecimento das relações, Percepção do eu, percepção do outro e Colaboração, tendo como eixo condutor o estudo da Afetividade. Os resultados evidenciaram que os jovens com Síndrome de Down desenvolvem competências cognitivas e afetivas através das interações interpessoais, embora nem todos tenham percorrido o processo das categorias evidenciadas. Neste sentido, ressaltamos que o ritmo e superação das dificuldades encontradas pelos sujeitos durante as atividades sempre foram levadas em conta, com vistas a fomentar um processo contínuo e diário de crescimento pessoal. Isto ressalta a importância de trabalhar as dimensões afetivas com as pessoas com SD, destacando a auto-estima como um aspecto fundamental para o desenvolvimento do bem estar pessoal. As contribuições desta pesquisa apontam para a necessidade dos sujeitos com SD interagirem com os instrumentos culturais que remetem à inclusão digital. Estes recursos relacionados à criação de estratégias de aprendizagens mediadas por ferramentas da WEB podem ser utilizados para apoiarem o desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral desses sujeitos. === El presente estudio tiene como objetivo acompañar y observar de que manera, suceden las interacciones de los jóvenes con Síndrome de Down (SD) en el ambiente digital de aprendizaje Eduquito, considerando las dimensiones afectivas como foco principal de la investigación. Este estudio partió de una concepción socio histórica, a partir de la teoría vygotskiana. En la cual la organización y la estructuración de las funciones psíquicas superiores se forman en el proceso del desarrollo social del individuo a partir de la interacción y colaboración con el medio social. Actualmente podemos relacionar el enfoque teórico del desarrollo social del ser humano con propuestas de aprendizaje colectivo. Algunos de los ambientes de aprendizaje “on-line” valorizan el abordaje colaboracionista, pautado en las teorías del desarrollo socio-cognitivo y emocional de las personas. Las herramientas de comunicación de sincronías y asíncronas, que sustentan las interacciones privilegian la colaboración entre los participantes, posibilitando intercambios afectivos, discusión y el compartimiento y el acceso de informaciones, con el propósito de potenciar el desarrollo en la esfera afectiva y cognitiva de las personas. Para los jóvenes con síndrome de Down, la posibilidad de trabajar en el ambiente de aprendizaje Eduquito, en una perspectiva de colaboración, fomentando la interacción social con los otros jóvenes asume un carácter fundamental. Para estos individuos, el desafío de la adolescencia se intensifica y mismo cuando atinge la vida adulta, todavía son tratados con el estereotipo de “eternos niños”. Las cuestiones relativas a la auto-estima, relacionamientos, procesos de escolarización, competencias y confianza, empleo, así como los aspectos significativos de la vida de eses individuos deben ser valorizados y trabajados en una perspectiva social. La presente investigación de cuño cualitativo se apoyo en el estudio de caso. El analice de las interacciones de las personas en el ambiente Eduquito a partir de los registros de las observaciones fue organizada en torno de las siguientes categorías: Establecimiento de vínculos, Fortalecimiento de las relaciones, Percepción del yo, percepción del otro y Colaboración, teniendo como eje conductor en el estudio de la Afectividad. Los resultados evidenciaran que los jóvenes con Síndrome de Down desarrollan competencias cognitivas y afectivas a través de las interacciones interpersonales, a pesar de que ni todos tengan transcurrido el proceso de las categorías evidenciadas. En este sentido resaltamos que el ritmo y la superación de las dificultades encontradas por las personas durante las actividades siempre fueran llevadas en cuenta, con vistas a fomentar un proceso continuo y diario del crecimiento personal. Esto resalta la importancia de trabajar las dimensiones afectivas con las personas con SD, destacando la auto-estima como un aspecto fundamental para el desarrollo del bien estar personal. Las contribuciones de esta investigación apuntan para la necesidad de que los individuos con SD interactúen con los instrumentos culturales que los lleven a la inclusión digital. Estos recursos relacionados a la creación de estrategias de aprendizaje mediadas por herramientas de la WEB pueden ser utilizadas para apoyar el desarrollo cognitivo, afectivo y moral de estas personas.