Avaliação molecular e bioquímica do metabolismo do ferro em pacientes portadores de síndrome metabólica

Introdução: A síndrome metabólica (SM) apresenta elevada prevalência na população mundial, sendo a hiperferritinemia um achado frequente nestes pacientes. A investigação do aumento da ferritina nesta doença representa um desafio diagnóstico, muitas vezes necessitando exames de alto custo, mas sendo...

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Bibliographic Details
Main Author: Rauber, Mariana Reis
Other Authors: Faulhaber, Gustavo Adolpho Moreira
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/131209
Description
Summary:Introdução: A síndrome metabólica (SM) apresenta elevada prevalência na população mundial, sendo a hiperferritinemia um achado frequente nestes pacientes. A investigação do aumento da ferritina nesta doença representa um desafio diagnóstico, muitas vezes necessitando exames de alto custo, mas sendo fundamental para identificação dos pacientes que apresentam sobrecarga de ferro. Objetivo: Avaliar os parâmetros bioquímicos e moleculares relacionados ao metabolismo do ferro em pacientes portadores de SM. Métodos: Através de um estudo transversal, foram avaliados 94 pacientes portadores de SM de acordo com os critérios da International Diabetes Federation que estavam em acompanhamento no ambulatório de Medicina Interna do HCPA. Foram avaliados dados antropométricos e de diagnóstico para SM, dosagem de ferro, ferritina, a saturação da transferrina, hepcidina, além das mutações C282Y e H63D do gene HFE da hemocromatose. Resultados: A prevalência de hiperferritinemia na população em estudo foi de 27,7%, sendo maior no sexo masculino (53,8%) que no sexo feminino (14,5%) (p<0,001). A elevação da saturação de transferrina, e não da ferritina, se correlacionou com mutações do gene da hemocromatose. A hiperferritinemia se associou com saturação de transferrina (p<0,001) e a hepcidina (p=0,008), após análise de regressão logística. Conclusão: A hiperferritinemia é um achado frequente na SM, sendo mais comum em homens. A dosagem da saturação de transferrina é um bom parâmetro para screening de pacientes com mutação da hemocromatose, como já demonstrado na literatura. Sugere-se a hepcidina como um novo biomarcador com potencial promissor na investigação da hiperferritinemia associada à SM. === Introduction: Metabolic syndrome (MS) has a high prevalence in the world population, and hyperferritinemia is a frequent finding in these patients. The investigation of the increased ferritin in this syndrome represents a diagnostic challenge, often requiring expensive tests, but is essential for identification of patients with iron overload. Objective: To evaluate biochemical and molecular parameters related to iron metabolism in patients with MS. Methods: In a cross-sectional study, we evaluated 94 patients with MS according to the criteria of the International Diabetes Federation who were accompanied in the outpatient clinics of internal medicine, Hospital de Clínicas de Porto Alegre. We evaluated anthropometric data and diagnostic criteria for MS, iron dosage, ferritin, transferrin saturation, hepcidin, besides the C282Y and H63D mutations in the HFE hemochromatosis gene. Results: The prevalence of hyperferritinemia in the study population was 27.7% and was higher in males (53.8%) than in females (14.5%) (p <0.001). The elevation of transferrin saturation, but not ferritin, did relate with mutations the hemochromatosis gene. Hyperferritinemia related to transferrin saturation (p <0.001) and hepcidin (p = 0.008) after logistic regression analysis. Conclusion: Hyperferritinemia is a frequent finding in metabolic syndrome, most frequently in men. Determination of transferrin saturation is a good parameter for screening of patients with hemochromatosis mutation, as already demonstrated in literature. It is suggested hepcidin as a new biomarker with promising potential in research hyperferritinemia associated with MS.